A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2.000) inaugura, neste sábado, a exposição Antes da palavra, do artista carioca Daniel Senise. A visitação gratuita vai até 29 de setembro, no átrio e 2º e 3º andares do espaço, de quarta-feira a domingo, das 14h às 19h.
Com curadoria de Daniela Labra, a mostra apresenta 23 trabalhos de Senise, entre pinturas e objetos, articulados em torno da instalação monumental 1.587, constituída por duas grandes telas suspensas no Átrio, postadas frente a frente, cujas lonas são lençóis usados em um motel carioca e no Inca (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro. O título da obra decorre do cálculo de pessoas que passaram por esses lençóis ao longo de seis meses.
O artista e a curadora conversam com o público às 18h, no átrio da fundação. São oferecidas 50 vagas gratuitas, por ordem de chegada. A ausência na presença é um paradoxo explorado nas obras do artista, assim como a reflexão sobre o tempo, a vaidade, a futilidades e a opulência.
Em diálogo com a exposição, Daniela convidou seis artistas que pensam o som não em sua estrutura melódica, mas em proposições que indicam ausência, fisicalidade, espacialidade, interrupção, silêncio, tempos alongados e outros motes integrados às ideias de Antes da palavra. São eles: Marcelo Armani, Ricardo Carioba, Raquel Stolf, Pontogor, Tom Nóbrega e Felipe Vaz. Outra novidade da mostra é a joia feita com exclusividade por Daniel Senise para a Fundação Iberê, à venda na loja do espaço cultural.
Já no domingo, às 16h, o documentário Daniel Senise: a construção da ausência, de Cacá Vicalvi, será atração do Cine Iberê, com entrada franca. Sobre um dos mais emblemáticos pintores da chamada "Geração 80", o título será comentado por Virginia Aita, curadora e pesquisadora em filosofia, estética e crítica de arte.