Indicado ao Globo de Ouro e ao Bafta de Melhor Filme Estrangeiro, o premiado romance dramático francês Retrato de uma jovem em chamas, de Céline Sciamma, também recebeu a Palma Queer e láurea de Melhor Roteiro no Festival de Cannes, além da distinção de melhor fotografia pelas Associações de Críticos dos Estados Unidos e Prêmio Felix no Festival do Rio, entre outros destaques.
Estrelado por Noémie Merlant e Adèle Haenel, o longa é ambientado em 1760. Marianne é contratada para pintar o retrato de casamento de Héloïse, uma jovem mulher que acabou de deixar o convento. Por ela ser uma noiva relutante, Marianne chega sob o disfarce de companhia, observando Héloïse de dia e a pintando secretamente à noite. Conforme as duas mulheres se aproximam, a intimidade e a atração crescem, ao mesmo tempo em que elas compartilham os primeiros e últimos momentos de liberdade de Héloïse, antes do casamento iminente. O retrato da noiva logo se torna um ato colaborativo e o testamento do amor delas.
Com uma das obras mais comentadas e bem avaliadas do ano, Céline foi a primeira mulher a vencer a Palma Queer do Festival de Cannes. Este é o quarto longa-metragem da cineasta, que dirigiu também Lírios d'Água, Tomboy e Garotas.