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Cultura

- Publicada em 07 de Maio de 2020 às 16:33

Fundação Theatro São Pedro demite mais de 30 profissionais terceirizados

Classe artística gaúcha divulgou carta aberta em repúdio às demissões

Classe artística gaúcha divulgou carta aberta em repúdio às demissões


LUCIANE PIRES /DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Soprana
Atualizada às 17h
Atualizada às 17h
Mais de 30 profissionais terceirizados foram demitidos da Fundação Theatro São Pedro na quarta-feira (6). Em repúdio, a classe artística gaúcha divulgou uma carta aberta sobre o caso nesta quinta-feira (7).
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De acordo com o diretor administrativo-financeiro da instituição, Luiz Capra, foi demitido todo o corpo técnico, o corpo de vigilância e o de serviços gerais - contratados de maneira terceirizada. Os profissionais trabalham há anos pela Associação Amigos do Theatro São Pedro. 
“A terceirizadora venceu todos os prazos de renovação e o contrato foi findado. Nenhum contrato pode ser renovado por mais de 60 meses, então não podemos dar continuidade”, explica Capra.
A presidência já estava ciente da situação há três meses, segundo Capra. Desde então, gerida por Antonio Hohlfedt, a fundação deu início ao processo licitatório. A licitação já é concorrencial na Central de Licitações do Rio Grande do Sul (Celic).
Os profissionais que receberam o aviso-prévio ou rescindiram o contrato nesta quarta seguem trabalhando até o final do período contratual, que se encerra em maio. A expectativa de Capra é de que a primeira licitação esteja disponível antes do fim deste mês.
“Há uma questão legal da qual eu não posso escapar. Não é, como diz a carta, uma questão de que ‘o pequeno paga pelo grande’”,explica o presidente da Fundação Theatro São Pedro, Antônio Hohlfeldt. "O que eu tinha que fazer eu fiz, junto à equipe, para agilizar o máximo possível o lançamento das licitações”, diz.
Em carta aberta, a classe artística gaúcha defendeu os trabalhadores, afirmando que a demissão ocorreu "sem justa causa" em meio à pandemia de coronavírus. “Não é uma questão de desejo ou decisão minha, nem de época. Nossos contratos sempre são feitos em maio. Por uma coincidência fomos atropelados pelo coronavírus, mas ao mesmo tempo há a vantagem de que esses profissionais receberão indenizações e terão apoio do seguro desemprego”, responde o presidente.
O texto pede que os trabalhadores demitidos sejam recontratados: “Neste sentido, que fique claro que qualquer outra resposta que não seja a IMEDIATA RESTAURAÇÃO DO TODOS ESTES POSTOS DE TRABALHO não será entendida e, mais importante, NÃO SERÁ ESQUECIDA, cabendo aos responsáveis por esta situação, que culmina neste cruel desfecho, o ônus da explicação e da solução”, diz o texto.
“Eu não tenho como garantir que as mesmas pessoas serão contratadas. Vamos defender isso na medida do possível, mas a empresa que ganhar a licitação tem a liberdade de enviar para nós os profissionais que quiserem”, responde Hohlfeldt. Ele diz que a associação tem direito de participar da licitação: “o que não pode é ser privilegiada. Ela tem que participar como qualquer outra empresa. É o que alega a parte jurídica da administração estadual”, explica o presidente.
“Sobre a qualidade desse pessoal, que está há muito tempo trabalhando conosco, eu concordo com a carta. Há uma relação de carinho e responsabilidade em relação ao trabalho. Por isso mesmo eles precisam ser valorizados, só não posso valorizar isso indo contra a lei”, afirma Hohlfeldt.
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