Morreu nesta quarta-feira (18), em sua casa, aos 59 anos, o ator e locutor gaúcho João França. Segundo familiares, ele vinha enfrentando complicações de saúde desde agosto do ano passado, decorrentes de uma neuropatia periférica, além de problemas de coluna. A causa da morte segue indeterminada. O velório acontece a partir das 23h desta quarta-feira (18), na Capela H do Cemitério São Miguel e Almas. O enterro será nesta quinta-feira (19), às 16h.
Destacado nome da cultura gaúcha, João França atuava no teatro e nas produções audiovisuais desde os anos 1990, tendo recebido o prêmio Tibicuera de Teatro Infantil duas vezes, por Chapeuzinho Vermelho (melhor ator, 1993) e Vampirações e outros mistérios (ator coadjuvante, 2004).
Entre suas participações no cinema, destacam-se as aparições em Netto perde sua alma (2001), de Tabajara Ruas, e O tempo e o vento (2012), de Jayme Monjardim. Também desenvolveu trabalhos como produtor de elenco, divulgador cultural e audiodescritor.
Recentemente, João França participou dos longas A superfície da sombra, de Paulo Nascimento (2018), Em 97 era assim (2018) e Legalidade (2019), de Zeca Brito, além da série de televisão Taxitramas, exibida pelo Prime Box Brazil no ano passado.
"Além de termos trabalhado juntos, ele era um amigo querido, muito inspirador por sua energia e disposição", afirmou Zeca Brito ao Jornal do Comércio. Ao lembrar de João França, reforçou a versatilidade do ator, capaz de assumir personagens muito distintos em diferentes gêneros, além de sua atuação em prol de melhores condições de trabalho para a classe. Outro aspecto marcante, diz Zeca, estava na sua atuação junto ao cinema universitário: "Era um profissional que dialogava muito com as novas gerações, sempre aberto a novos projetos, a trabalhar com novos realizadores. É uma lacuna enorme para todos nós".