Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 19 de Novembro de 2020 às 19:53

Pandemia deixou 30% dos profissionais da música sem nenhuma renda

Segundo levantamento, maioria dos trabalhadores da música pretende seguir no ramo, mesmo com dificuldades trazidas pela pandemia

Segundo levantamento, maioria dos trabalhadores da música pretende seguir no ramo, mesmo com dificuldades trazidas pela pandemia


JOYCE ROCHA/JC
Cerca de 30% dos trabalhadores da música perderam toda a sua renda durante o período de paralisação forçada pela pandemia do novo coronavírus. O dado é uma das conclusões da pesquisa Músicos e pandemia, produzida em parceria pela União Brasileira de Compositores (UBC) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e que teve resultados divulgados nesta quinta-feira (18).
Cerca de 30% dos trabalhadores da música perderam toda a sua renda durante o período de paralisação forçada pela pandemia do novo coronavírus. O dado é uma das conclusões da pesquisa Músicos e pandemia, produzida em parceria pela União Brasileira de Compositores (UBC) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e que teve resultados divulgados nesta quinta-feira (18).
Segundo o estudo, 86% dos profissionais do setor afirmam ter sofrido perda de renda durante essa paralisia do mercado musical - que só agora começa a ser lentamente revertida, a partir de eventos-teste em algumas grandes cidades brasileiras. Outros 12% alegam não ter sentido alteração na renda, e um pequeno percentual (2%) alegou que está ganhando mais dinheiro com música do que antes da pandemia. A pesquisa falou com 883 pessoas, com margem de erro de cinco pontos percentuais.
As carreiras mais prejudicadas pela pandemia foram as de instrumentistas (49%), intérpretes (49%), compositores (35%) e produtores fonográficos (25%). Outras categorias que alegaram prejuízos são as dos arranjadores, professores de música, empresários, empregados de editoras e selos e roadies. Dos entrevistados, 56% trabalham unicamente no ramo da música, e a faixa de renda mínima mencionada como necessária para sobreviver fica na faixa dos R$ 2 mil (24%) a R$ 3 mil (20%) mensais.
Apesar de 56% dos músicos consultados afirmarem estar com no máximo 10% de sua renda mensal conectada a apresentações ao vivo nos últimos meses, a ampla maioria (83%) afirmou sua disposição de seguir na área, seja diversificando sua atuação dentro do ramo (53%) ou mesmo mantendo a música como única fonte de renda (30%). Outros 15%, porém, pretendem diminuir sua atuação na área musical e focar em outra profissão, e 2% pretendem mudar totalmente de ramo.
A maioria dos entrevistados vê a internet como algo positivo para a profissão de músico, considerando que essa relação melhorou (45%) ou melhorou muito (35%) sua situação profissional. A respeito das lives, que foram vistas por muitos artistas como um caminho alternativo diante das casas de espetáculo fechadas, a maioria (59%) acredita que essa alternativa é viável apenas para artistas de grande popularidade, enquanto 26% disseram que artistas de média popularidade também poderão usar esse caminho como forma de ganhar dinheiro no futuro. É possível ter acesso aos resultados completos da pesquisa neste link.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO