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Cultura

- Publicada em 17 de Março de 2020 às 19:36

Ronald Radde dá nome a nova companhia de teatro infantil

Karen Radde batizou a companhia em homenagem ao pai, falecido em 2016

Karen Radde batizou a companhia em homenagem ao pai, falecido em 2016


ROGÉRIO FERNANDES/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Depois de 48 anos ininterruptos trabalhando para proporcionar conhecimento, cultura e educação, a Cia. Teatro Novo ressurge como Cia. de Teatro Infantil Ronald Radde, no Museu do Trabalho (Andradas, 230). Voltada ao público infanto-juvenil, a nova companhia foi batizada em homenagem ao dramaturgo e diretor, falecido em abril de 2016, aos 71 anos.
Depois de 48 anos ininterruptos trabalhando para proporcionar conhecimento, cultura e educação, a Cia. Teatro Novo ressurge como Cia. de Teatro Infantil Ronald Radde, no Museu do Trabalho (Andradas, 230). Voltada ao público infanto-juvenil, a nova companhia foi batizada em homenagem ao dramaturgo e diretor, falecido em abril de 2016, aos 71 anos.
Como explica Karen Radde, diretora do espetáculo, uma das administradoras do espaço e filha de Ronald, o nome é mais do que apenas um tributo a seu pai, sendo um reconhecimento a um profissional que sempre defendeu a cultura, e, em especial, o teatro infantil. Responsável pela direção da companhia, Karen já imaginava dar sequência ao trabalho do dramaturgo desde seus quatro anos, ao ter afirmado: "Meu pai um dia irá morrer, mas com o Teatro Novo isso nunca vai acontecer, porque vou continuar cuidando dele".
Conforme a diretora, o sentimento de poder manter a companhia é de emoção e felicidade. "Estou preocupada em dar prosseguimento. Quero estar à altura do legado dele", aponta. Por duas décadas, Karen teve diferentes papéis dentro da Cia. Teatro Novo: assistente de direção, atriz, diretora, produtora executiva e professora de teatro. No mês de janeiro de 2016, chegou ao cargo de diretora da Cia. Teatro Novo, enquanto Ronald assinava a direção geral.
Passado o período de pausa após a saída do DC Navegantes, a companhia agora tem como sede o Teatro do Museu do Trabalho. Após a implementação de melhorias no espaço cultural, que agora tem a capacidade para 160 lugares, ele poderá abrigar cursos, espetáculos, oficinas e projetos socioeducativos. O estabelecimento do grupo no Teatro do Museu do Trabalho é uma espécie de retorno às origens, considerando que esta foi a primeira sede do Teatro Novo, em 1986.
"Antes mesmo de fecharmos a Sala Carmen Silva, no DC Navegantes, a ideia já era retornar para lá", explica a diretora. Os responsáveis pelo espaço são, além de Karen, o ator e produtor Vinicius Mello e o coordenador técnico Patrick Simões. "Quando soube da disponibilidade do teatro, após a saída da administração vigente, já corri para conseguir o local. Era um misto de empolgação e ansiedade", completa.
A Cia. de Teatro Infantil Ronald Radde também terá oficinas teatrais para crianças e adolescentes ao longo deste ano. Outra novidade é o retorno do projeto A escola vai ao teatro, com apresentações para escolas. Mais informações sobre essas atividades podem ser obtidas pelo telefone (51) 98644-2061.
Ambas as iniciativas servem para o objetivo da companhia de servir como formação de opinião e público. Com A escola vai ao teatro, projeto que tem cerca de 1.600 cadastrados, os estudantes tomam conhecimento da arte e se interessam em seguir na área. "Em diversas ocasiões, eles descobrem por meio do colégio e gostam do ambiente, decidem ir mais uma vez e convencem os pais a levá-los", destaca. Algumas escolinhas e empresas já tem agendado datas para o final de ano.
A estreia será com o espetáculo Aladdin, que sofreu adiamento para o dia 4 de abril em decorrência da pandemia de Covid-19, o coronavírus. Segundo Karen, a peça sobre um dos mais famosos contos árabes de As mil e uma noites tem abordagem um pouco diferente da dos filmes da Disney. "É a mesma história, mas contada de uma forma distinta", explica.
Para a diretora, é difícil transportar a produção para o formato teatral, pois elementos como a lâmpada, o tapete e o Gênio são complexos de manter com a mesma magia. "Também não utilizamos o macaco Abu, o tigre Rajah e o papagaio Iago. Assim, aproveitamos para trabalhar a criatividade dos atores. Há um uso da linguagem de Bollywood (grande indústria do cinema indiano), criando uma peça encantadora e colorida", explica.
Falando sobre o que ainda pode alcançar, Karen espera seguir com seu trabalho na arte. "Quero viver mais 50 anos disso. Desejo que as pessoas vão ao teatro, quero que os grupos tenham conhecimento de um novo espaço para seu trabalho. A cultura tem de estar mais presente, manter acesa a chama."
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