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Cultura

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2020 às 19:02

Carnaval em Porto Alegre: primeiro dia de blocos atrai 50 mil foliões, diz organização

Bloco da Bartira comandando a festa em uma Praça Garibaldi lotada

Bloco da Bartira comandando a festa em uma Praça Garibaldi lotada


NÍCOLAS CHIDEM/JC
Diego Nuñez
A Cidade Baixa, bairro boêmio de Porto Alegre, foi tomada por uma massa desconexa de pessoas totalmente diferentes, mas com algo em comum: a alegria no peito e o sorriso no rosto. O Carnaval 2020 oficialmente começou na Capital gaúcha neste sábado (22) atraindo milhares de pessoas para as ruas. 
A Cidade Baixa, bairro boêmio de Porto Alegre, foi tomada por uma massa desconexa de pessoas totalmente diferentes, mas com algo em comum: a alegria no peito e o sorriso no rosto. O Carnaval 2020 oficialmente começou na Capital gaúcha neste sábado (22) atraindo milhares de pessoas para as ruas. 
A programação dos blocos vai até a terça-feira (25) e depois retorna nos dois finas de semana seguintes. Confira a agenda completa
Segundo a organização do evento, 50 mil pessoas circularam entre as 14h e as 21h pela Praça Garibaldi, centro das festas no primeiro dia do feriado. O local, que foi totalmente tomado pelos foliões, será palco da comemoração durante os três próximos dias de carnaval.
A programação iniciou às 14h, com o grupo Panela do Samba. Logo depois, às 16h30, o Bloco do Bartira entrou em cena e conduziu o som, com marchinhas, samba, pagode, MPB e outros estilos animados. Às 19h, é a vez do Bloco Bah Guri adentrar a noite porto-alegrense. 

VÍDEO: Seleção de imagens mostra a diversidade da folia na rua

"Muito legal essa junção num lugar histórico, que é o coração da boemia e festança na cidade", disse o estudante Arthur da Costa, de 21 anos. Segundo ele, ultimamente, "as pessoas ficaram mais conservadora em sair na rua. É legal ter um lugar para as pessoas saírem, beberem, se encontrarem e se divertirem".
Mesmo que o perfil de Arthur, jovem, tenha sido a maioria presente, a Praça Garibaldi foi realmente um lugar de encontros para todos os tipos de pessoa durante a tarde e a noite desse sábado (22). Deu até para a dona Rosa Canal, de 82 anos, que menos de duas semanas antes passou um período no hospital, pular seu primeiro bloquinho de rua da vida.  
"Só quero viver. Aqui está tudo maravilhoso. É vida", exclamou a senhora. Ela foi levada pela neta Luize Canal, que aos 16 anos também curte o carnaval a céu aberto pela primeira vez. Foi o primeiro também para a pequena Analu, de três anos, filha de Giovani Fangundes, aproveitar uma festa de atravessar gerações. 
Para a rainha de bateria do Bloco do Bartira, é esse o espírito do carnaval. "Como mãe de uma criança especial, afirmo que o carnaval é a festa universal dos povos. O que nos traz aqui hoje, é querer mostrar que o carnaval não é bagunça, vandalismo, assédio. É uma festa. A única que abrange todos, não importa gênero, cor, deficiência. Carnaval é união", postulou Fernanda Canto.
A publicitária Raquel Laks ficou "bem impressionada que tem uma fileira bem grande de banheiro químico, achei bem bom". Destaque também para a música, que segundo Raquel "conseguiu contemplar todos os gostos". "Eu achava que viria pouca gente, então estou bem surpresa, porque está cheio o bloco. aparentemente todos os jovens porto-alegrenses que gostam de carnaval estão aqui", completou.
Os blocos de rua da Praça Garibaldi vão acontecer todos os dias desse feriado, com início às 16h30min.

Vendedores ambulantes esperavam mais movimento no bloco

"Esse ano está mais complicado. Tem mais pessoas vendendo, tem muita concorrência, e a saída acaba diminuindo", disse Leonardo dos Santos Camargo, que durante a semana vende pipoca, água e refrigerante em frente a colégios, mas sempre aproveita o carnaval da Capital para uma renda extra. 
Mesmo com a previsão da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), que esperava um crescimento em torno de 6% na comercialização de produtos no varejo, os ambulantes deste primeiro dia do carnaval de rua de Porto Alegre preservam um faturamento maior. 
Desde as 7h da manha na Cidade Baixa, o vendedor José Carlos disse que essa ano "está mais fraco o movimento. Estamos trabalhando, mas tem pouca gente". 
O Júlio Luiz da Silva, de 64 anos, é vendedor ambulante há cinco anos e disse que "é a única maneira de ganhar dinheiro hoje em dia. O negócio hoje em dia está brabo com todo mundo". Júlio, mesmo de pé quebrado, vendia churrasquinho para alimentar que pulava o bloco. 
Mesmo com a concorrência dura, Júlio não quer saber de de restrições. "Eu falei para os guris deixar o pessoal trabalhar. Queriam correr eles. Todo mundo precisa trabalhar hoje em dia, com o desemprego que está". 
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