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Cultura

- Publicada em 27 de Fevereiro de 2020 às 19:54

'O homem invisível' faz releitura surpreendente do clássico de H.G. Wells

Interpretação de Elisabeth Moss, que vive a protagonista, é o principal mérito do thriller

Interpretação de Elisabeth Moss, que vive a protagonista, é o principal mérito do thriller


UNIVERSAL PICTURES/DIVULGAÇÃO/JC
Daniel Sanes
A primeira coisa a se fazer ao assistir O homem invisível é esquecer que ele é baseado no clássico livro de H.G. Wells, de 1897, e no filme homônimo de 1933. Porque, afora o tema "invisibilidade", a trama tem poucas semelhanças com essas obras.
A primeira coisa a se fazer ao assistir O homem invisível é esquecer que ele é baseado no clássico livro de H.G. Wells, de 1897, e no filme homônimo de 1933. Porque, afora o tema "invisibilidade", a trama tem poucas semelhanças com essas obras.
Ainda assim, ou justamente por isso, a adaptação de Leigh Whannell para a tela grande não decepciona. Conhecido por ser coautor da franquia Jogos mortais e, mais recentemente, por Upgrade, o diretor nos brinda com uma história conectada com a realidade de hoje, o que torna a história ainda mais assustadora.
A protagonista é uma mulher, Cecilia Kass (Elisabeth Moss, de The handmaid's tale), vítima de um relacionamento abusivo. Após fugir de casa, ela permanece sob trauma psicológico, e nem mesmo o suicídio do ex-namorado, o brilhante cientista Adrian Griffin (Oliver Jackson-Cohen), permite que ela siga sua vida em paz.
A grande sacada do filme é criar situações que, além de aterrorizantes, servem como paralelo para a vida real. Em seus momentos de desespero, Cecilia é tida como louca - julgamento muito comum nos casos de violência doméstica, em que a vítima é tratada com descaso, incredulidade e até deboche. Seu tormento (e a grande interpretação de Moss) faz com que a existência de um homem invisível pareça verossímil. A fotografia ajuda bastante, assim como a trilha sonora marcante, mas o mérito quase todo é da atriz.
Em sua parte final, talvez por tentar surpreender com uma reviravolta atrás da outra, o thriller acaba criando situações menos críveis e mais confusas. Ainda assim, O homem invisível cumpre bem o seu papel e atualiza o universo de monstros da Universal Pictures para os novos tempos com criatividade e uma história envolvente.
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