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Cultura

- Publicada em 24 de Outubro de 2019 às 03:00

Festival gratuito de blues traz grandes nomes da guitarra a Porto Alegre

Conhecido por tocar com Ozzy Osbourne, Zakk Wylde é uma das atrações do Samsung Best of Blues

Conhecido por tocar com Ozzy Osbourne, Zakk Wylde é uma das atrações do Samsung Best of Blues


JUSTIN REICH/DIVULGAÇÃO/JC
Igor Natusch
O Anfiteatro Pôr do Sol (Edvaldo Pereira Paiva, s/nº) vai espalhar blues e rock pela Capital gaúcha neste sábado (26/10). A partir das 18h, o local recebe a edição 2019 do festival Samsung Best of Blues, em um evento gratuito e ao ar livre. Conhecido em especial pela sua longa parceria com o vocalista Ozzy Osbourne, Zakk Wylde divide o posto de principal atração com o jovem britânico Kenny Wayne Shepherd, que coleciona honrarias e aparições no topo das paradas internacionais do estilo. O evento conta, ainda, com a apresentação das brasileiras Tatiana e Nina Pará, com abertura da banda gaúcha Stones Blues Band.
O Anfiteatro Pôr do Sol (Edvaldo Pereira Paiva, s/nº) vai espalhar blues e rock pela Capital gaúcha neste sábado (26/10). A partir das 18h, o local recebe a edição 2019 do festival Samsung Best of Blues, em um evento gratuito e ao ar livre. Conhecido em especial pela sua longa parceria com o vocalista Ozzy Osbourne, Zakk Wylde divide o posto de principal atração com o jovem britânico Kenny Wayne Shepherd, que coleciona honrarias e aparições no topo das paradas internacionais do estilo. O evento conta, ainda, com a apresentação das brasileiras Tatiana e Nina Pará, com abertura da banda gaúcha Stones Blues Band.
Com uma sólida carreira no rock pesado, Zakk Wylde faz sua sexta aparição em Porto Alegre, onde já esteve com o Black Label Society, com o Zakk Sabbath (projeto no qual toca covers do Black Sabbath) e em carreira solo. Desta vez, porém, a proposta é distinta: ajudar a realçar a evolução do blues para o rock, mostrando as muitas ligações entre esses irmãos musicais.
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"Quando você escuta Cream, Jimi Hendrix, Black Sabbath ou Led Zeppelin, essas bandas são todas baseadas no blues. Quando você toca Into the void (Black Sabbath) em uma guitarra acústica, fica bem claro o quanto há de blues nela. Sunshine of your love (Cream) é provavelmente o primeiro riff de heavy metal de todos os tempos, e a música toda é baseada em escalas e licks de blues", acentua, em entrevista telefônica ao Jornal do Comércio.
A descoberta do blues, segundo Zakk Wylde, foi consequência natural da sua fascinação por grandes nomes do rock. "Quando eu lia sobre os guitarristas que me inspiraram e influenciaram - Tony Iommi, Jimi Hendrix, Jimmy Page, Frank Marino, Robin Trower, todos esses caras -, eles falavam sobre os músicos que os tinham inspirado a tocar. Então, você podia voltar no tempo e ver de onde eles tinham vindo, e todos têm bases no blues", explica.
O guitarrista estará na Capital com os mesmos músicos do Black Label Society - Jeff Fabb (bateria), Dario Lorina (guitarra) e John DeServio (baixo). O setlist, contudo, será especial, com uma série de covers que deve deixar os laços de sangue entre bluesmen e headbangers ainda mais claros.
Depois dos shows em Porto Alegre e São Paulo, a agenda de Zakk Wylde segue intensa. Está prevista para o próximo ano a retomada da turnê com Ozzy Osbourne, que foi cancelada, neste ano, devido a problemas de saúde do cantor. Mas o espírito do músico é "ver o que acontece", nas suas próprias palavras. "Minha expectativa é estar respirando. É a coisa mais importante, você acordar de manhã e estar respirando, como de costume", brinca.
Já para Kenny Wayne Shepherd, talvez se possa dizer que o presente é agora. Promovendo o recém-lançado CD The traveler, ele traz ao Brasil um currículo de peso, com milhões de discos vendidos e premiações. São quase três décadas na estrada do blues para o músico de 42 anos - sua estreia nos palcos foi precoce, aos 13 anos de idade. "Eu vinha pressionando o meu empresário para agendar shows no Brasil há um bom tempo, e está finalmente acontecendo. Estamos muito ansiosos para tocar", anima-se o guitarrista.
Em uma carreira bem-sucedida e cheia de honrarias, uma das mais emblemáticas veio em 2007, com o DVD 10 days out: blues from the backroads. Nesse trabalho, ele entrevistou e tocou com lendas do blues, como B.B. King e Gatemouth Brown. "Alguns desses caras eram meus heróis enquanto eu crescia, e ter a oportunidade de tocar com eles e sentar e conversar foi uma experiência que mudou minha vida. As histórias, as experiências e a amizade que compartilhamos são coisas que sempre vou carregar no coração", relembra Kenny.
Tendo surgido como um jovem prodígio, o guitarrista enfrentou as expectativas comuns a muitos músicos jovens - e que levam vários deles a disfarçar a inexperiência com demonstrações quase espalhafatosas de rapidez. "Sei como é. Houve um tempo em que, sempre que pegava minha guitarra, eu também sentia que tinha obrigação de provar que era bom. Mas, na medida em que fui ficando mais velho, fui aprendendo que, para o público sentir o mesmo que você sente tocando, é preciso diminuir o ritmo e deixar a música respirar", reflete.
Hoje, o som de Kenny Wayne Shepherd mistura o blues com referências de vários outros estilos, em um caldeirão musical visto pela crítica como uma renovação para o estilo. Em Porto Alegre, ele estará acompanhado de Noah Hunt (guitarra), Scott Nelson (baixo), Joe Krown (teclados), Joe Sublett (sax), Mark Pender (trompete) e Chris "Whipper" Layton (bateria). Depois do Brasil, o músico cai de novo na estrada, com uma agenda de shows ao lado do bluesman Buddy Guy.
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