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Cultura

- Publicada em 09 de Março de 2021 às 20:45

Paraphernalia vira Parapha Baiuca e busca se diferenciar na Cidade Baixa

Idealizadores querem oferecer música ao vivo e boa gastronomia em ambiente receptivo

Idealizadores querem oferecer música ao vivo e boa gastronomia em ambiente receptivo


PARAPHA BAIUCA/DIVULGAÇÃO/JC
Igor Natusch
Não é novidade o impacto negativo que a pandemia segue tendo sobre os bares e casas noturnas, de Porto Alegre e de todos os lugares. Mas tempos de lutar pela sobrevivência podem ser também, dependendo do caso, momentos favoráveis para a reinvenção - e os frequentadores da Cidade Baixa poderão, quando as restrições sanitárias permitirem, ver o antigo e tradicional Paraphernalia de cara nova. Rebatizado como Parapha Baiuca, o espaço pretende trazer um novo perfil, abrindo espaço para boa gastronomia e música ao vivo de qualidade no coração da boemia na Capital.
Não é novidade o impacto negativo que a pandemia segue tendo sobre os bares e casas noturnas, de Porto Alegre e de todos os lugares. Mas tempos de lutar pela sobrevivência podem ser também, dependendo do caso, momentos favoráveis para a reinvenção - e os frequentadores da Cidade Baixa poderão, quando as restrições sanitárias permitirem, ver o antigo e tradicional Paraphernalia de cara nova. Rebatizado como Parapha Baiuca, o espaço pretende trazer um novo perfil, abrindo espaço para boa gastronomia e música ao vivo de qualidade no coração da boemia na Capital.
Há cerca de um ano sob direção de Júlio Rodenstein, o espaço foi repaginado a partir da atuação do produtor executivo Nilo Feijó e de Lico Silveira, que assina a produção e a curadoria artística. A ideia é privilegiar atrações ligadas ao blues, jazz e pop rock, que estariam com pouco espaço no atual ecossistema noturno de Porto Alegre, tudo em um ambiente mais intimista e que fuja um pouco da aura de 'noitada' de boa parte das atrações da região.
"Toda casa noturna tem um prazo de validade. O Paraphernalia é uma casa bem antiga, sofreu bastante com a pandemia, então resolvemos reestruturar e mudar o conceito e os objetivos do bar", diz Rodenstein. Para as bebidas, já há uma parceria exclusiva com a ESB Cervejas Artesanais, e a cozinha fica a cargo de Alex Ortiz, figura com história respeitável no ramo.
Proposto por Lico, o nome Parapha Baiuca pretende reforçar essa ideia de um espaço confortável e receptivo, ao qual os frequentadores sintam-se sempre inclinados a voltar. Um conceito que se refletirá também nos horários de funcionamento da casa, com shows começando no horário e terminando no começo da madrugada.
"Virou uma espécie de vício: um show ser marcado para 21h, ser quase meia-noite e ainda não ter começado. O músico geralmente é pago com portaria, aí ele não vai tocar para meia dúzia e acaba esperando encher a casa", comenta Lico. "Acho que esse conceito de show é um diferencial gigante. A pessoa vai sair à noite e pensar 'vamos no Parapha Baiuca', não porque vai tocar isso ou aquilo, mas porque sabe que terá música de qualidade, que vai ser bem atendida e com um horário bacana", reforça.
A abertura para estilos musicais distintos dos que hoje são comuns na Cidade Baixa é outra estratégia para fazer do Parapha Baiuca um lugar especial. "A gente tem uma ideia de que há muito artista para rodar", comenta Nilo Feijó. "A parte de jazz, por exemplo, está muito carente, praticamente todas as casas que tocavam jazz fecharam na cidade. A nossa meta não é ter quantidade de pessoas, mas sim atrair um público receptivo, pessoas que vão lá para apreciar música. E que, além de ter o nosso público, tenha também o público dos artistas, que estão com saudade de vê-los tocando ao vivo."
A casa teve alguns espetáculos no começo deste ano, como o de Jacques Maciel, conhecido pelo trabalho com o Rosa Tattooada. A piora do quadro da pandemia no Brasil, porém, voltou a forçar o fechamento da casa - que deverá ter assumido de vez a personalidade Parapha Baiuca quando o pior da Covid-19 estiver para trás. A agenda para março e abril foi adiada, e o esforço é de readequar alguns shows a partir de maio. Enquanto a reabertura definitiva não chega, os dias fechados estão servindo para melhoras na infraestrutura, pintura de fachada (baseada nas cores preto e amarelo, que constituem a nova identidade visual do espaço) e a instalação de nova logotipia.
"Estamos vendo tudo com muita calma", garante Rodenstein. "O problema maior para o nosso segmento é a imprevisão, o abre e fecha acaba nos prejudicando muito e trazendo custos extras. Mas é preciso ter paciência e esperar a situação melhorar. Agora, a gente quer estar preparado para, quando pudermos voltar a receber o público, dar a relargada com força total."
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