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Cultura

- Publicada em 02 de Outubro de 2020 às 11:30

Pintor Gelson Radaelli inaugura mostra de quadros produzidos na pandemia

Exposição 'No espelho não sou eu' fica em cartaz na Bolsa de Arte até 14 de novembro

Exposição 'No espelho não sou eu' fica em cartaz na Bolsa de Arte até 14 de novembro


TULIA RADAELLI/DIVULGAÇÃO/JC
Neste sábado (3), Porto Alegre ganha a abertura de uma mostra individual de vulto. O artista visual Gelson Radaelli, com curadoria de Eduardo Veras, inaugura a exposição de pinturas No espelho não sou eu na galeria Bolsa de Arte (Visconde do Rio Branco, 365).
Neste sábado (3), Porto Alegre ganha a abertura de uma mostra individual de vulto. O artista visual Gelson Radaelli, com curadoria de Eduardo Veras, inaugura a exposição de pinturas No espelho não sou eu na galeria Bolsa de Arte (Visconde do Rio Branco, 365).
Com uma grande produção nessa época de reclusão, o pintor escolheu uma parte desses quadros para compor uma série de obras de múltiplos formatos, todos executados em óleo sobre tela e com o uso farto de cores e soluções técnicas e estéticas, que acusam a condição do ser diante da pandemia. 
As imagens confrontam o homem e a natureza, refletindo o encantamento e a desarmonia. As pinturas contemplam três atos: O ser - pinturas de retratos de anônimos em estado de loucura ou vítimas do novo coronavírus ou em estágio de “derretimento"; A natureza - pinturas principalmente de flores secas, que retratam vasos que o artista dispõe nos ambientes onde circula e com esses tempos cinza secaram se tornando uma metáfora concreta e triste dessa época; O ser e a natureza - nesses quadros existe um não diálogo entre a figura humana e a mãe Gaia. O ser está sempre de costas para os elementos naturais, pensando somente nas suas coisas, em suas conquistas, no dinheiro, no prazer e no poder, se esquecendo - e agredindo - a força que é a essência da vida e responsável pelo equilíbrio do planeta.
"Os corpos se contorcem. As naturezas-mortas se inflamam. Os rostos não têm paz. Mesmo aqueles retratos muito frontais, que eram para ser duros feito 3x4, se derretem sem cerimônia. A visceralidade que Radaelli vinha experimentando na escultura se emplasta mais do que nunca sobre o tecido. As pinturas assimilam a maleabilidade do barro. As figuras se desmancham: nervos expostos, formas deformadas", afirma o curador Eduardo Veras, crítico, historiador da arte e professor da Ufrgs.
A visitação vai até 14 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h.
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