Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 28 de Maio de 2019 às 03:00

Lulu Santos lança novo disco 'Pra Sempre'

'Não é cronológico, mas cada canção descreve um estágio', afirma Lulu Santos sobre novo álbum

'Não é cronológico, mas cada canção descreve um estágio', afirma Lulu Santos sobre novo álbum


LEO AVERSAS/DIVULGAÇÃO/JC
Quando Lulu Santos interpretar a canção Tão bem no show da turnê Pra sempre, disco que lançou na semana passada, a música vai soar diferente - e bem mais condizente com a vida amorosa do cantor de 65 anos. Há um ano, ele vive um relacionamento com o baiano Clebson Teixeira, técnico de informação, de 27 anos, e essa paixão não só o fez gravar um álbum inteiramente dedicado a ela, como também adaptar o refrão da antiga canção para: "Ele me faz tão bem".
Quando Lulu Santos interpretar a canção Tão bem no show da turnê Pra sempre, disco que lançou na semana passada, a música vai soar diferente - e bem mais condizente com a vida amorosa do cantor de 65 anos. Há um ano, ele vive um relacionamento com o baiano Clebson Teixeira, técnico de informação, de 27 anos, e essa paixão não só o fez gravar um álbum inteiramente dedicado a ela, como também adaptar o refrão da antiga canção para: "Ele me faz tão bem".
"Do jeito que foi composta, não me representa mais. Fora que só homens straights ou garotas lésbicas podem dizer 'ela me faz tão bem'", observa. "Então, vou cantar dos dois jeitos, e aí democratiza o sentimento", relata o músico, em entrevista concedida em casa para o repórter da Agência Globo.
JC Panorama - Pra sempre é um disco conceitual?
Lulu Santos - Não sei se é conceitual, porque eu não quis amarrar nada intelectualmente. São as estações da paixão, o passo a passo do envolvimento. Não é cronológico, mas cada canção descreve um estágio. Tem o momento em que você se descobre apaixonado, até a última canção, Pra sempre, que amarrou o disco, um convite explícito para o "vamos resolver essa história e morar junto". Tinha uma época que eu cobrava: "Quando é que vai colocar a gente no seu Instagram?". Mas ele tem uma sensatez e um centro moral raros em seres humanos de forma geral, ainda mais num garoto da idade dele.
Panorama - Vocês vão se casar?
Lulu - Já fizemos o contrato de união estável. Agora, tem que correr no Diário Oficial para ver se alguém se opõe à união. Não significa que a gente vai fazer festa para ser visto, porque visto já está.
Panorama - O título é Pra sempre, com o símbolo do infinito. Você acredita no amor eterno?
Lulu - Nada é eterno. Acho que é viver o "para sempre" do momento, é para sempre enquanto for, que seja assim enquanto é. Acreditar tanto neste presente que achar que ele é para sempre.
Panorama - A primeira canção do disco, Radar, fala do momento do arrebatamento?
Lulu - Aí é que está. Radar é a compreensão do que estava me acontecendo, já é posterior. Arrebatamento é Tão real. Radar escrevi junto com ele. Ele estava na minha casa, a gente já estava no convívio, não é mais tanto sob o impacto, porque já descreve não o que a outra pessoa estava causando a você, mas o que estava acontecendo com você. O próprio motor da criação vai azeitando durante o processo. Algumas das músicas ainda têm um pouco do formalismo da minha composição anterior, e não tem muito por que nem como escapar do jeito que me expresso.
Panorama - Uma paixão inspira na hora de fazer música? Você tem algum medo de soar piegas? A autocrítica fica mais forte?
Lulu - A autocrítica não entra em questão. Você tem um gatilho ali de se sentir ridículo, mas isso nunca me passou pela cabeça. Até porque, a essa altura, acho que aperfeiçoei o meu ofício de fazer canção. Andei fazendo discos que eram pura técnica, de como compor uma canção direitinho. Estava faltando uma centelha, uma chama, que agora veio muito forte.
Panorama - Com esses beats e samplers, é preciso arrumar um espacinho para a guitarra na sua música?
Lulu - Fui diminuindo o espaço dela na minha música, porque é também do linguajar contemporâneo. Descobri que, algumas vezes, fiz esforço demais para ser um instrumentista, algo que nem é minha vontade, minha vocação. O que me traduziu foram minhas canções, "eu vejo a vida melhor no futuro". Quando me aprisiono na necessidade de desenvolver uma técnica, perco espontaneidade. Acho que toco guitarra hoje em dia como tocaria um sampler.
Panorama - Como foi a experiência dos discos-tributos a Roberto Carlos e Rita Lee?
Lulu - Uma das coisas que mais gosto de fazer na vida é arranjar, arrumar um outro jeito de contar aquela mesma história. Fiz os álbuns de acordo com os meus interesses por música mais contemporânea, sequenciamento, coisas eletrônicas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO