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Cultura

- Publicada em 19 de Dezembro de 2019 às 03:00

Concerto natalino marca o encerramento da temporada no Theatro São Pedro

Orquestra de Câmara Theatro São Pedro faz apresentação gratuita, com a participação de convidados

Orquestra de Câmara Theatro São Pedro faz apresentação gratuita, com a participação de convidados


CLAUDIO ETGES/DIVULGAÇÃO/JC
Igor Natusch
Foi um ano agitado e cheio de atividades, tanto para o Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº) quanto para a orquestra que atua irmanada com o espaço e faz uso do seu nome. Para marcar as últimas atividades de ambos no ano de 2019, a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (OCTSP) oferece espetáculo de encerramento nesta quinta-feira (19), às 20h. Ainda é possível retirar ingressos na bilheteria do teatro, limitados a duas unidades por pessoa, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível e/ou produto de limpeza. Os donativos serão destinados à Casa do Artista Riograndense.
Foi um ano agitado e cheio de atividades, tanto para o Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº) quanto para a orquestra que atua irmanada com o espaço e faz uso do seu nome. Para marcar as últimas atividades de ambos no ano de 2019, a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (OCTSP) oferece espetáculo de encerramento nesta quinta-feira (19), às 20h. Ainda é possível retirar ingressos na bilheteria do teatro, limitados a duas unidades por pessoa, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível e/ou produto de limpeza. Os donativos serão destinados à Casa do Artista Riograndense.
O repertório do concerto de Natal será dividido em duas partes. Na primeira, serão executadas obras de Johann Sebastian Bach, George Gershwin e Georg Friedrich Händel, com as participações de dois convidados: a soprano Paola Bes e o barítono Francis Padilha. A parte final do espetáculo trará, é claro, um espírito mais natalino e espiritual, com a presença da cantora Isabela Fogaça. A batuta estará nas mãos do maestro titular e diretor artístico da OCTSP, Evandro Matté.
"Mesmo sempre abrindo espaços para solistas internacionais, procuramos, durante todo o ano, oportunizar o máximo possível de oportunidades para músicos locais", explica Matté ao Jornal do Comércio. "(Francis e Paola) são músicos com carreiras sólidas no canto lírico do Rio Grande do Sul, e o repertório combina com o perfil de voz deles."
Isabela, por sua vez, tem um longo histórico de apresentações com caráter natalino. Notória pela interpretação de Porto Alegre é demais, de autoria do marido, José Fogaça, e reconhecida por muitos como um hino informal da Capital, é também o nome central do show Um Natal em família, com quase duas décadas ininterruptas de apresentações. Características que, segundo o maestro, fizeram com que o convite para a participação surgisse com naturalidade.
É o segundo ano de Evandro Matté na direção artística da OCTSP. Para ele, a temporada 2019 foi marcada por "um ajuste muito grande" na parte administrativa da orquestra, com foco na ampliação do leque de empresas parceiras para captação de recursos. Criada em 1985, a orquestra é uma entidade independente do teatro que a abriga, mantendo as atividades a partir do apoio da iniciativa privada e de aportes oriundos de um conjunto de associados.
Ampliar e consolidar essas redes é "um processo que leva tempo", comenta o regente. "Quando atuei na Orquestra Unisinos Anchieta, levamos de quatro a cinco anos para que ela se consolidasse com uma programação intensa, constante e de alto nível. Não queríamos que se tornasse algo do tipo 'bem, arrumei um pouco de recursos, então vamos fazer um espetáculo, quando arrumar mais algum dinheiro vamos fazer outro' e daí por diante. Para mim, é muito importante alcançar uma continuidade nas atividades, e já estamos conseguindo alguns bons resultados nesse sentido (na OCTSP)", anima-se Matté.
Um progresso que, é claro, depende bastante de uma melhora geral na situação econômica para ganhar impulso. "No Brasil, a cultura vive muito das leis de incentivo, e o bom funcionamento desses mecanismos tem ligação direta com o lucro das empresas", aponta. "A gente fica sempre na expectativa de uma melhora na economia brasileira. Mesmo porque, além da questão da captação, tem o lado do público. Se a situação do País melhora, as pessoas frequentam mais, se sentem mais estimuladas a buscar os espaços culturais."
Para o próximo ano, a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro segue com as três séries de concertos (Oficiais, Banrisul para Juventude e Populares) e estuda a expansão de possibilidades artísticas. Além de manter o trabalho com a música de câmara, Matté revela que há planos em andamento para experimentar como os formatos ópera e balé. Tudo de forma coerente com a busca pela formação de novas plateias, um dos pilares da existência da OCTSP. "Evidente que o DNA da orquestra é focado na música de câmara. Então, nosso sonho é solidificar a orquestra e, ao mesmo tempo, expandir (para outros formatos), para que ela seja uma estrutura cada vez mais importante para a cultura do Estado", afirma.
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