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música

- Publicada em 03 de Setembro de 2020 às 16:32

Tributo a Beatles pelo Nenhum de Nós estreia em drive-in neste sábado

Banda interpreta sucessos do quarteto britânico no estacionamento do Aeroporto de Porto Alegre

Banda interpreta sucessos do quarteto britânico no estacionamento do Aeroporto de Porto Alegre


CRISTINE ROCHOL/DIVULGAÇÃO/JC
Um espetáculo criado pela banda gaúcha Nenhum de Nós e que foi sucesso entre 2009 e 2010 agora terá sua estreia em um novo formato: drive-in. Nem os integrantes do grupo sabem bem o que esperar dessa experiência inédita, mas eles voltaram a se reunir e ensaiar especialmente para o show Nenhum canta Beatles, que tem sessão neste sábado (5), às 21h, no Estacionamento 4 do Aeroporto de Porto Alegre (Severo Dullius, 800), dentro do Drive-in Air Festival.
Um espetáculo criado pela banda gaúcha Nenhum de Nós e que foi sucesso entre 2009 e 2010 agora terá sua estreia em um novo formato: drive-in. Nem os integrantes do grupo sabem bem o que esperar dessa experiência inédita, mas eles voltaram a se reunir e ensaiar especialmente para o show Nenhum canta Beatles, que tem sessão neste sábado (5), às 21h, no Estacionamento 4 do Aeroporto de Porto Alegre (Severo Dullius, 800), dentro do Drive-in Air Festival.
"Preparamos o show com muita dedicação e carinho, como sempre", garante o guitarrista Carlos Stein, que forma o conjunto com Thedy Corrêa (vocal e viola), Sady Homrich (bateria), João Vicente (acordeon, piano e teclados), Veco Marques (violão e guitarras) e o músico convidado Estevão Camargo (baixo e vocais). A noite de homenagem ao Fab Four terá fãs interpretando canções de seus ídolos. "Todos somos fãs dos Beatles. Uns mais que outros, mas todos adoramos as músicas do quarteto."
Entre os sucessos, o repertório terá Can’t buy me love, Something, Hey Jude, While my guitar gently weeps, Day tripper, Help!, Ticket to ride, Don’t let me down e Revolution. Há uma década, o tributo original teve destaque no Theatro São Pedro, com sucesso absoluto de público e, inclusive, diversas sessões extras. 
Além do espetáculo principal neste sábado (5), o festival terá abertura do músico Gustavo Fallavena e discotecagem de DJ Lê Araújo, a partir das 18h. Entradas estão à venda pelo site oficial do evento www.driveinairfestival.com.br. O ingresso é válido por carro e pelo evento; em cada veículo, é permitido até quatro pessoas do mesmo convívio. As vagas serão ocupadas de acordo com a chegada e com o setor adquirido.
“Na semana passada tivemos um tributo ao Queen, que foi incrível. Agora, teremos uma banda de reconhecimento nacional – e gaúcha! – homenageando outra de sucesso inquestionável, que são os Beatles. Porém, não será um cover, mas uma apresentação com a cara e o jeito único da Nenhum de Nós. Uma interpretação única dos grandes hits do rock mundial”, afirma Ramiro Laurent, diretor da Arca Entretenimento.

Banda gaúcha retoma atividades: "É quase um recomeço"

Em entrevista ao Jornal do Comércio, o violonista e guitarrista Carlos Eduardo Stein comenta sobre a parada durante a pandemia, a retomada dos shows e faz um apanhado dos 34 de carreira do grupo Nenhum de Nós.
JC - Neste “novo normal”, vocês já tiveram a oportunidade de fazer apresentação em drive-in? Se for a primeira vez, qual a expectativa? Muda algo na preparação?
Carlos Eduardo Stein - É a nossa primeira vez. Francamente, não sei o que esperar, mas tenho um bom pressentimento. Nosso público costuma ser muito criativo e sabe se divertir. Acho que teremos uma boa surpresa. Quanto à preparação, acontece mais ou menos do mesmo jeito. Preparamos o show com muita dedicação e carinho, como sempre.
JC - Em drive-in, como fica a interação com o público? Característica clássica dos shows do Nenhum é sempre a plateia cantando em coro as músicas, muito entusiasmada. Com fãs de Beatles, isso deve se intensificar, mas o para-brisa e a distância não são filtros dessa ligação?
Stein - Acho que pode dificultar um pouco a interação. Por outro lado, as pessoas assistirão um show ao vivo como se estivessem no sofá da sala. Isso traz uma outra dimensão para a experiência.
JC - O Tributo do Nenhum de Nós aos Beatles é uma produção antiga. Por que a opção de vir com este repertório nesse momento adverso de pandemia, mas que ao mesmo tempo é o início da retomada das atividades artísticas com público?
Stein - Já temos shows agendados em Porto Alegre e nas proximidades. Nosso tributo aos Beatles entra, assim, como um show especial, diferente dos outros.
JC - Todos os integrantes da banda são muito fãs dos Beatles? Houve 'briga' para fechar a lista do repertório original? Ainda há adaptações de roteiro? Qual o papel do grupo de Liverpool na trajetória artística?
Stein - Todos somos fãs dos Beatles. Uns mais que outros, mas todos adoramos as músicas do quarteto. A decisão do repertório foi, incrivelmente, consensual. Ou quase (hehe). Os Beatles nos influenciaram muito na forma de compor. Outra influência diz respeito à liberdade artística. Eles usaram vários instrumentos diferentes e diferentes linguagens musicais durante a trajetória. Experimentaram muito! Isso nos inspira até hoje.
JC - Desde a chegada da pandemia, vocês ficaram quanto tempo separados fisicamente? Quando foi a retomada para ensaios? O que esse hiato significou para o coletivo? Vocês chegaram a usar as redes para suprir isso?
Stein - Ficamos separados o tempo todo. Só estamos retomando os ensaios agora. É quase um recomeço; o que não é ruim para uma banda com quase 34 anos de carreira. De qualquer forma, fizemos clipes e regravações de músicas nossas durante esse período. Estão disponíveis no nosso canal no YouTube.
JC - Uma das coisas que impressiona na trajetória do Nenhum é o fascínio de fãs que atravessa gerações e fronteiras, porque são seguidores em todo o Brasil. Como continuar essa carreira de décadas com a responsabilidade dessa identificação, ao mesmo tempo em que uma necessidade natural do artista é experimentar coisas novas, trazer outras influências? (Tanto que os integrantes têm trabalhos paralelos totalmente diferentes)
Stein - Encaramos, sim, com muita responsabilidade essa relação com nossos fãs. Acho mesmo que é uma das razões de nossa longevidade. Temos muito orgulho de nossa sonoridade e isso transparece em nossas gravações assim como em nossos shows. Mas uma das marcas do Nenhum, desde o início, foi a experimentação. Ainda existe muito disso no nosso trabalho e, eventualmente, essas músicas em que tentamos fazer essas experiências acabam entre as preferidas do nosso público. Eles costumam ser muito inteligentes e generosos.