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reportagem cultural

- Publicada em 20 de Junho de 2019 às 21:28

Bailes de salão embalam gerações nos anos 1950/1960

Salão no segundo andar da Reitoria da Ufrgs recebeu animadas festas na décadas de 1950 e 1960

Salão no segundo andar da Reitoria da Ufrgs recebeu animadas festas na décadas de 1950 e 1960


/MARCELLO CAMPOS/DIVULGAÇÃO/JC
Não era só por prazer. Para os jovens brasileiros das décadas de 1950 e 1960, dançar também significava uma necessidade social. O romantismo dos chamados "Anos Dourados" vinha de mãos dadas com a forte repressão moral, e bailar de rosto colado proporcionava uma das raras oportunidades de aproximação sexual às moças e rapazes solteiros. Quem não fosse um bom pé de valsa, "bailava" mesmo, no pior sentido da palavra, vendo reduzidas as suas chances de aproximação com o sexo oposto. E não haveria por que ser diferente na capital gaúcha.
Não era só por prazer. Para os jovens brasileiros das décadas de 1950 e 1960, dançar também significava uma necessidade social. O romantismo dos chamados "Anos Dourados" vinha de mãos dadas com a forte repressão moral, e bailar de rosto colado proporcionava uma das raras oportunidades de aproximação sexual às moças e rapazes solteiros. Quem não fosse um bom pé de valsa, "bailava" mesmo, no pior sentido da palavra, vendo reduzidas as suas chances de aproximação com o sexo oposto. E não haveria por que ser diferente na capital gaúcha.
Esse tipo de boemia passava por uma longa fase de transição na cidade. Encerrado o capítulo dos cabarés-cassinos afrancesados das primeiras décadas do século XX (Centro dos Caçadores, High Life, Royal, Danúbio Azul), a cena noturna pós-Segunda Guerra Mundial estava dominada pelos dancings de inspiração norte-americana (Marabá, Oriente, Maipu, American Boite), e o conceito de casa noturna tal como ainda conhecemos hoje só se firmaria em meados dos anos 1960 (Crazy Rabbit, Baiúca, Black Horse, Encouraçado Butikin).
Restava ao sistema familiar-patriarcal, conservador por natureza, os amplos salões de agremiações sociais (Clube do Comércio, Leopoldina Juvenil, Sogipa, Grêmio Náutico União, Caixeiros Viajantes, Círculo Militar, Country, Jockey Club). E as pequenas pistas dos clubes privês high society (Cottilon, Cote D'Azur, Crazy Horse), bem como faculdades, casas e apartamentos - estes dois últimos com o incentivo extra da popularização dos discos em long-playing. Não é de se estranhar, portanto, o apelo irresistível das reuniões dançantes nessa época.
Se não houvesse pretexto para se esbaldar, arranjava-se um. Natal, Reveillón, Carnaval, Quaresma, Páscoa, São João, debutantes, misses e centros acadêmicos: Baile do Bisturi (Medicina), da Balança (Direito), da Moeda (Economia) e tantos outros. "Não havia bailes em vão", sentenciou o escritor Moacyr Scliar (1937-2011) em uma crônica para a imprensa na década de 1990.
Nesse cenário de muito laquê e brilhantina, o salão de festas do Anexo 1 da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) ficaria grudado feito chiclete nas páginas já viradas de um dos capítulos mais bacanas de uma pequena cidade grande chamada Porto Alegre. Foram 12 anos de embalo, suficientes para despertar até hoje o saudosismo de quem ali experimentou momentos mágicos, entre flertes, drinks, risadas, melodias, trocas de olhares, rostos colados, primeiros beijos e namoros, alguns dos quais tornando-se papo-firme em cartórios e igrejas.

Nos embalos de muitas noites

Conjunto Norberto Baldauf era o preferido para animar as noitadas

Conjunto Norberto Baldauf era o preferido para animar as noitadas


ACERVO EDGAR POZZER/DIVULGAÇÃO/JC
Entre 1957 e 1969, as noites de sábado eram sagradas para cerca de 800 jovens que se dirigiam ao amplo salão de festas de 711 metros quadrados no segundo dos oito andares do prédio de traços modernistas projetado pelo arquiteto Fernando Lunardi quase na ponta do terreno triangular do campus central da Ufrgs, criada como UPA (Universidade de Porto Alegre) em 1934 e federalizada em 1954. Eles chegavam a pé, de carro, ônibus, bonde ou táxi, sozinhos ou acompanhados, atraídos por doses cavalares de hormônios, música ao vivo, rum com Coca-Cola e, na maioria das vezes, com pouco ou nenhum dinheiro no bolso.
Coube à Faculdade de Ciências Contábeis, na noite 13 de dezembro de 1957, uma sexta-feira, o primeiro "baile da Reitoria" - na verdade um título genérico para as festas ali realizadas durante mais de uma década. Nos convites e cartazetes espalhados pela cidade, destaque para o Conjunto Melódico de Norberto Baldauf, o mais bem-sucedido do gênero no Estado e um dos maiores "cupidos" daqueles tempos em que subir a escada em espiral que liga o térreo ao segundo pavimento trazia uma promessa de felicidade - fugaz ou eterna, conforme o desfecho da jornada.
Das 23h às 4h (em ponteiros que eventualmente giravam até as 6h), curtia-se de tudo, da valsa ao cha-cha-chá, passando pelos inevitáveis boleros, sambas-canções, baladas, temas de filmes, marchinhas, canções italianas, mambos, tangos e rumbas, além de "coqueluches" como calipso, twist, hully-gully e até um certo rock'n'roll. Tudo fiscalizado das mais de 100 mesas pelos "chá de pera" - na gíria da época, os pais ou familiares das moças, que raramente saíam sozinhas para esse tipo de evento. O centro da pista acabava então concentrando a maioria dos pares, em busca de cobertura para contatos mais intensos. Era "batata".
"Quando víamos alguém de nosso interesse, após um cuidadoso estudo a distância, pedíamos permissão aos mais velhos da mesa para tirar a moça para dançar", relembra o engenheiro-agrônomo Joé Amaral, 78 anos, prata da casa (safra 1968) e que chegou a trabalhar em uma bilheteria improvisada no hall de entrada em uma das festas: "De rosto colado, com algum birinaite servindo de 'coragina', a ocasião era ideal para dizer a uma garota algo que não tínhamos a oportunidade fora dali". O verbo "ficar" só seria conjugado pelos filhos e netos de sua geração, décadas depois.
Mas quase nada escapava da visão dos músicos. "Havia um acordo tácito com a direção da universidade, para que não facilitássemos a vida da turma que avançava o sinal", diverte-se o cantor Edgar Pozzer, 80 anos, um dos poucos remanescentes das primeiras formações do conjunto de Baldauf. "Depois de uns cinco números mais românticos, se os velhos ainda estivessem muito pouco dóceis com o comportamento da rapaziada, a gente mudava rapidamente o repertório para algum sambinha mais ligeiro, desfazendo aquele miolo onde a coisa costumava pegar fogo."

Festas concorridas

O veterano galã dos palcos também recorda que, nas festas mais concorridas, o prédio chegava a ter diversos salões abertos ao mesmo tempo e com suas próprias atrações sonoras. Assim foi na Universíade, competição internacional que agitou Porto Alegre em setembro de 1963 e proporcionou o que muitos consideram o maior baile já visto na história da cidade. "Tinha atletas de todos os continentes e idiomas, ao som de grupos tocando em diferentes espaços da reitoria", confirma o médico Sabino Loguércio, 79 anos, crooner de Renato & Seu Sexteto: "Foi uma noitada e tanto, com umas 5 mil pessoas".
Para um bom número de "brôtos", aquelas noites deixaram mais do que recordações e retratos em preto e branco. É o caso da professora da Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul) Nize Pellanda, 80 anos, que conheceu o então futuro médico Luiz Ernesto em um baile de formatura da Faculdade de Filosofia em 23 de março de 1963: "Já formada em História e trabalhando em Caxias do Sul, eu estava de aniversário e tinha ido à festa para acompanhar minhas três irmãs mais novas, até que ele surgiu com um convite para dançar. Somos casados desde 1965 e desta união resultaram três filhos".

Figurino caprichado

Vestido rodado de cintura justa e comprimento de um palmo abaixo do joelho era o figurino das moças

Vestido rodado de cintura justa e comprimento de um palmo abaixo do joelho era o figurino das moças


MARCELLO CAMPOS/DIVULGAÇÃO/JC
O repertório não era só musical. Havia um figurino caprichado, ainda mais no que dependesse das moças: vestido rodado de cintura justa e comprimento de um palmo abaixo do joelho, corpete, sutiã bustoforme, luvas, sapato de salto carretel, meia de nylon e cabelo com laquê, às vezes armado com palha de aço. Mais desajeitados, os rapazes chegavam embrulhados em fatiota preta, marrom ou azul, gravata estreita, camisa social branca com regata por baixo, sapatos (não raro em estado deplorável), meias brancas de viscose, cabelo "escovinha" (ou fixado com brilhantina) e maço de cigarros. Elas sentadas, eles em pé, até a hora do "bote".
"Todo fim de semana a gente tinha um baile, então o jeito era virar o vestido do avesso quando não podia comprar outro e pedir ajuda a alguma costureira da família", emociona-se a aposentada Carmen Schneider, 81 anos, que, na época, estudava na ETC (Escola Técnica de Comércio). "Assim que eu entrava, dava um jeito de transferir o ingresso para os moços que não tinham 'tutu', mesmo que fosse preciso jogar o papelzinho da sacada da reitoria para o pessoal, que já esperava ansioso lá embaixo, do lado de fora do prédio. Aqueles foram os anos mais felizes da minha mocidade."
 

Marketing cuidadoso

Nos anos 1980, baile na Sogipa relembrou os bons tempos

Nos anos 1980, baile na Sogipa relembrou os bons tempos


/MARCELLO CAMPOS/DIVULGAÇÃO/JC
No que se refere aos centros acadêmicos, documentos do Museu da Ufrgs revelam uma esmerada logística na organização dos bailes. Se antes o esquema dependia da Casa do Estudante e outros locais menos seletos aos olhos das famílias mais exigentes, o uso do prédio central incluía ofícios de solicitação, contratos de músicos, sugestões de pauta aos jornais e requerimentos à Guarda Civil, que cedia até três policiais para o entorno do prédio, a fim de orientar o trânsito e coibir brigões, borrachos, "cambistas" e furões. "Outrossim, elogiamos a maneira correta e gentil do pessoal designado para tão espinhoso serviço", sublinha um documento de 1962, rubricado pelo então diretor do departamento social do Ceue (Centro dos Estudantes Universitários de Engenharia), Genedy Moraes.
Hoje aos 82 anos e aposentado como engenheiro metalúrgico da empresa Gerdau, ele mantém intensa atuação social em Gramado (onde já presidiu a Sociedade Recreio) e desengaveta em minúcias o marketing daqueles encontros: "No começo do ano letivo, a reitoria sorteava três datas do salão para cada centro acadêmico, geralmente aproveitadas em um baile dos bixos (com os calouros identificados por chapéus temáticos), outro de formatura e um de aniversário do respectivo diretório estudantil". Ainda segundo Genedy, havia uma política recíproca de boa vizinhança com clubes e associações da cidade, por meio de entradas-cortesia que, nem sempre aproveitadas, acabavam alimentando um "mercado paralelo".
Os matriculados no curso anfitrião podiam retirar antecipadamente o ingresso franqueado, bastando apresentar a carteirinha de estudante, ao passo que os alunos de outras unidades "marchavam" na bilheteria. E para contornar o predomínio masculino no ambiente acadêmico, muitos deles adquiriam bilhetes extras para presentear beldades: além de deixar as festas mais "floridas", as moças costumavam levar, em média, três ou quatro acompanhantes. Isso estimulava a venda de mesas, que, por sua vez, asseguravam um melhor faturamento para o economato do restaurante universitário, na área do térreo onde funciona desde 1971 a Biblioteca Central.
Toda essa ebulição não se resumia ao evento em si, pois nem todos iam direto para o Anexo 1 da Reitoria sem algumas escalas providenciais. Na Rua da Praia e em outros endereços da área central, jovens se reuniam empunhando a mesma bandeira: furar a festa. E, antes de voltar para casa, ainda havia pontos de encontro como o restaurante Treviso (Mercado Público) e o Café Matheus (em frente à Praça da Alfândega), célebre por atrativos como o sanduíche de pernil para recompor as energias - o "suporte técnico da madrugada", define o escritor Luis Fernando Verissimo, 82 anos. Com que dinheiro, isso permanece um mistério insondável.

Fim de festa

Das 23h às 4h, os bailes reuniam a juventude gaúcha dos anos 1950 e 1960

Das 23h às 4h, os bailes reuniam a juventude gaúcha dos anos 1950 e 1960


/BANCO DE DADOS DO MUSEU DA UFRGS/DIVULGAÇÃO/JC
Em fins de 1969, a carruagem virou abóbora e os bailes da Reitoria tiveram suas luzes apagadas para sempre. Há quem culpe a violência urbana, a concorrência com as boates, a popularização da TV, as mudanças de costumes e os desdobramentos da repressão pela ditadura militar. Passados 50 anos, o que se sabe é que esses eventos tiveram a sua valsa de despedida na gestão do reitor Eduardo Faraco (1917-1992).
Professor, conferencista e nome de referência internacional em cardiologia, ele colecionou façanhas notáveis durante o período em que ocupou o gabinete (1968-1972): vestibular unificado, pós-graduação em todos os cursos, creche para os filhos de funcionários, conclusão do Hospital de Clínicas. E também a controversa reforma universitária, que apertou o cerco ao movimento estudantil. "Eu tenho ótima memória, mas não me recordo de como isso aconteceu", lamenta a ex-modelo internacional Aline Padilha, 83 anos, segunda de suas três esposas e que atuou em iniciativas da reitoria durante o período do médico no cargo.
E mesmo que não tivessem sido interrompidos meio que na marra, há quem arrisque a opinião de que tais encontros já estavam a caminho de sair de moda nos anos 1970. "Tudo estava mudando, principalmente o gosto musical da garotada, e até hábitos socais como paquera, namoro, tolerância dos pais etc. Houve uma liberalização geral que já não combinava com o espírito da reitoria", depõe Luis Fernando Verissimo, um outro dos tantos personagens que testemunharam de cima do palco os tempos de frenesi.
Desde então, o salão de festas passou por mudanças de lay-out e finalidade. Ali são realizados seminários, exposições e afins, a cargo do Departamento de Difusão Cultural da Pró-Reitoria de Extensão - o ainda ativo projeto Unimúsica, criado em 1981, só depois migraria em definitivo para o palco do Salão de Atos (construído na mesma época do edifício da reitoria). Atualmente, o espaço hospeda uma mostra de pinturas e esculturas do acervo do Instituto de Artes da Ufrgs.
 

A trilha sonora preferida dos bailes seguiu na ativa por quase seis décadas

Das dezenas de artistas que forneciam a trilha sonora para os bailes da Reitoria, um em especial ficaria marcado como o mais querido e duradouro: o Conjunto Melódico de Norberto Baldauf. Formado de improviso em maio de 1953 para uma reunião dançante na Faculdade de Arquitetura da Ufrgs, o empreendimento deu tão certo que seguiria na ativa por quase seis décadas, de forma ininterrupta e ainda com membros originais, longevidade que bem poderia constar na edição brasileira do livro Guiness de recordes.
Além do pianista que dava o nome ao grupo e lecionava na Faculdade de Farmácia, havia Victor Canella (acordeão), Raul Lima (guitarra), Leo Veloso (contrabaixo), Wilson Baraldo/Leo Beloni (bateria), Fausto Touguinha (ritmo) e Luiz Octávio/Edgar Pozzer (voz), todos cancheiros de casas noturnas e emissoras de rádio - em 1963, uma jovem chamada Elis Regina chegou a ocupar o microfone durante três apresentações. Norberto (1928-2018) e Raul (1924-2015) ainda estavam no comando quando a gangue pendurou os mocassins, em 2010, fechando um currículo de pelo menos 2 mil bailes que sempre honraram o slogan impresso nos anúncios e cartões de visita: "Uma garantia para a sua festa".
Esse sucesso não tinha em sua fórmula apenas o profissionalismo e o coquetel eclético de standards e novidades. O estilo também agradava em cheio aos "brotos" por uma sonoridade suave (inspirada pelo jazz bem-comportado do norte-americano Art Van Damme e do inglês George Shearing, entre outras influências), que permitia dançar e conversar ao mesmo tempo, algo essencial às pretensões românticas do público da reitoria e afins. Não por acaso, Baldauf se tornaria um espécie de baliza para concorrentes como Primo, Flamingo, Flamboyant, Renato & Seu Sexteto, Pedrinho e Noblesse.
Onipresentes em reuniões dançantes, TV Piratini e transmissões das rádios Farroupilha e Gaúcha, Norberto e companhia também embalavam ouvidos, pernas e corações nas eletrolas caseiras, com uma série de discos. De 1955 a 1983, foram 12 LPs distribuídos nacionalmente pelas gravadoras Odeon, Philips e Continental. Títulos como os antológicos Ritmos da Madrugada ou os três volumes da série Week-End no Rio, mas incrementam as prateleiras de colecionadores exigentes, até mesmo fora do País.
Gravado em 1983, o último álbum (A Noite do 'Lembra?') é o único registrado ao vivo, justamente na época em que o grupo ensaiava uma despedida. Mas ainda não seria daquela vez: depois do anúncio de um derradeiro baile na Sogipa (Sociedade de Ginástica Porto Alegre), os coroas mudaram de ideia ao saber que os ingressos haviam se esgotado em menos de duas horas. Foi um Deus nos acuda. "Um dos presentes chegou a pedir licença à segunda esposa para dançar a valsa com a primeira, afinal conhecera a 'ex' em um baile da Reitoria e não abria mão de reprisar a história na versão original", gargalha o cantor Edgar Pozzer.
O músico, jornalista e pesquisador porto-alegrense Arthur de Faria dá algumas pistas sobre a demanda por tais "bolachões", dos quais é fã de carteirinha: "O melhor da música pop dançante da época está nesses discos. Em geral, os grupos do gênero tinham arranjos diferentes para repertórios parecidos, e o grande barato é que a sonoridade do Baldauf era a mais simples, porém com absoluta qualidade, até mesmo quando toparam gravar rock'n'roll. A multiplicação de conjuntos musicais com esse perfil no Rio Grande do Sul foi um fenômeno talvez sem paralelo no restante do País".

Marcello Campos é formado em Jornalismo e Publicidade & Propaganda (ambas pela Pucrs) e Artes Plásticas (Ufrgs). Tem quatro livros já publicados.