Neste domingo (25), a cantora e musicista Lizza Dias promove show virtual para comemorar os seus 25 anos de carreira. A transmissão ocorre pelo canal do
YouTube, às 18h. Para ajudar nos custos da produção da live, está aberta uma
vaquinha virtual para contribuir e receber recompensas.
Ela estará acompanhada dos músicos Machi Torrez, Gilberto Oliveira e Luizinho Luwal, contando com participações especiais: Glau Barros, Renata Pires e João 7 cordas.
Na atração online, Lizza apresentará músicas que estão no seu novo EP, como Pra te adocicar, composição de Laercio Lino e Flavio Moreira, um samba que ouviu pela primeira vez na Pedra do Sal, no Rio de Janeiro, encantando-se imediatamente. Uma rica mistura de samba com ijexa, Eu cheguei na Mauá é de autoria do DJ MAM, e tem a Zona Portuária e a raiz afro como temas, indo totalmente ao encontro da vivência da cantora gaúcha com a cultura afro no Rio Grande do Sul e, posteriormente, no Rio.
Já Semeando o amanhã é uma composição da cantora com Marcelo Lehmann, inspirada na natureza e seus encantos, dedicada a nossa fauna e as nossas matas, florestas, cachoeiras e mares. De Marcelo Bizar e Silvio Silva, Tambor atravessa fronteiras, tendo no candombe, ritmo afro-uruguaio, sua influência e, de certa forma, é uma homenagem que Lizza faz a sua própria genealogia, por ser neta de uma uruguaia. Do EP, serão interpretadas, ainda, o jongo 13 de maio e o ijexa Eixo da imaginação, do compositor Gege de Itaboraí, da Velha Guarda da Portela, retomando sua adoração pela natureza e o respeito ao planeta.
Fazem parte também do repertório do show vários cocos de domínio publico, incluindo o do candomblé, conhecido como Coco Zé Pilintra, e diversos sambas bem conhecidos. Em Cabocla Jurema, um forte ritmo afro influenciado pelo jongo e pelo candomblé, de autoria de Candeia, a artista buscou inspiração na época em que trabalhou no Quilombo do Candeia, no Rio, juntamente com o Mestre Dinho, parceiro do compositor. Sobre a luta da mulher negra, da compositora gaúcha Delma Goncalves, Sunga, a nega traz elementos do hip-hop e do rap, dialogando com a modernidade, porém sem largar mão das raízes.