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Cultura

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo ganha exposição no Rio

Obras de artistas como José Lutzenberger fazem parte de mostra no Museu Nacional de Belas Artes

Obras de artistas como José Lutzenberger fazem parte de mostra no Museu Nacional de Belas Artes


INSTITUTO DE ARTES DA UFRGS/DIVULGAÇÃO/JC
Igor Natusch
Um pedaço importante da arte produzida no Rio Grande do Sul estará, a partir desta terça-feira (18), ocupando lugar de honra em um dos principais espaços da cultura brasileira. A exposição Pinacoteca Barão de Santo Ângelo visita Museu Nacional de Belas Artes leva, ao Rio de Janeiro, 86 obras do acervo do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/Ufrgs). Embora obras da Pinacoteca já tenham sido emprestadas para diversas mostras pelo Brasil, é a primeira vez que uma parte expressiva do acerto é alvo de uma exposição fora do Estado.
Um pedaço importante da arte produzida no Rio Grande do Sul estará, a partir desta terça-feira (18), ocupando lugar de honra em um dos principais espaços da cultura brasileira. A exposição Pinacoteca Barão de Santo Ângelo visita Museu Nacional de Belas Artes leva, ao Rio de Janeiro, 86 obras do acervo do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/Ufrgs). Embora obras da Pinacoteca já tenham sido emprestadas para diversas mostras pelo Brasil, é a primeira vez que uma parte expressiva do acerto é alvo de uma exposição fora do Estado.
Com curadoria dos professores Blanca Brites e Alfredo Nicoleiewsky, a mostra é parte das comemorações dos 85 anos da Ufrgs. A abertura da exposição, às 17h, deve contar com as presenças do reitor da universidade, Rui Ostermann, e do presidente do Instituto Brasileiro de Museus, Paulo Amaral, entre outros. O período de visitação vai até o dia 12 de abril.
A ideia para a parceria surgiu há cerca de um ano, quando a diretora do Museu Nacional de Belas Artes, Mônica Xexéo, esteve em Porto Alegre e visitou a Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. A proposta foi bem recebida pelo diretor do espaço, Paulo Cesar Ribeiro Gomes, e teve apoio direto da Reitoria da Ufrgs. Na hora de concretizar a proposta, optou-se por estruturar a mostra em torno de obras sobre papel, em um percurso histórico que vai do século XIX até os dias atuais e que engloba artistas nacionais e internacionais.
Uma das curadoras, Blanca Brites explica que a escolha pelo papel teve objetivos tanto de logística quanto de representatividade da coleção, que chega a mais de 1,9 mil peças. "Não tínhamos condições de enviar ao Rio esculturas e outros objetos de grande porte. Ao mesmo tempo, a ampla maioria das obras (da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo) é sobre papel, em especial desenho e gravura. Isso tornou possível construir uma visão panorâmica, que mostrasse o acervo em sua amplitude", explica.
O acervo da Pinacoteca tem início em 1908, quando foi fundado o Instituto Livre de Belas Artes, que mais tarde seria transformado no IA/Ufrgs. Para retratar essa jornada, que passa por vários movimentos artísticos, o material exposto foi agregado em quatro módulos, respeitando uma ordem cronológica dentro do espaço do Belas Artes.
O primeiro deles, Tempo de constituição, é formado majoritariamente por academias e desenhos de gessos, indo da segunda metade do século XIX até os anos 1920. Desenhos de Justina Kerner, Pedro Weingärtner e Francisco Bellanca, primeiro aluno a se formar no Instituto Livre de Belas Artes, estão nesse primeiro módulo. O segundo conjunto, Tempo de afirmação, traz obras até os anos 1940, entre figuras humanas, paisagens e naturezas-mortas. Artistas como José Lutzenberger, Oscar Boeira e Francis Pelichek são alguns dos destaques.
Avançando até os tempos do emblemático Clube de Gravura, o conjunto Tempo de constância inclui trabalhos emblemáticos de Vasco Prado e Danúbio Gonçalves, além de desenhos de João Fahrion, Alice Soares e Paulo Peres. Por fim, a trajetória do final da década de 1970 até o começo do século XXI está no módulo Tempo de continuidade, trazendo a diversidade de propostas de nomes como Zoravia Bettiol, Maria Lucia Cattani, Anico Herskovits, Rafael Pagattini, Carlos Pasquetti e Mário Röhnelt, entre outros.
Boa parte das obras da Pinacoteca foi produzida por alunos e professores do IA/Ufrgs, artistas que passaram por lá em diferentes momentos de sua história. Contudo, o curador Alfredo Nicolaiewsky deixa claro que o objetivo da exposição não é contar a história da instituição. "Não é uma exposição sobre o Instituto de Artes. Na verdade, ela também é isso, mas não é (apenas) isso. Tentamos selecionar peças representativas, que dessem uma ampla visão do nosso acervo e da produção local. Outro aspecto é ajudar a tornar mais conhecidos artistas que são muito importantes para nós, gaúchos, mas pouco conhecidos fora do Rio Grande do Sul."
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