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Cultura

- Publicada em 25 de Setembro de 2019 às 03:00

Exposição relembra reabertura do Hotel Majestic como Casa de Cultura Mario Quintana

Com fotografias de Dulce Helfer e Gilberto Perin, 'Esconderijos do tempo' será aberta hoje na CCMQ

Com fotografias de Dulce Helfer e Gilberto Perin, 'Esconderijos do tempo' será aberta hoje na CCMQ


DULCE HELFER/DIVULGAÇÃO/JC
Igor Natusch
Há exatos 29 anos, em 25 de setembro de 1990, o antigo Hotel Majestic era devolvido à população de Porto Alegre, agora como Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). Para marcar essa data, o espaço abre hoje, às 19h, a exposição Esconderijos do tempo, com fotos inéditas de Dulce Helfer e Gilberto Perin. A visitação fica aberta até 16 de outubro, de terça a sexta-feira (das 9h às 21h), e sábados, domingos e feriados (das 12h às 21h), com entrada franca.
Há exatos 29 anos, em 25 de setembro de 1990, o antigo Hotel Majestic era devolvido à população de Porto Alegre, agora como Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). Para marcar essa data, o espaço abre hoje, às 19h, a exposição Esconderijos do tempo, com fotos inéditas de Dulce Helfer e Gilberto Perin. A visitação fica aberta até 16 de outubro, de terça a sexta-feira (das 9h às 21h), e sábados, domingos e feriados (das 12h às 21h), com entrada franca.
Instalada no Espaço Majestic, a exposição traz 22 imagens ao todo, tanto coloridas quanto em preto e branco. Nelas, os espaços e as atividades da CCMQ surgem em ângulos fora do usual, explorando olhares que passam batido para visitantes e caminhantes eventuais. Há espaço também para recantos incomuns dentro do edifício histórico, construído no começo do século passado com a assinatura do arquiteto Theo Wiederspahn.
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Uma das autoras, Dulce Helfer explica que as fotos foram realizadas no ano passado, para uma exposição planejada para acontecer ainda em 2018, mas que apenas agora acaba se concretizando. A opção por imagens recentes não deixa de ser significativa, já que Dulce tem um acervo com imagens desde antes da inauguração. "Não quis pegar imagens tão antigas. Achei que seria melhor colocar, nessa exposição, fotos que trouxessem a atualidade da casa, o que ela é agora e o modo como ela se insere na cidade de hoje em dia", explica.
A partir dos olhares dos dois fotógrafos, a ideia é mostrar uma casa que, mesmo consolidada no imaginário de Porto Alegre, ainda esconde muitos detalhes e descobertas. "As fotos mostram os esconderijos (da CCMQ), é claro, mas também a vida que a casa tem e que circula por ela. É uma casa muito viva, sempre há algo acontecendo, sempre há pessoas circulando por ali. E essas imagens servem também para incentivar as pessoas a olhar com mais cuidado esses cantinhos, sacarem esses detalhes com um pouco menos de pressa", acrescenta a fotógrafa.
Mesmo porque, como frisa Dulce, é a possibilidade permanente de ser parte desses esconderijos que dá à CCMQ sua personalidade tão particular. "As pessoas têm um certo pé atrás em entrar em um museu, por exemplo: acham que precisam pagar, não sabem que é gratuito, muitas vezes não sabem o que vão encontrar lá dentro. Na casa, o fluxo é bem maior, mesmo porque é uma parada obrigatória: quem vem conhecer Porto Alegre vai na CCMQ. É mais informal, é só dar uma caminhada no Centro e ver o que está acontecendo lá."
Além da fotografia, Gilberto Perin dedica-se a trabalhos como roteirista e diretor de cena. Apresentou exposições individuais em espaços de arte brasileiros e da Europa, além de publicar dois livros (Camisa brasileira, de 2011, e Fotografias do imaginar, de 2015). Dulce Helfer, por sua vez, trabalhou por décadas na imprensa gaúcha e realizou dezenas de exposições individuais e coletivas, tendo recebidos prêmios regionais e nacionais pelo seu trabalho. Seus textos e fotos aparecem em 48 livros, e ideias não faltam para novas iniciativas - uma delas, uma publicação trazendo imagens de Quintana e de toda a trajetória da casa, busca recursos para sua concretização.
Em paralelo à mostra Esconderijos do tempo, segue aberta, no 5º andar da CCMQ, a exposição 25 quadros de ausência, trazendo retratos de Mario Quintana feitos por Dulce, além de algumas raridades do acervo do poeta. Enquanto estiver aberta, a mostra serve para preencher uma das lacunas no prédio histórico: a ausência de um espaço permanente dedicado à obra da pessoa que dá nome ao centro cultural. "As duas exposições acabam se complementando, a memória em um andar e o presente em outro", comenta Dulce.
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