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Centros culturais

- Publicada em 05 de Janeiro de 2021 às 19:17

Instituto Ling e Fundação Iberê planejam atrações enquanto visitação não é liberada

Ling desenha para 2021 programação com eventos híbridos, que permitam pequeno público, enquanto seguirá exibição online

Ling desenha para 2021 programação com eventos híbridos, que permitam pequeno público, enquanto seguirá exibição online


CARLOS STEIN/VIVA FOTO/DIVULGAÇÃO/JC
Receber o público. Uma coisa tão trivial, requisito básico para qualquer espaço cultural - e que virou a grande meta para 2021, o passo decisivo para superar uma pandemia que tanto prejudicou quem trabalha com arte no ano que passou. Um dos espaços de Porto Alegre que precisou se reinventar em meio às restrições impostas pela Covid-19, o Instituto Ling preparou diferentes formatos para sua programação, adaptando-se às possibilidade na medida em que os decretos municipais e estaduais forem relaxando suas restrições.
Receber o público. Uma coisa tão trivial, requisito básico para qualquer espaço cultural - e que virou a grande meta para 2021, o passo decisivo para superar uma pandemia que tanto prejudicou quem trabalha com arte no ano que passou. Um dos espaços de Porto Alegre que precisou se reinventar em meio às restrições impostas pela Covid-19, o Instituto Ling preparou diferentes formatos para sua programação, adaptando-se às possibilidade na medida em que os decretos municipais e estaduais forem relaxando suas restrições.
As atividades online, oferecidas desde maio do ano passado, seguirão disponíveis no site institutoling.org.br. Entre elas, estão o Clube de Leitura, o Poesa no Ling e o Conversas sobre Arte, além de duas programações infantis, o Musicalização para Crianças e o Contando e Cantando Histórias. As apresentações musicais, por sua vez, devem adotar um formato híbrido, permitindo um pequeno público no Salão de Eventos, mas mantendo a opção de assistir online. Nesse formato, a expectativa é de realizar shows mensais, além de audições comentadas.
Existe a possibilidade de que essas atividades acabem sendo realizadas em caráter 100% virtual, caso ainda não haja liberação para público. A programação definitiva para 2021 deve ser divulgada nas próximas semanas. "De início (por volta de maio de 2020), confesso que eu tinha bastante dúvida se devíamos mesmo passar para esse contexto digital", diz Carolina Rosado, gerente do Instituto Ling. "E uma das coisas que nos inspirou a levar a ideia adiante foi a resposta da consulta que fizemos com nossos clientes. Vários disseram que o que fazíamos era importante para a qualidade de vida deles", relembra.
Outra atividade híbrida prevista para 2021 é um programa de formação em arte e tecnologia, voltado à potencialização da arte nos ambientes digitais e desenvolvido em parceria com o Tecnopuc Crialab, laboratório do Parque Científico e Tecnológico da Pucrs. Entre março e julho, as aulas teóricas devem ser transmitidas online, com a expectativa de encontros presenciais a partir do segundo semestre.
Algumas coisas, é claro, só podem ser plenamente vivenciadas de forma presencial. A mostra Decupagem, da artista plástica mineira Iole de Freitas, está instalada na galeria do Instituto Ling e aguardando o aval do poder público para visitação, via agendamento e com público reduzido. Projetos como o Cine Sentidos, que mistura cinema e atividades de imersão teatral, e o Concertos Ling para a Juventude também aguardam a volta do público para que possam ser retomados.
"Fizemos consultoria com a Santa Casa para preparar o prédio, de forma a atender os protocolos sanitários da melhor forma. Mas não faz sentido agora, em um momento de bandeira vermelha, promover atividades que envolvam riscos", afirma Carolina Rosado. Seja como for, a perspectiva de acessar o Ling online deve permanecer, mesmo quando o pior da pandemia tiver ficado para trás. "Tenho escutado muito coisas como 'eu não conhecia o Instituto Ling e agora, quando puder entrar, eu faço questão de ir'. Não existe voltar atrás (nas transmissões online), é incontestável o ganho que isso proporciona em ampliação e formação de público."

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MARCOS NAGELSTEIN/AGÊNCIA PREVIEW//DIVULGAÇÃO/JC
A Fundação Iberê também já projeta suas atividades para 2021. Recebendo visitantes desde setembro, mediante agendamento e com cobrança de ingresso, o espaço cultural deve manter a mesma política, segundo o diretor-superintendente Emilio Kalil - pelo menos enquanto a pandemia não der margem para encontros mais amplos entre a arte e aqueles que a apreciam na Capital.
"Vai ser um ano totalmente condicionado à rapidez com que a vacina (contra Covid-19) for disponibilizada no Brasil. Se a vacina não surgir rapidamente, seguiremos com a política de agendamentos. Já temos algumas exposições importantes programadas, caso a normalidade se estabeleça", acrescenta Kalil.
Entre fevereiro e março, deve ser aberta a exposição O fabuloso universo de Tomo Koizumi. O designer de vestidos japonês é considerado um dos nomes em ascensão no mundo fashion, e a mostra abre um novo universo dentro das temáticas da Fundação Iberê, já que é a primeira vez que o espaço abriga peças ligadas ao mundo da moda.
Para maio, a proposta é estabelecer um diálogo entre dois artistas, cada um ocupando um dos andares do Iberê. Uma das exposições, inédita, abre espaço para Eduardo Haesbaert, responsável pelo ateliê de gravura da Fundação e que foi assistente e impressor de Iberê Camargo durante os anos 1990. A outra mostra trará obras em papel do artista paulista Arnaldo de Melo, que destacou-se pelo trabalho desenvolvido na Alemanha durante os dias da derrubada do Muro de Berlim. Kalil garante que também haverá ao menos uma exposição destinada ao próprio Iberê Camargo, cujos detalhes ainda estão em discussão.
"Minha maior alegria (durante a pandemia) foi ver que o mundo artístico não para. É emocionante ver artistas do Brasil todo propondo atividades e exposições novas", anima-se Kalil. "Espero que consigamos sair logo desse momento pandêmico, para termos uma casa mais aberta e podermos transitar com mais tranquilidade nas escolas, onde temos nosso projeto educativo."