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Cultura

- Publicada em 22 de Dezembro de 2019 às 21:46

Jornalista catarinense Amanda Branco apresenta livro de fantasia 'Amor de viagem'

Autora fala sobre o processo de criação da obra da Editora Viseu que explora imaginário dos leitores

Autora fala sobre o processo de criação da obra da Editora Viseu que explora imaginário dos leitores


ALEXANDRE BRAGA/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
O livro de fantasia da jornalista catarinense Amanda Branco explora os países mais incríveis do mundo e faz a vida de uma garota virar de ponta-cabeça. Amor de viagem (Editora Viseu, 260 págs., R$ 37,90) tem como protagonista Helena, uma jovem que não sabia muito como crescer na vida e se viu sem emprego, sem perspectivas e sem objetivo de vida. 
O livro de fantasia da jornalista catarinense Amanda Branco explora os países mais incríveis do mundo e faz a vida de uma garota virar de ponta-cabeça. Amor de viagem (Editora Viseu, 260 págs., R$ 37,90) tem como protagonista Helena, uma jovem que não sabia muito como crescer na vida e se viu sem emprego, sem perspectivas e sem objetivo de vida. 
Ela sempre havia sonhado em conhecer o mundo. No entanto, desiludida com o rumo das coisas, parou de pensar nos seus sonhos. Prometeu a si mesma que, de agora em diante, ia se tornar apenas uma pessoa séria e robótica: do trabalho para casa e de casa para o trabalho. A personagem bem que tentou manter a promessa, até esbarrar em um senhor.
A magia começa quando ela vê um bloquinho de anotações caído. Ao ficar com ele para, quem sabe, devolver ao homem, acaba realizando descobertas. O bloquinho era mágico, uma espécie de portal. Através dele, Helena é transportada fisicamente para os lugares mais incríveis que sempre imaginou, como Paris, Londres e Nova York. O amor surge nas viagens da protagonista quando, durante um dos passeios, ela descobre que um homem tem a missão de fazer todos os seus planos turísticos darem certo.
Formada em jornalismo, a autora Amanda Branco sempre adorou ler. Começou com os gibis da Turma da Mônica e logo estava lendo os livros da Thalita Rebouças e do Sérgio Klein, da série Poderosa. A paixão pela leitura cresceu com ela, e, em certo momento, percebeu que gostaria de escrever a própria história, para inspirar e levar as pessoas para outros lugares por meio da leitura.
Amanda começou a elaborar Amor de viagem ainda na faculdade. Iniciou com os primeiros quatro capítulos, e depois desistiu, pensou que nunca conseguiria publicar. Após dois anos, já formada, voltou a acreditar em si mesma, escreveu o restante do livro e começou sua jornada como escritora.
Confira a entrevista da autora para o Jornal do Comércio:
JC - O que a protagonista Helena tem da autora Amanda? Depois de a história finalizada e publicada, a Helena acrescentou algo à vida e à personalidade da Amanda?
Amanda Branco - Acho que a personagem Helena e a Amanda escritora se confundem um pouco, até mesmo no imaginário dos leitores. Eu também sou jornalista, amo viajar, sou um pouco desajeitada, destrambelhada e demorei um pouco para acreditar em mim mesma até conseguir realizar meu sonho, que era publicar um livro. Agora, acredito que foi realmente Helena que me deu essa força, ela foi uma espécie de empurrão para que eu mudasse algumas coisas em minha vida e entendesse que sou, sim, capaz.
JC - Como surgiu a ideia do bloquinho, de ele funcionar como um portal, que é a grande sacada do livro? Foi influência das anotações do Jornalismo?
Amanda - O bloquinho é a parte mágica do livro, pois, com ele, ela simplesmente aparece nos lugares em que deseja - tudo isso após escrever qual o próximo destino, claro. Em Amor de viagem, eu não explico toda a forma com que isso acontece, mas já estou trabalhando em um segundo livro para mostrar, justamente, esses bastidores da magia, com o Pedro (seu parceiro) contando a história.
Sobre o bloquinho, não tinha ainda parado para pensar que talvez tenha sido influência direta da minha carreira de jornalista, mas faz todo o sentido. Sempre tenho um bloquinho na bolsa, com as mais variadas capas, geralmente ganho de presente também. É algo que nunca me canso de ganhar, sabe? No entanto, confesso que ainda sigo procurando o meu bloquinho mágico...
JC - Tu conhecias os lugares que citas na obra? 
Amanda - Não. Quando escrevi o livro eu só tinha viajado para a Disney, quanto tinha 14 anos. Agora, depois do livro já publicado, viajei também para Nova York, mas ainda não cheguei ir a Londres, Paris e os demais destinos do livro. O que eu fiz foi muita pesquisa, tanto em filmes quanto na própria internet, lendo blogs de pessoas que já viajaram, etc. Esses lugares sempre estiveram no meu imaginário, tanto que, de todos os lugares do mundo, eles foram os escolhidos para a Helena conhecer.
JC - Qual é a metáfora da "viagem"? O que significa adentrar e conhecer um lugar novo?
Amanda - A metáfora de viagem vem do meu jeito de leitura. Sempre digo que toda vez que eu leio eu entro realmente na história, me teletransporto para junto da personagem e vivo realmente tudo o que ela está vivendo. Se vem alguém me chamar eu demoro para voltar para a vida real (risos). Com Amor de viagem, busquei realmente que as pessoas realmente vivessem tudo aquilo junto com a Helena, tendo a oportunidade, ainda, de conhecer tantos lugares maravilhosos como Disney, Paris, Nova York, entre outros. É uma oportunidade de viajar mesmo estando em casa, sentado na varanda, deitado na cama, um pulinho em Paris para comer um croissant ou uma passada na Times Square. Meu objetivo foi esse!
JC - E como a figura masculina entra nessa jornada de conhecimento, da protagonista acreditar no seu próprio potencial? Como é esse encontro amoroso?
Amanda - A Helena encontra o Pedro no livro e descobre que ele é uma das partes fundamentais para tudo acontecer. No entanto, o que Pedro faz é apenas auxiliar, ajudar ela a crescer, mostrar que ela deve primeiro confiar em si mesma e que sonhos realmente podem ser realizados. Ele ajuda diretamente nessa parte de crescimento da personagem, mas, no fim das contas, a decisão é dela de mudar e melhorar, ele dá uma espécie de "empurrãozinho" para que isso aconteça.
JC - Como foi o processo de "bater o martelo" no título do livro? Amor de viagem é, ao mesmo tempo, simples e direto. Qual é a mensagem dele?
Amanda - O título foi a parte mais difícil. Desde pequena, meu maior problema nas redações da escola era colocar o título. Eu amo escrever, mas quando tenho que sintetizar tudo o que escrevi em uma frase apenas fica muito complicado (risos). Para ter o título, eu conversei com as minhas amigas e fizemos uma espécie de votação no WhatsApp. Tinham alguns nomes sendo falados, mas Amor de viagem ganhou de forma unânime. Hoje, quando penso nisso, não imagino título melhor. Era para ser Amor de viagem, pois, além da viagem ser, realmente, um amor, ela também encontra o amor. Com o título consegui, de forma simples, explicitar o que aconteceria ao longo do livro.
JC - Este lançamento é a realização de um sonho na tua vida, assim como os sonhos de Helena se realizam na narrativa? Como está tua carreira de escritora hoje? Tiveste reconhecimento? Quais são os próximos planos?
Amanda - Com certeza. Desde pequena fui apaixonada pelo mundo da leitura e da escrita. Segui na carreira de jornalista, e as palavras sempre me acompanharam. Chegou um dia que senti que precisava escrever minha própria história para levar os leitores para viajar junto comigo, assim como eu viajava quando lia os livros. Poder concretizar esse sonho foi uma realização imensa, que, confesso, às vezes, nem acredito que é real. Hoje, minha carreira de escritora segue aos pouquinhos, ainda estou me tornando conhecida. Costumo dizer que é um trabalho de formiguinha, sigo fazendo minhas divulgações nas redes sociais, em contato com jornais, entre outras coisas. Já estou com o projeto do segundo livro em andamento, será o "lado B" do Amor de viagem, com o ponto de vista do Pedro, contando como funcionam os processos mágicos e o que realmente é a família dele. Estou muito animada para essa continuação! Gostaria de agradecer a todo mundo que já leu o meu livro, que indicou, deu de presente para os amigos, é um livro que fala muito de sonhos e de acreditar, um pedido e tanto para este fim de ano. Sempre quando o Ano-Novo vem chegando, nós buscamos mudanças, buscamos confiança, acho que a Helena pode ajudar os leitores, assim como me ajudou.
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