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reportagem cultural

- Publicada em 25 de Julho de 2019 às 21:31

Bar Escaler marcou época na noite do Bom Fim, em Porto Alegre

Bar Escaler, junto ao Parque da Redenção, aglutinava frequentadores de todas as tribos

Bar Escaler, junto ao Parque da Redenção, aglutinava frequentadores de todas as tribos


Acervo Tânia Meinerz/divulgação/jc
Poucos lugares simbolizaram tão bem a efervescência dos anos 1980 em Porto Alegre quanto o Escaler, bar plantado às margens do Parque da Redenção, em meio a jacarandás e sob o brilho da lua. Inscrito na memória afetiva de mais de uma geração de artistas e boêmios da capital gaúcha como espaço de cultura e entretenimento, ganhou também notoriedade acadêmica ao ser citado no livro Memória Porto Alegre - Espaços e vivências, da historiadora Sandra Pesavento (Editora da Universidade, 1991), entre os "novos territórios do Bom Fim" que enraizaram as "sociabilidades coletivas cotidianas" da cidade.
Poucos lugares simbolizaram tão bem a efervescência dos anos 1980 em Porto Alegre quanto o Escaler, bar plantado às margens do Parque da Redenção, em meio a jacarandás e sob o brilho da lua. Inscrito na memória afetiva de mais de uma geração de artistas e boêmios da capital gaúcha como espaço de cultura e entretenimento, ganhou também notoriedade acadêmica ao ser citado no livro Memória Porto Alegre - Espaços e vivências, da historiadora Sandra Pesavento (Editora da Universidade, 1991), entre os "novos territórios do Bom Fim" que enraizaram as "sociabilidades coletivas cotidianas" da cidade.
Aberto no dia 24 de outubro de 1982, o Escaler (palavra cujo significado é bote salva-vidas) sintetizou as duas paixões da vida de seu proprietário, Antonio Calheiros: "Sempre tive dois sonhos: navegar e ter um bar". Formado no Ciaga (Centro de Instrução Almirante Graça Aranha), no Rio de Janeiro, o oficial da marinha mercante juntou dinheiro por 12 anos cruzando rotas marítimas antes de abrir negociação para adquirir o ponto da peixaria Guaíba no Mercado do Bom Fim. "Um terço do que ganhava no mar guardava no mocó", conta Calheiros, o Toninho do Escaler. Além de ficar encantado com a ideia de abrir um boteco junto ao parque, ele foi fisgado pelo freezer gigantesco, que avistou de relance ao fundo da peixaria e que, de imediato, imaginou abarrotado de caixas de cerveja.
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Um dos trunfos do Escaler era sua localização no Bom Fim, bairro que aglutinava a maioria de notívagos de Porto Alegre na década de 1980 - a Cidade Baixa ainda não havia se transformado no reduto boêmio massivo que é hoje, muito menos o Moinhos de Vento. Aliás, o cotovelo do parque, junto às avenidas Osvaldo Aranha e José Bonifácio, já correspondia de antemão a um cantinho especial para a boemia, graças ao trailer Zé do Passaporte, opção segura de cachorro-quente na madrugada.
Junto com o bar Ocidente e a Lancheria do Parque, ambos na Osvaldo Aranha, o Escaler formava uma espécie de "Triângulo das Bermudas" do Bom Fim, espaço em que os boêmios facilmente perdiam o rumo de casa. Alheios a isso, proprietários e garçons promoviam renhidas peladas na cancha de futebol da Redenção, em plena madrugada, após o fechamento das casas - o torneio batizado de Sangue e Areia quase sempre terminava em churrasco já com o sol na linha do horizonte.
Outro charme do Escaler era a proximidade do parquinho infantil da Redenção, guardado com carinho na lembrança de sucessivas gerações de porto-alegrenses: "Quem não tirou uma foto quando criança dirigindo um daqueles carrinhos de brinquedo?", indaga a radialista
Katia Suman. Por sinal, o parque de diversões foi palco de inocente transgressão em dezembro de 1984, quando os brinquedos foram clandestinamente acionados pela plateia que tinha acabado de assistir ao show da banda Camisa de Vênus no auditório Araújo Vianna. Inebriados por canções como Eu não matei Joana D'Arc, os jovens passearam na roda gigante de madrugada.
Ao ver a cena inusitada, o artista plástico Nelsinho Magalhães correu até o orelhão mais próximo para narrar o que se passava a Katia Suman, na esperança de que ela relatasse o episódio no microfone da Ipanema FM. "Se eu me lembro disso? Capaz!", diverte-se Katia, ao ouvir a história. Nesse ponto, ela é absolutamente fiel à premissa segundo a qual quem viveu os anos 1980 recorda pouco ou quase nada do que se passou, enquanto os que dizem se lembrar de tudo (aqui entre nós) não vivenciaram a fundo aqueles tempos desvairados.

Reduto de tribos contemporâneas

A partir do verão de 1984, quando se transformou em point noturno, o Escaler passou a aglomerar, principalmente aos domingos, uma plêiade de tribos tão díspares quanto punks, góticos e metaleiros, que se juntavam a remanescentes da onda hippie e aos primeiros rappers da praça. "O bar tinha tudo a ver com a concentração de pessoas ligadas à arte e à cultura que circulavam no Bom Fim", destaca o saxofonista King Jim, um dos fundadores da banda Garotos da Rua.
Prova disso é que o Escaler foi a segunda casa de Serginho Moah (ex-vocalista da Papas da Língua, hoje em carreira solo), logo depois que o rapaz fronteiriço desembarcou em Porto Alegre, em março de 1989. "Em Uruguaiana, tinha o hábito de reunir os amigos em casa aos domingos. Esse costume, de certo modo, se repetiu quando descobri o Escaler. O bar juntava gente de diferentes estilos e ideologias ao redor do Toninho, um anfitrião cheio de projetos e ideias."
Em resumo, era o lugar certo para encontrar amigos e conhecidos. "Virou ponto de referência - todo mundo se reunia lá", relembra Marcelo Fornazier, guitarrista da DeFalla e Darma Lovers, que também tocava na Câmbio Negro. "Era o gueto underground da cidade", complementa Marco Aurélio Lacerda, o Coié, líder de grupos de blues como Neon e Rabo de Galo. "Em dado momento, alguém deve ter tido a ideia: 'Ei, por que não aproveitar esse povo reunido e fazer shows aqui para mostrar bandas novas e antigas'?", descreve o músico e jornalista Jimi Joe.
Foi o que aconteceu. Na agenda musical, Toninho era assessorado por duas figuras homônimas e emblemáticas do rock, ambas falecidas no ano passado. Carlos Eduardo Weyrauch, o Mutuca, exercia a curadoria, valendo-se da experiência de proprietário do bar Rocket 88, reduto do rock no Menino Deus no início dos anos 1980. Já Carlos Eduardo Miranda, o Gordo Miranda (a partir dos anos 1990, um dos principais produtores musicais do País) se encarregava de arregimentar roqueiros e distribuí-los em quantas formações fossem necessárias para otimizar a programação. "Precisa de um baterista? Guitarrista? Deixa comigo", dizia Miranda.
Na época, era comum que músicos participassem de mais de uma banda, desdobrando-se para atender aos compromissos. Duca Leindecker, por exemplo, recorda o domingo em que tinha dois shows agendados - com a Bandaliera no Escaler e a Prize em um palco improvisado no telhado do bar Timbuca, na Vila Assunção. Como a apresentação no Escaler esticou-se além do planejado, chegou atrasado à Zona Sul da cidade. Ao subir esbaforido no telhado do Timbuca, foi recebido com um soco no rosto por um dos integrantes da Prize. "Além do atraso, contou o ciúme por estar dando preferência à Bandaliera", assinala Leindecker que, depois, formaria a Cidadão Quem com o irmão Luciano e Cau Hafner, ambos já falecidos.
Além de palco, o Escaler também era usado como "escritório". No verão de 1984, ali foi criada uma das mais cultuadas bandas daquela década, Atahualpa Y Us Panquis. Jimi Joe e Carlos Branco (hoje produtor cultural), que faziam parte da primeira formação com Gordo Miranda e o baixista Paulo Mello, debatiam quem deveria ser o baterista. "O Alemão Ronaldo (vocalista das bandas Taranatiriça e Bandaliera) escutou o papo e disse que era baterista de origem, mas não colou! Acabamos convocando o Fernando Paiva, que tocava com Nei Lisboa", recorda Jimi, soltando uma risada.

Lar dos vagabundos da noite

Katia Suman realizou o primeiro comercial de rádio para o Escaler

Katia Suman realizou o primeiro comercial de rádio para o Escaler


FERNANDA CHEMALE/DIVULGAÇÃO/JC
Pouca gente lembra que, nos primeiros tempos, o Escaler era um bar diurno, que servia principalmente sucos e lanches naturais. Quando decidiu estender o horário, Toninho pediu a Telmo Ramos, diretor de criação da vizinha Standard Propaganda, com sede na José Bonifácio, que produzisse chamadas na Ipanema FM para anunciar a boa nova. "Nenhum bar fazia comerciais, mas Toninho era um aventureiro", comenta o publicitário. Para ler o texto, convidou a namorada de Ramos na época, Katia Suman, que ainda não havia estreado em rádio.
Assim, a propaganda de um minuto do Escaler na Ipanema - outra particularidade original, já que a duração de comerciais raramente ultrapassa 30 segundos -, no começo de 1984, representou a primeira vez que a voz de Katia ecoou nas ondas radiofônicas. "Foi dessa maneira que os ouvintes me conheceram", diz ela. Em um ritmo lento e arrastado, Katia acrescentou improvisos e pausas dramáticas (havia atuado em peças de teatro em SP) ao texto de Ramos: "Minha mãe sempre me ensinou a lavar as orelhas, voltar cedo pra casa, não fumar cigarro dos outros. Mas, depois que o bar Escaler abriu de noite, eu caí na vida noturna. O Escaler, meu, é aquele que não tá nem aí com nada, mas tá com tudo". Nisso, ouvia-se a voz do locutor: "Bar Escaler, para os vagabundos da noite - Redenção esquina com a roda gigante".
Foi a primeira de uma série de ações promocionais. "A Ipanema andava atrás de novas ideias, algo que eu tinha de sobra", conta Toninho, que ganhava descontos e não tinha prazo para pagar os comerciais. Em alguns deles, o dono do bar virava personagem de histórias divertidas, como a do "prefeito perfeito" do Território Livre do Bom Fim. "A ideia era trabalhar com o imaginário das pessoas para promover a cultura da paz de modo lúdico", diz o publicitário Augusto Barquett, o Guga, principal parceiro de Toninho nas campanhas do Escaler.
Um exemplo é a eleição para presidente da República no Escaler, no embalo das Diretas Já. Neste caso, a regra eleitoral não tinha casuísmo: cada cerveja paga na boca do caixa dava direito a um voto. Os "candidatos" estavam listados na parede do bar - um deles, Roberto Freire, do Partido Comunista Brasileiro, soube do escrutínio quando visitava o Brique da Redenção e correu para exercer o gesto cívico no boteco. Mas ganhou Brizola, que recebeu, inclusive, carta de congratulações enviada por Toninho (não consta que tenha sido respondida).
Para se ter ideia da repercussão, cabe registrar que, em 1986, a campanha "Cometamor" conquistou a medalha de ouro do Salão da Propaganda do RS. Naquele ano, criou-se enorme expectativa com a aparição do cometa Halley, que havia hipnotizado o mundo com sua passagem fulgurante em 1910. Toninho pôs uma luneta na porta do bar para que os clientes espiassem o astro no céu. Além disso, em troca de bebidas, pediu a três estudantes de Astronomia da Ufrgs que comentassem o fenômeno sideral junto ao público. Personalidades como Lauro Quadros e Ivette Brandalise foram lá olhar o cometa. Em um dos spots promocionais, a lua se mostrava enciumada com tanta reverência: "Eu apareço todos os dias, mas só falam de mim na hora de cortar o cabelo".
Há relatos de que o prefeito Alceu Collares mandou desligar as luzes da Redenção para facilitar a visualização. Mas, no verão de 1986, o Halley frustrou a expectativa geral com uma aparição tímida, apagada, e quase ninguém conseguiu identificá-lo no firmamento. "Pouco importa - as pessoas já tinham visto o cometa interiormente", consola-se Guga. Além do mais, a abundância de garrafas vazias ao redor do boteco comprovava o êxito da promoção. Pena que poucos registros das campanhas do Escaler sobreviveram aos casamentos desfeitos e às mudanças de endereço do dono do bar. "Como bom marujo, Toninho deixa um pedaço do coração em cada porto", anota Guga.

O maior vendedor de cervejas da cidade

Público fiel lotava o bar, inclusive em dias de shows

Público fiel lotava o bar, inclusive em dias de shows


Acervo Tânia Meinerz/divulgação/jc
No auge do sucesso, o Escaler exibia com orgulho, pregado na parede, o diploma de maior vendedor de cervejas da cidade ofertado pela Brahma. "Aquele bar era uma fábrica de dinheiro", relembra Toninho. O boteco à beira do parque desenvolveu tentáculos como o Escaler Voador - a inspiração era o Circo Voador, cartão-postal da emergente cena roqueira carioca nas areias do Arpoador (mais tarde, na Lapa). Na capital gaúcha, Toninho ergueu a lona de circo junto ao Gigantinho, onde se apresentaram bandas como Titãs, Paralamas do Sucesso e Ultraje a Rigor, além de figurões da MPB, a exemplo de João Bosco, sempre com casa lotada. Foram 17 shows em 17 semanas até o circo ser interditado pela prefeitura.
Uma nova versão do Escaler Voador apareceu nos anos 1990 na Praia de Belas, ao lado da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos. A marca de cerveja Antarctica cedeu US$ 30 mil de patrocínio, mas também durou pouco, desta vez, pela pressão da Associação de Moradores do Menino Deus. Em outro momento, Toninho instituiu uma filial litorânea do Escaler em Tramandaí.
É provável que a tentativa mais bem-sucedida de expandir o ambiente do Escaler tenha sido o Cais, um bar de inverno que operou em outro ponto do Mercado do Bom Fim de 1988 a 1996. O requinte do pub incluía piso de ipê, lareira e uma porta de vidro retirada da cabine de comando de uma antiga embarcação do Estaleiro Só. "Para quem passava em frente em uma noite fria, era quase impossível não entrar", relata Guga, acrescentando que atores globais vinham beber drinques e experimentar o creme de legumes da casa.
O Escaler assumiu atitudes ousadas em termos de comportamento. A área entre o Mercado do Bom Fim e o campo de futebol da Redenção, fora dos limites do boteco, foi batizada de fumódromo por abrigar as rodinhas regadas a baseados (cigarros de maconha). "Não fazíamos apologia da droga, mas defendíamos já naquela época a liberdade de escolha. Vinha gente de São Paulo, Rio, Belo Horizonte e até Buenos Aires para conhecer o fumódromo", conta Toninho.

Porto Alegre contra o Escaler

Com 6 mil pessoas, show de Bebeto Alves teve público que chegava até a Igreja Santa Terezinha

Com 6 mil pessoas, show de Bebeto Alves teve público que chegava até a Igreja Santa Terezinha


BEBETO ALVES/DIVULGAÇÃO/JC
A postura vanguardista do Escaler causava reações conservadoras em uma sociedade que "não estava preparada para o florescimento de novos hábitos e tendências culturais e antropológicas", analisa Guga. Neste sentido, episódio marcante foi o show de Bebeto Alves ao final de uma tarde de domingo no começo dos anos 1990. Olhando pelo retrovisor do tempo, Toninho admite ter posicionado mal o palco, de modo que o público - que calcula em 6 mil pessoas - tomou conta da avenida José Bonifácio até encostar na porta da Igreja Santa Terezinha. "O que posso te garantir é que me senti em uma ilha cercada por um mar de gente por todos os lados - na frente, atrás, ao lado do palco, pendurada nas árvores do parque", recorda Bebeto. Em consequência, naquele domingo, não foi possível se ter acesso ao culto religioso e, pela primeira vez, não houve missa das 18h na Igreja Santa Terezinha.
Como se fosse pouco, um dos habitués do bar, completamente embriagado, após o show, subiu ao palco nu, exceto pela gravata amarrada em volta do pescoço. No dia seguinte, uma petição judicial com apoio de quase duas dezenas de associações civis e religiosas exigiu o fechamento do bar sob a alegação de perturbação da ordem pública. O documento tinha a assinatura até do governador Sinval Guazelli. Contudo, a Justiça proferiu decisão favorável ao Escaler com base no argumento de que o boteco se localizava em área estritamente destinada ao lazer e à recreação. Nem é preciso mencionar a euforia de Toninho após ouvir a sentença - "Nem o Papa fecha o Escaler!", declarou aos jornais da época. Mas, passada a comoção, por via das dúvidas, tomou a precaução de dali para frente só iniciar os shows dominicais após o encerramento da missa.
Famoso nas rodas boêmias e culturais, Toninho se candidatou a vereador pelo PV, com slogan de campanha criado por Guga - "Toninho, o verde maduro" -, angariando 4.553 votos, mas faltou coeficiente eleitoral para conquistar a vaga na Câmara Municipal. Não raras vezes, se engalfinhou com as administrações petistas na prefeitura ao longo dos anos 1990, apesar de ter apoiado a eleição de Olívio Dutra para o Palácio Piratini em 1998. "Para ser governador, não precisa ser careta!", discursou Olívio, na porta do Escaler, no último comício da campanha. Toninho atribui o envolvimento com a política à tradição combativa do movimento sindical dos marítimos, categoria à qual pertence, mas desistiu de levar adiante a ideia quando se convenceu de não ter vocação para a vida partidária.
Quando o Escaler encerrou as atividades, em 2006, Toninho fez uma última cartada ao transformar um cinema abandonado de Punta del Este em casa de shows, com o nome Espacio Brasil - "Era a verdadeira embaixada brasileira no Uruguai", assegura. Aposentado, hoje vive em Pelotas, cidade natal, orgulhoso da trajetória que construiu: "O Escaler simbolizou a vontade de uma convivência mais humana e amorosa entre as pessoas. Era um sonho que tinha tudo para se transformar em realidade, mas ainda não aconteceu. Quem sabe um dia dá certo", aposta ele, sem perder o otimismo.

Reduto da contracultura

  • Consta que o primeiro show do Escaler foi com a cantora e contrabaixista Lory Finocchiaro, falecida em 1993, aos 34 anos, em decorrência de complicações da Aids.
  • A maior parte das bandas que participaram das coletâneas Rock Garagem, da gravadora ACIT, e Rock Grande do Sul, da RCA, lançados em 1984, tinha se apresentado no bar da Redenção.
  • Nos anos 1980, além de espetáculo musicais, o bar recebia performances cênicas do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz sobre temas ligados à defesa do meio ambiente.
  • O Escaler também promoveu sessões de cinema com os filmes projetados nas paredes do Mercado do Bom Fim.

Paulo César Teixeira é jornalista. Escreveu os livros Esquina maldita e Darcy Alves – A vida nas cordas do violão, entre outros, além de editar o portal Rua da Margem (www.ruadamargem.com)