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Cultura

- Publicada em 18 de Abril de 2019 às 03:00

Longa 'O anjo' conta a história do mais antigo preso argentino

Lorenzo Ferro interpreta o serial killer Carlos Alberto Puch

Lorenzo Ferro interpreta o serial killer Carlos Alberto Puch


PAGU PICTURES/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
O anjo tem inspiração na história de Carlos Alberto Puch, o mais antigo prisioneiro argentino. Há mais de 46 anos no cárcere, o assassino foi responsável por uma dezena de mortes entre 1971 e 1972 - além de uma série de furtos e roubos. O diretor Luis Ortega, no entanto, reimagina a história como um misto de thriller e romance frustrado: na versão do cineasta, a violência é a maneira que o personagem encontra para extravasar a sexualidade reprimida.
O anjo tem inspiração na história de Carlos Alberto Puch, o mais antigo prisioneiro argentino. Há mais de 46 anos no cárcere, o assassino foi responsável por uma dezena de mortes entre 1971 e 1972 - além de uma série de furtos e roubos. O diretor Luis Ortega, no entanto, reimagina a história como um misto de thriller e romance frustrado: na versão do cineasta, a violência é a maneira que o personagem encontra para extravasar a sexualidade reprimida.
A história se passa ao longo do período em que o serial killer esteve em ação. Então um adolescente com cachos dourados e feições angelicais, Carlos (o novato Lorenzo Ferro) se vê atraído por um colega, Ramon (Chino Darín), que faz roubos com o pai. Os dois criminosos recrutam "Carlitos" - que já praticava algumas ilegalidades, mas somente para seu bel prazer -, e se impressionam com a facilidade e despojamento com que o protagonista atua. À medida em que Ramon começa a secretamente se relacionar com outro homem, mas segue reproduzindo um discurso homofóbico, Carlos se vê mais sanguinário - e de comportamento mais arriscado para seus comparsas.
Exibido no Festival de Cannes do ano passado, o longa-metragem tem como trunfo uma representação de época que vai do figurino à trilha sonora: a narrativa é embalada pelo rock argentino. E se as cores fortes não são frequentemente apontadas para ajudar a ressaltar essência de um serial killer, a mensagem é clara: as aparências enganam. Na narrativa, a direção de arte ainda é usada para tentar desarmar as expectativas do público, ressaltando a imprevisibilidade das decisões do "Anjo da Morte", como Carlos Robledo Puch ficou conhecido. Com isso, o diretor Luis Ortega entrega um trabalho eficiente na tentativa de subverter padrões e questionar estereótipos.
Completam o elenco nomes como Cecilia Roth, Mercedes Morán e Luis Gnecco.
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