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Cultura

- Publicada em 19 de Setembro de 2019 às 03:00

Meandros do futebol estão na tela com estreia de trama uruguaia infantojuvenil

Longa uruguaio 'Meu Mundial - Para vencer não basta jogar' tem coprodução da gaúcha Panda Filmes

Longa uruguaio 'Meu Mundial - Para vencer não basta jogar' tem coprodução da gaúcha Panda Filmes


BRETZ FILMES/DIVULGAÇÃO/JC
Fruto do programa Ibermedia, Meu Mundial - Para vencer não basta jogar, coprodução do Uruguai e Argentina com a gaúcha Panda Filmes, tem direção de Carlos Andrés Morelli. O filme é uma adaptação do livro infantojuvenil homônimo de Daniel Baldi, ex-jogador uruguaio com passagem por clubes como Bella Vista e Peñarol. O longa aborda a trajetória do menino Tito Torres (Facundo Campelo), rapaz de 13 anos, um verdadeiro prodígio, jogador extremamente talentoso que começa a chamar a atenção da máquina financeira do futebol.
Fruto do programa Ibermedia, Meu Mundial - Para vencer não basta jogar, coprodução do Uruguai e Argentina com a gaúcha Panda Filmes, tem direção de Carlos Andrés Morelli. O filme é uma adaptação do livro infantojuvenil homônimo de Daniel Baldi, ex-jogador uruguaio com passagem por clubes como Bella Vista e Peñarol. O longa aborda a trajetória do menino Tito Torres (Facundo Campelo), rapaz de 13 anos, um verdadeiro prodígio, jogador extremamente talentoso que começa a chamar a atenção da máquina financeira do futebol.
O título foi exibido na mostra competitiva de estrangeiros no Festival de Cinema de Gramado do ano passado, com boa repercussão de público. Entre os Kikitos, levou somente o prêmio de Melhor Ator para o excelente Nestor Guzzini, que faz o passivo pai de Tito (embora o personagem comece a se transformar e ganhar papel maior na narrativa). "O cinema, assim como o futebol, é um fazer coletivo. Se cresces e não entendes isso, não entendes nada. É uma forma do filme comunicar", comentou o intérprete uruguaio na coletiva em Gramado.
Veronica Perrotta também faz boa atuação como Marisa, mãe do garoto. Já o brasileiro Roney Villela encarna o olheiro Rolando, em ótimo "portunhol", trazendo todos os trejeitos da malandragem carioca como agente de atletas e dando muita tensão à narrativa. No entanto, a competição internacional na Serra não tem troféu destinado a coadjuvante - homenagem que seria justíssima.
A obra viajou diversos eventos pelo mundo e recebeu o prêmio especial do júri no Festival International FF Junior em Estocolmo, na Suécia. Centrada em relações familiares, valores de amizade e lições de vida, a trama é levada de forma naturalista. Nem mesmo o protagonismo de um atleta e não um ator profissional compromete o projeto de narrativa realista de Morelli. O jovem Facundo Campelo foi "peneirado" entre juniores de clubes uruguaios, para garantir que pudesse executar, em cena, os lances futebolísticos com verdade. "A equipe se adaptava ao que eu fazia para filmar", contou o estreante. 
O esporte é o pano de fundo, mas não o tema central do filme, que se foca na sobrevivência da vida cotidiana. A beleza da obra narrada é os distintos sentimentos e leituras que eles podem suscitar. Não à toa, a canção final do longa é a quase folclórica Los caminos de la vida, que "son muy dificil de andarlos", não cumprem as projeções pessoais e sempre trazem obstáculos para a sonhada vitória. 
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