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Cultura

- Publicada em 22 de Abril de 2019 às 03:00

Eurico Salis fecha trilogia fotográfica do povo gaúcho com o livro 'Cultura e identidade'

Livro 'Cultura e identidade' fecha trilogia que registra povo do Rio Grande do Sul

Livro 'Cultura e identidade' fecha trilogia que registra povo do Rio Grande do Sul


EURICO SALIS/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Mostrar as diversas faces de um povo. Eurico Salis lança seu livro Cultura e identidade nesta terça-feira (23), acompanhado da exposição com fotos no Memorial do Rio Grande do Sul (Sete de Setembro, 1.020), às 19h. A obra também estará disponível no dia de lançamento para deficientes visuais pelo link: euricosalis.com.br/culturaeidentidade/audiodescricao. A entrada é gratuita, com o livro no valor de R$ 50,00 (promocional) e R$ 100,00 (inteiro).
Mostrar as diversas faces de um povo. Eurico Salis lança seu livro Cultura e identidade nesta terça-feira (23), acompanhado da exposição com fotos no Memorial do Rio Grande do Sul (Sete de Setembro, 1.020), às 19h. A obra também estará disponível no dia de lançamento para deficientes visuais pelo link: euricosalis.com.br/culturaeidentidade/audiodescricao. A entrada é gratuita, com o livro no valor de R$ 50,00 (promocional) e R$ 100,00 (inteiro).
Este volume de 192 páginas é a conclusão da trilogia iniciada por Salis em 2012, com O solo e o homem. Naquela publicação, o objetivo do fotógrafo era mostrar as diferentes relações estabelecidas entre homem e solo ao redor do Rio Grande do Sul. "Nosso Estado conta com muitas diversidades. Há aqueles produtores que cultivam uva, outros são produtores de gado", afirma. A sequência foi Homens e máquinas, de 2017, mais focado na região urbana gaúcha, apresentando a indústria metalomecânica e as relações de trabalho mais rudimentares.
Cultura e identidade chega para finalizar o mapeamento do povo local fotografado por Salis. Nesta edição, o trabalho foi pensado para que os diferentes tipos de gaúchos fossem contemplados na obra. "Nós somos multifacetados. Temos descendentes de árabes, russos, poloneses. Isso acaba por gerar singularidades e nos tornar um povo que agrega ancestralidade nos costumes, religiosidade, entre outros aspectos. Se vamos até Morro Reuter, as pessoas falam em alemão lá", destaca o fotógrafo.
Assim, cada região conta com sua singularidade. "O Estado apresenta quatro fronteiras: mar, Argentina, Uruguai e para o Brasil. Cada um desses indivíduos apresenta particularidades se comparado aos demais. Neste caldeirão cultural, não é só o gaúcho tradicionalista que deveria ser tão abordado", comenta. Este tipo idealizado, semelhante à figura da estátua do Laçador, é característico da imigração espanhola, que se iniciou com os jesuítas hispânicos e indígenas na região das Missões, segundo ele: "Nenhum se sobrepõe ao outro. Somos todos gaúchos".
A descoberta da identidade, todavia, não é algo definitivo. Salis deixa claro que somos um povo em transformação, impactado por novas ondas modernas de imigração, ainda que em menor número se comparada quando da chegada de refugiados da Segunda Guerra Mundial. "Temos haitianos e senegaleses sendo agregados à cultura e à vivência gaúcha. Estes, no futuro, produzirão novas facetas e tipos para o Estado", destaca.
No mercado de livros desde a virada do milênio, o fotógrafo conta com uma inspiração familiar para a trilogia. Seu avô, Eurico Jacinto Salis, publicou O solo e o homem no Rio Grande do Sul, em 1959, que contou com uma introdução assinada pelo escritor Erico Verissimo. Em O solo e o homem, o filho Luis Fernando Verissimo assina a apresentação.
Outra novidade é a acessibilidade. Salis aponta que esta obra é a primeira de fotografias do Brasil com opções audiossonoras, facilitando o consumo do conteúdo para deficientes visuais. "Possibilitar o acesso universal para os diferentes públicos é algo que tem de ser valorizado pelas publicações." Haverá, ainda, a distribuição de 600 exemplares para instituições carentes de assistência à infância do Estado, que poderão comercializá-los e ficar com a receita. A exposição segue em cartaz no Memorial até 31 de maio, seguindo para Montenegro em junho. Bagé recebe a mostra na Casa de Cultura Pedro Wayne (Gen. Neto, 16) no mês de julho.
Por mais que a beleza seja algo valorizado pelo fotógrafo, não é apenas com isso que uma fotografia deve ser composta. "Meu trabalho é bastante autoral, então a foto precisa contar uma história, ter uma narrativa que valorize o visual. Estou bastante orgulhoso da narrativa linear que construí com os livros", conta. E, para ele, as histórias não estão sempre próximas a nós. "Vou até os rincões, buscando encontrar vidas reais, diferentes daquelas que são exibidas nas plataformas digitais", completa.

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