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Cultura

- Publicada em 04 de Março de 2020 às 20:41

Projeto 'Ocidente acústico' chega à milésima edição

Ventura é o idealizador do projeto, que terá shows de Graforréia Xilarmônica e Ultramen nesta quinta

Ventura é o idealizador do projeto, que terá shows de Graforréia Xilarmônica e Ultramen nesta quinta


/NÍCOLAS CHIDEM/JC
Frederico Engel
São mais de 22 anos de história, contadas ao longo de 999 eventos. A extensa trajetória do projeto Ocidente acústico, iniciada na noite de 16 de janeiro de 1998, atinge a marca de mil edições nesta quinta-feira, dia 5 de março de 2020. Para celebrar a ocasião, dois nomes de peso do rock gaúcho estarão no Ocidente (Osvaldo Aranha, 960): a Graforréia Xilarmônica sobe ao palco às 22h, e a Ultramen, às 23h30min. Ingressos a R$ 30,00 (meia-entrada), R$ 45,00 (promocional antecipado, mediante doação de 1 kg de alimento não perecível) e R$ 60,00 (inteira), à venda no site Sympla e nas lojas Back in Black do Shopping Total e Sirius.
São mais de 22 anos de história, contadas ao longo de 999 eventos. A extensa trajetória do projeto Ocidente acústico, iniciada na noite de 16 de janeiro de 1998, atinge a marca de mil edições nesta quinta-feira, dia 5 de março de 2020. Para celebrar a ocasião, dois nomes de peso do rock gaúcho estarão no Ocidente (Osvaldo Aranha, 960): a Graforréia Xilarmônica sobe ao palco às 22h, e a Ultramen, às 23h30min. Ingressos a R$ 30,00 (meia-entrada), R$ 45,00 (promocional antecipado, mediante doação de 1 kg de alimento não perecível) e R$ 60,00 (inteira), à venda no site Sympla e nas lojas Back in Black do Shopping Total e Sirius.
A participação da Ultramen foi a primeira a ser considerada pelo produtor Márcio Ventura, responsável pelo Ocidente acústico. "A relação com a casa é de muitos anos. Eles também se apresentaram no Ocidente antes do hiato da banda", explica. A Graforréia, por sua vez, foi responsável pelo show de 500 edições atrás. Já a discotecagem de Claudio Cunha e Katia Suman remete à extinta Ipanema FM, emissora de rádio que apoiava a iniciativa.
Na época em que Ventura idealizou o projeto, o Ocidente passava por um período em que não podia receber atividades noturnas, o que limitava os eventos possíveis. O cenário mudou quando uma produtora conseguiu abrir um horário para um programa, que se encerrou após ela se mudar para São Paulo. Antes disso, os organizadores haviam entrado em contato com Ventura. Assim, teve início o Ocidente acústico, com uma apresentação dos Cowboys Espirituais - que tinha, em sua formação, Frank Jorge, da Graforréia. O produtor acrescenta que o dono do bar, Fiapo Barth, também permitiu que o projeto acontecesse de forma natural, sem interferências.
Entre as mudanças pelas quais o Ocidente acústico já passou, a de data teve importante impacto. Ventura lembra quando os shows aconteciam nas quartas-feiras. "Acho que foi um dos piores momentos. É meio que ainda no meio da semana, acho que até pior que uma segunda-feira", compara, em alusão a outro projeto seu, a Segunda maluca.
A definição pelas quintas-feiras possibilitou uma agenda bem ajustada, conciliando apresentações de releituras com trabalhos autorais. "Alguns dos shows lotavam, outros eram vazios. Mas era possível oferecer mais espaço para o autoral", argumenta. 
Segundo Ventura, existe um público fiel, que comparece sempre que pode, mas é uma fatia mínima. "O Ocidente acústico abrange uma amplitude de gêneros, com as pessoas indo aos shows que agradam mais ao seu estilo", explica. Lidar com as adversidades para manter um projeto como esse não é tarefa fácil, mas ele segue firme. Ainda que acredite que o projeto esteja mais próximo do fim, não vendo a edição 2 mil acontecer, o produtor o considera necessário para a cena local e para a cidade. "O Ocidente sempre apoiou a cena local, gerando trabalho. Enquanto existir o Rei Magro (sua produtora) - que sou apenas eu -, irei oportunizar (espaço para tocar) por meio do Acústico, por exemplo. Provavelmente, vou ter de trabalhar até morrer também", brinca.
Entre as memórias que carrega por mais de duas décadas, Ventura recorda com carinho da primeira edição, que teve excelente repercussão no boca a boca e na mídia. "Também marcou quando a Graforréia encerrou as atividades pouco depois de se apresentar aqui, ou o projeto Pink Floyd das antiga, com a inclusão do elemento visual psicodélico."
Refletindo sobre o que o Ocidente acústico significa para ele, Ventura afirma que, assim como o projeto Segunda maluca, também presente na programação do Ocidente, é "sua vida": "Por vezes, deu vontade de jogar tudo para cima. É preciso ter concentração para fazer isso".
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