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Cultura

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Comédia dramática 'Jojo Rabbit' faz sátira ao nazismo

Diretor Taika Waititi interpreta Hitler, enquanto o ator mirim Roman Griffin Davis vive o personagem-título

Diretor Taika Waititi interpreta Hitler, enquanto o ator mirim Roman Griffin Davis vive o personagem-título


DISNEY/DIVULGAÇÃO/JC
A comédia dramática de produção norte-americana Jojo Rabbit é escrita e dirigida pelo neozelandês Taika Waititi. O cineasta acumula entre seus multitalentos créditos como escritor, ator, pintor e comediante. Ele foi indicado ao Oscar de Melhor Curta-metragem em 2004 por Two cars, one night.
A comédia dramática de produção norte-americana Jojo Rabbit é escrita e dirigida pelo neozelandês Taika Waititi. O cineasta acumula entre seus multitalentos créditos como escritor, ator, pintor e comediante. Ele foi indicado ao Oscar de Melhor Curta-metragem em 2004 por Two cars, one night.
Inspirado no segundo livro de Christine Leunens, O céu que nos oprime (2004), sobre a Segunda Guerra Mundial, Waititi escreveu Jojo Rabbit, cujo personagem-título é um garoto de 10 anos. Interpretado pelo excelente ator inglês Roman Griffin Davis, o menino Johannes Betzler vive na Alemanha nazista durante a fase final do período, e mora sozinho com sua mãe, Rosie (Scarlett Johansson), em um grande casarão antigo.
O pai ausente está supostamente servindo na Frente Italiana, mas eles perderam todo o contato com ele. Boatos sobre deserção rondam a cidade. A irmã mais velha, Inge, adoeceu e morreu recentemente. Jojo só tem um amigo, o gordinho de óculos Yorki, com quem vai para uma espécie de acampamento de escoteiros nazista. O maior sonho do protagonista é integrar a Juventude Hitlerista. Para isso, ele conta com os (nem sempre bons) conselhos de seu amigo imaginário, uma versão infantil de Adolf Hitler (encarnado pelo próprio diretor).
O treinador do acampamento é o capitão Klenzendorf, numa atuação inspirada de Sam Rockwell. As coisas não dão certo na aventura, mas Jojo e o militar rebaixado seguem apoiando o nazismo. Em meio a essa sátira potente de um nacionalismo cego, Jojo se confronta com seu maior desafio nesta fábula. O pequeno alemão ariano descobre que sua mãe está escondendo uma garota judia no sótão. A partir desse ponto, ele começa uma investigação solitária sobre o povo que seu ídolo quer exterminar, a fim de escrever um livro. Neste momento, seus valores começam a ser questionados.
O belo filme faz lembrar de outras obras que contrapõem os aspectos lúdicos da infância com o autoritarismo de regimes ditatoriais, como A vida é bela (1997), O menino do pijama listrado (2008) e A menina que roubava livros (2014), em comparação bem-sucedida. Merecidamente, este título de Waititi já foi premiado e concorre ainda neste fim de semana a três Oscar: Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Scarlett Johansson) e Melhor Roteiro Adaptado.
O cineasta neozelandês já trabalhou em grandes produções (como ator, roteirista e diretor), entre elas, Lanterna Verde (2011), Moana: Um mar de aventuras (2016), Thor: Ragnarok (2017) e Vingadores: Ultimato (2019). No próximo longa de Thor, cujo subtítulo é Amor e trovão, ele assinará o roteiro e a direção, além de participar atuando.
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