Segundo comunicado da família no site oficial do escritor, morreu no domingo (12), aos 75 anos, o filósofo britânico Roger Scruton. Ele esteve em Porto Alegre em julho de 2019 como palestrante do ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento. O pensador havia descoberto um câncer há seis meses.
Ex-conselheiro do governo conservador britânico, era um dos mais importantes filósofos da atualidade. Membro da Royal Society of Literature e condecorado com a medalha da Ordem do Império Britânico, foi por mais de 20 anos professor na Universidade de Londres e atualmente lecionava na Universidade de Buckingham. Também era membro da British Academy, do Centro de Ética e Política Pública em Washington e da Sociedade Real de Literatura, além de ter integrado Future Symphony Institute, dedicado a popularizar a música clássica.
Ao longo de uma carreira que se estendeu por décadas, o inglês escreveu mais de 50 livros sobre política, cultura, estética, filosofia, entre outros temas - muitos deles que se tornaram best-sellers. Entre suas obras mais conhecidas no Brasil estão Como ser um conservador, Tolos, fraudes e militantes e Pensadores da nova esquerda. Deixa ainda as publicações Estética da arquitetura, A alma do mundo, O rosto de Deus e As vantagens do pessimismo. Além de suas contribuições acadêmicas, produziu para a BBC o documentário Por que a beleza importa? (2009).
Intelectual que analisava as grandes correntes do pensamento conservador ocidental contemporâneo, era um grande polemista. Seu livro mais recente é Conservadorismo - Um convite à grande tradição, lançado no Brasil quando o professor veio para as conferências na Capital e em São Paulo.