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Cultura

- Publicada em 02 de Julho de 2020 às 13:25

Jocy de Oliveira apresenta ópera filmada e livro sobre intertextualidade de mídias

Veterana artista estreia 'Liquid Voices - A história de Mathilda Segalescu' em VoD nesta quinta-feira

Veterana artista estreia 'Liquid Voices - A história de Mathilda Segalescu' em VoD nesta quinta-feira


BRETZ FILMES/DIVULGAÇÃO/JC
Nesta quinta-feira (2), estreia em VoD (video on demand) o título Liquid Voices - A história de Mathilda Segalescu, ópera feita para o cinema pela compositora, autora e pianista Jocy de Oliveira, primeira mulher a ter uma ópera encenada no Teatro Municipal de São Paulo, em 1994. O lançamento original seria nos cinemas, mas por conta da pandemia, entra direto no streaming, estando disponível no NOW, Looke e VivoPlay.
Nesta quinta-feira (2), estreia em VoD (video on demand) o título Liquid Voices - A história de Mathilda Segalescu, ópera feita para o cinema pela compositora, autora e pianista Jocy de Oliveira, primeira mulher a ter uma ópera encenada no Teatro Municipal de São Paulo, em 1994. O lançamento original seria nos cinemas, mas por conta da pandemia, entra direto no streaming, estando disponível no NOW, Looke e VivoPlay.
O filme é a nona ópera de Jocy - artista multimídia de 84 anos - e já foi premiado em diversos festivais pelo mundo. O longa é uma ficção baseada em um evento real da Segunda Guerra, o naufrágio do navio Struma, embarcação que saiu da Europa para a Romênia em 1941, levando 769 refugiados judeus com a promessa de chegar em segurança à Palestina, mas que teve apenas um sobrevivente.
De forma ficcional, Liquid Voices mostra o abandono de refugiados que continua presente até hoje. O único sobrevivente do naufrágio é o piano da personagem central ficcional, a célebre cantora judia refugiada Mathilda Segalescu (vivida pela atriz e soprano Gabriela Geluda). O instrumento é encontrado por um pescador árabe (interpretado pelo ator e tenor Luciano Botelho). Como uma caixa preta do desastre, o piano traz o espectro de Mathilda, por quem o pescador se apaixona. Ela aparece todas as noites para contar-lhe sua trágica diáspora. 
A diretora, homenageada em 2018 na FLIP e vencedora do prêmio Jabuti em 2015, está lançando junto ao filme o livro Além do roteiro (Faria e Silva Editora, 152 págs., R$ 119,90), baseado no longa e que reflete sobre a intertextualidade das linguagens de narrativa artística em diversas expressões culturais (música, teatro, cinema).
A obra literária traz o roteiro do longa de Jocy Oliveira, contendo diversas fotos da ópera multimídia encenada em teatro no Sesc/SP e das filmagens da ópera cinemática no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, além de todas as partituras musicais do filme. Na publicação, a autora explica o desafio de conceber simultaneamente dois roteiros visando uma montagem teatral e outra para o cinema, além de reflexões curiosas sobre a comparação das linguagens poética, teatral e cinemática, que podem ser constatadas pelas soluções de diferentes cenas sob a ótica do teatro e do cinema.
Além do roteiro é o sexto livro de Jocy de Oliveira, outros foram publicados no Brasil, Estados Unidos, França e Suíça.
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