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música

- Publicada em 13 de Junho de 2019 às 03:00

Samuca e a Selva apresenta álbum 'Tudo que move é sagrado' neste sábado na Capital

Grupo apresenta releituras de Ronaldo Bastos em novo álbum

Grupo apresenta releituras de Ronaldo Bastos em novo álbum


JOSÉ DE HOLANDA/DIVULGAÇÃO/JC
"O momento não poderia ser melhor para chegar em Porto Alegre", anima-se Samuel Samuca, cantor, compositor e idealizador da banda Samuca e a Selva, que toca na Capital no sábado. Seu segundo álbum, Tudo que move é sagrado, tem causado ótima reações em público e crítica, e a agenda de shows do coletivo está bem movimentada. O palco do Agulha (Conselheiro Camargo, 300) talvez fique apertado para os 10 músicos da banda, mas deve transbordar ainda mais de motivos para fazer o público dançar, com uma mistura de jazz, salsa, afrobeat e muitos ritmos brasileiros e latinos. Ingressos, a partir de R$ 50,00, podem ser adquiridos no site Sympla.
"O momento não poderia ser melhor para chegar em Porto Alegre", anima-se Samuel Samuca, cantor, compositor e idealizador da banda Samuca e a Selva, que toca na Capital no sábado. Seu segundo álbum, Tudo que move é sagrado, tem causado ótima reações em público e crítica, e a agenda de shows do coletivo está bem movimentada. O palco do Agulha (Conselheiro Camargo, 300) talvez fique apertado para os 10 músicos da banda, mas deve transbordar ainda mais de motivos para fazer o público dançar, com uma mistura de jazz, salsa, afrobeat e muitos ritmos brasileiros e latinos. Ingressos, a partir de R$ 50,00, podem ser adquiridos no site Sympla.
Lançado pela YB Music, Tudo que move é sagrado traz releituras de canções do compositor Ronaldo Bastos em um contexto intencionalmente imprevisível. Algo que, segundo Samuca, vem desde o nascimento do projeto. "Fomos numa reunião com o Maurício (Tagliarini, produtor e dono do selo) para falar sobre um segundo trabalho autoral. Já tínhamos algumas músicas sendo trabalhadas, mas ele disse 'peraí, que eu tenho uma proposta para vocês'", recorda, rindo.
O alto astral, aliás, é uma das marcas do coletivo, que está junto desde 2014. Com uma pegada que o próprio Samuca descreve como "meio moleque", a ideia foi brincar com a sonoridade dos versos de Bastos, conhecido pela participação no Clube da Esquina e pela parceria com vários nomes icônicos da música brasileira. Em Trem azul, o som rítmico da locomotiva inspira uma sonoridade entre o soul e o afrobeat, enquanto Cais transforma a melancolia dos versos em pura latinidade, flertando com o cha-cha-cha.
Influenciada pelo maracatu rural, Circo Marimbondo teve tanta brincadeira que a banda chegou a temer pela reação do homenageado. "Mas ele deu muita risada", diverte-se Samuca. "Ele disse: 'vocês entenderam exatamente o que a música pede, é uma grande brincadeira mesmo'. Foi um grande barato!"
Além de brincar com o novo na hora de buscar ritmos e melodias, Tudo que move é sagrado é também uma coleção de novos nomes do cenário brasileiro e internacional. Artistas como Liniker, Filipe Catto, Criolo, a uruguaia Alfonsina e a moçambicana Lenna Bahule são apenas algumas das aparições em um disco multifacetado, que homenageia e desconstrói na mesma intensidade, com o mesmo sorriso no rosto.
Os porto-alegrenses terão, no sábado, a primeira chance de conferir ao vivo esse caldeirão musical - que trará também canções de Madurar, álbum de estreia do grupo. "É uma transa dos dois universos. Ao vivo é que se percebe se as coisas deram certo, e as músicas conversam muito bem entre si", anima-se. "A gente costuma dizer que somos uma banda de baile, nosso tesão é fazer show. É bem dançante, e acho que as pessoas vão voltar para casa se sentindo melhores do que quando entraram (na casa de shows)."

Portas abertas para novos artistas

A apresentação de Samuca e a Selva é uma das iniciativas do Circuito Orelhas, um projeto que busca agitar o cenário de shows independentes na Capital. A ideia é promover apresentação de artistas novos e lançando material novo, dividindo o palco com revelações do cenário regional. A abertura de sábado será do quarteto porto-alegrense Renascentes, que trará as músicas de seu segundo álbum, Dia real inventado, que mescla folclore regional, pop e experimental.
O circuito é idealizado pelo produtor cultural Bruno Melo, pelo historiador de arte Diego Groisman e pela cantora Miriane Brock. Os três trabalharam juntos na produção de grandes shows, como as apresentações de Paul McCartney e Roger Waters em Porto Alegre, e desenvolveram a ideia de eventos de menor custo, com curadoria criteriosa e preços atrativos para o público. "Um dos nossos desejos é trazer novas bandas que estão se destacando na cena brasileira e, ao mesmo tempo, abrir contatos para que bandas daqui possam tocar em outros lugares", explica Melo, em conversa com o Jornal do Comércio.
Além de consolidar o Circuito Orelhas como um espaço de novidade e qualidade, deve ser oferecida uma série de benefícios aos frequentadores fiéis, como forma de fidelizar o público. Além de descontos em shows futuros, Melo menciona parcerias com bandas e casas de show, oferecendo futuramente tanto camisetas e discos autografados quanto descontos na entrada e no consumo no bar.
Para os próximos meses, o Circuito Orelhas já confirmou shows de Clarice Falcão (2/8) e do grupo pop Rosa Neon, que virá à Capital em outubro. No final do ano, a ideia dos três amigos é promover um festival - uma forma de "consagrar o primeiro ano e chegar com tudo", como resume Melo.