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Cultura

- Publicada em 19 de Novembro de 2019 às 03:00

Com obras refletindo o contexto político, Cine Esquema Novo chega à 13ª edição

Enquanto estamos aqui, de Minas Gerais, concorre na mostra Brasil do 13º Cine Esquema Novo

Enquanto estamos aqui, de Minas Gerais, concorre na mostra Brasil do 13º Cine Esquema Novo


CINE ESQUEMA NOVO/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Um festival com posição política. Essa é a proposta da 13ª edição do Cine Esquema Novo - Arte Audiovisual Brasileira, que começa nesta quinta-feira (21) e vai até a próxima quarta, dia 27.  As atividades ocorrerão na Cinemateca Capitólio Petrobras (Demétrio Ribeiro, 1.085), no Goethe-Institut (24 de Outubro, 112), no Hub Criativa Birô (3º andar da Casa de Cultura Mario Quintana), no Laboratório de Fotografia do Instituto de Artes da Ufrgs (Senhor dos Passos, 248) e no Teatro Quilombo das Artes Utopia e Luta (Borges de Medeiros, 719). 
Um festival com posição política. Essa é a proposta da 13ª edição do Cine Esquema Novo - Arte Audiovisual Brasileira, que começa nesta quinta-feira (21) e vai até a próxima quarta, dia 27.  As atividades ocorrerão na Cinemateca Capitólio Petrobras (Demétrio Ribeiro, 1.085), no Goethe-Institut (24 de Outubro, 112), no Hub Criativa Birô (3º andar da Casa de Cultura Mario Quintana), no Laboratório de Fotografia do Instituto de Artes da Ufrgs (Senhor dos Passos, 248) e no Teatro Quilombo das Artes Utopia e Luta (Borges de Medeiros, 719). 
Uma das fundadoras e produtoras do festival, além de curadora da Mostra Competitiva Brasil, Jaqueline Beltrame afirma que a edição deste ano é composta por obras que têm posições políticas por esse fator refletir as atuais produções do cenário autoral e independente do País. "No ano passado, já havíamos percebido essa inclinação das obras, que, desta vez, está ainda mais clara. São cada vez mais crescentes nas expressões artísticas tais manifestações", aponta.
São 33 obras que compõem a mostra, com 28 delas recebendo exibições em salas de cinema, uma performance na Cinemateca e quatro videoinstalações expostas no Goethe-Institut. O engajamento é bastante presente nos filmes, que abordam temáticas sociais diversas, como acessibilidade, empoderamento, feminismo, identidade queer, memória, questões indígenas e representatividade negra.
A variedade de regiões também é um dos destaques: estarão presentes no Cine Esquema Novo obras de 10 estados, além de quatro outras que são assinadas por brasileiros, mas realizadas em coprodução internacional ou no exterior. "Só há um filme gaúcho (Mirante) nesta edição (da mostra competitiva). Não existe uma necessidade de contar com um filme do Estado, mas é bom quando acontece. É ótimo observar a produção nacional de uma forma mais ampla", argumenta Jaqueline.
Para selecionar as obras concorrentes, além do processo de inscrição, é feita uma pesquisa por parte dos curadores. "Mesmo em anos sem o festival, seguimos contatando produtores, cineastas e observando o que eles estão produzindo. Existe uma conversa constante com os artistas, realizamos proposições e fazemos convites para que participem do evento", explica.
O festival contempla, ainda, outras três mostras (Outros Esquemas, Universitária Base-Líbano e Audiovisual em Curso), a inédita Rodada de Negócios, duas sessões acessíveis (Raia 4, dia 23/11, às 14h; e Mirante, dia 27/11, às 14h), duas oficinas (Câmera Causa - Realização audiovisual para grupos em vulnerabilidade social e Trabalhando artesanalmente com película 16mm) e o seminário Pensar a imagem.
Outros Esquemas conta com 15 produções, exibidas na Cinemateca a partir de sexta-feira. A mostra surge, nesta edição, de uma vontade do time de curadores do festival em contemplar um espaço de expressão diferente da Mostra Competitiva, mas que os encantaram de alguma forma. "São produções boas e legais, que emocionam e tem uma ótima temática, mas que não apresentam a linguagem da Mostra Competitiva, que contempla experimentação estética, um roteiro que foge do linear. A Outros Esquemas serve para dar uma janela de exibição para esses filmes, para que eles não sejam esquecidos", destaca a curadora.
A Rodada de Negócios, por sua vez, abraça obras que têm um perfil audiovisual experimental e autoral, projetos que ainda não começaram, propondo uma coprodução; ou filmes finalizados, oferecendo uma distribuição. "É uma forma de geração de renda do festival, que dialoga com o conceito de economia criativa", acredita Jaqueline.
Fazendo uma avaliação desses 13 anos de Cine Esquema Novo, ela lembra que o objetivo inicial era dar espaço para exibição de filmes que não tinham janela em outros festivais, além de proporcionar diálogo das artes visuais com o cinema, mas o horizonte acabou se ampliando. "Percebemos que o festival também se tornou importantíssimo para formação de público e de cineastas, que assistem aos filmes como espectadores e depois se tornaram artistas. Acredito que esta seja a função de projetos culturais, bem como de entregar cultura para a sociedade", completa.
A programação completa pode ser acessada no link cineesquemanovo.org/2019/programacao.
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