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reportagem cultural

- Publicada em 17 de Abril de 2019 às 22:23

Centros culturais de outros países ensinam idioma e animam cena de artes

Iara Deodoro foi uma das fundadoras do Instituto Sócio-Cultural Afro-Sul Odomodê nos anos 1970

Iara Deodoro foi uma das fundadoras do Instituto Sócio-Cultural Afro-Sul Odomodê nos anos 1970


/MARCO QUINTANA/JC
Muito mais que vender cursos de línguas, os principais centros culturais que representam outros países fazem parte da história cultural de Porto Alegre - e tornam a cidade mais diversa. Em todos, a missão é semelhante: levar a língua e a cultura do país ou região de origem para o resto do mundo.
Muito mais que vender cursos de línguas, os principais centros culturais que representam outros países fazem parte da história cultural de Porto Alegre - e tornam a cidade mais diversa. Em todos, a missão é semelhante: levar a língua e a cultura do país ou região de origem para o resto do mundo.
Em longevidade, não tem para ninguém: o título é da Aliança Francesa, que surgiu ainda nos anos 1880. "A Aliança Francesa é vovó das outras", brinca o diretor da unidade em Porto Alegre, Patrice Pauc. As demais foram surgindo na esteira da francesa até a mais jovem de todas - o Instituto Confúcio, fundado em 2004.
Em comum, uma pauta cultural diversificada. Palestras, workshops e cursos que vão de percussão a culinária, festas típicas e tradicionais nos países de origem, mostras de cinema, teatro, artes plásticas, bibliotecas A lista é grande e abrange todos os gostos. Sempre com o objetivo de integrar a cena cultural estrangeira com a local, promovendo um intercâmbio cultural sem sair da cidade.
Mas, embora o desejo seja ampliar ao máximo o alcance das ações de cada entidade, a maior parte delas amarga a falta de recursos - e lutam para se manterem relevantes para além das salas de aula. Os cursos garantem boa parte dos orçamentos. O restante é complementado por aportes de empresas via Lei Rouanet, embaixadas e consulados, doações ou, eventualmente, eventos pagos - mas não é o formato mais frequente.
"Boa parte dos nossos eventos, mostras, exposições são gratuitos e abertos à comunidade", diz o diretor do Instituto Cervantes, José Vicente Ballester. O mesmo se repete no Instituto Goethe. No Afro-Sul Odomodê, os cursos e aluguel da quadra para eventos pagam as contas, mas não são suficientes e alguns programas sociais tiveram de ser reduzidos. Eventos do Instituto Confúcio são abertos à comunidade.
Faz sentido: se a ideia é disseminar a cultura da região, cobrar ingresso dificulta o acesso da comunidade. Na Aliança Francesa, por exemplo, uma parte importante do orçamento vem de empresas francesas via leis de incentivo. No Cervantes, também. Já a Acirs, focada na cultura italiana, e o Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano são autossuficientes - os cursos garantem a manutenção das entidades, mas encolhem a quantidade de eventos culturais.

Aliança Francesa na agenda de Porto Alegre

Edição mais recente do Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea destacou David Ceccon

Edição mais recente do Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea destacou David Ceccon


FÁBIO ALT/DIVULGAÇÃO/JC
Em 1889, foi proclamada a República no Brasil. Mas quatro anos antes, quando o País ainda era um império, foi instalada no Rio de Janeiro a primeira unidade da Aliança Francesa em terras brasileiras - o que mostra o quão antiga é a relação do centro com o País. Fundada três anos antes em Paris por pensadores, cientistas e escritores do naipe de Louis Pasteur e Julio Verne, a missão da entidade já era, desde aquela época, disseminar a cultura e a língua francesa pelo mundo, como explica o atual diretor da unidade em Porto Alegre, Patrice Pauc.
"A Aliança Francesa foi criada por humanistas para promover trocas culturais. Ou seja, a ideia não é só promover a cultura francesa, mas fazer pontes com as culturas de cada país", diz.
Na Capital, as pontes, mais do que uma missão, são uma necessidade, já que há mais de 20 anos a Aliança Francesa não tem uma sede que comporte grandes eventos. "Construímos essas pontes com entidades, como a prefeitura de Porto Alegre, o governo do Estado, a Ufrgs, o Santander Cultural, o Sesc, o Vila Flores e outros", diz Pauc.
A principal fonte de financiamento da Aliança Francesa são os cursos - de francês, claro. São diversos formatos: desde ensino a distância e os de curta duração voltados para viagens até a formação completa. A entidade é a única reconhecida pelo governo francês para fornecer certificações de proficiência. A sede também abriga o consulado da França no Estado. Dois funcionários, o diretor Pauc e a diretora-adjunta recebem salário do governo francês.
Já as atividades culturais são, na maioria, financiadas via leis de incentivo. No quinto ano à frente da instituição - o mandato se encerra em setembro próximo -, Pauc mudou o formato como o instituto recebia esses financiamentos. "Antes, outras entidades recebiam o subsídio e contratavam a Aliança Francesa. Agora, fazemos os contratos diretamente com as empresas", diz Pauc. Ou melhor, com a empresa, já que, por enquanto, apenas uma é colaboradora fixa, o que é preocupante para a entidade - dois terços do orçamento das atividades culturais vêm dessa colaboração. "Isso nos deixa dependentes. Mas estamos investigando outras instituições gaúchas, graças à visibilidade de nossos projetos - alguns dos nossos eventos já viraram eventos da cidade", avalia.
Um dos principais é o Festival da Canção Francesa. Promovido há 11 anos, acontece no segundo semestre e é aberto a cantores que falem ou não francês, "basta caprichar na interpretação e na pronúncia", diz o regulamento. O vencedor do ano passado ganhou uma viagem a Paris, quatro horas de gravação da canção vencedora no estúdio Audio Porto e um ano de curso de francês na Aliança Francesa. "Além do festival, trazemos sempre concertos de jazz, música francesa, música eletrônica - que apesar de eventualmente ser interpretada em inglês é um estilo muito forte na França, e também música erudita", enumera.
Já o Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa - que concede residência artística de dois meses em La Rochelle, na França, e premiação em dinheiro - está na terceira edição e com inscrições abertas até junho. No ano passado, também foi destacada a categoria Jovem Curador, com passagem e ajuda de custo para uma imersão na França. A iniciativa já recebeu dois troféus no Açorianos de Artes Plásticas - Destaque Fomento e Indicação Especial do Júri. "Sabemos que não é fácil uma premiação que inclui uma residência no exterior com passagem e ajuda de custo, então ficamos felizes com o reconhecimento. O Açorianos demonstrou que conseguimos alcançar nosso objetivo", comemora Pauc.

Arte e chope no Instituto Goethe

Instituição de cultura alemã promoveu mostra coletiva 'O poder da multiplicação' no Margs em 2018

Instituição de cultura alemã promoveu mostra coletiva 'O poder da multiplicação' no Margs em 2018


FABIO ALT/DIVULGAÇÃO/JC
Em 2018, os muros do Instituto Goethe em Porto Alegre amanheceram pichados - e as redes sociais, com mensagens de ódio e repúdio. O motivo foi um dos grafites de uma exposição, a Pixo/Grafite - Realidades paralelas, que mostrava a figura de um Jesus Cristo com a cabeça em uma bandeja - e rendeu manifestações contrárias. A polêmica foi um indicativo da importância do instituto na cena cultural de Porto Alegre. Um dos poucos a terem sede própria com teatro, bar, biblioteca e galeria de arte, o Goethe mantém uma intensa programação de eventos.
A missão do instituto, surgido na década de 1950, na Alemanha, é promover a língua e a cultura alemã em outros países. "Hoje, temos três vertentes no instituto: o fomento da língua alemã, o intercâmbio cultural e as informações sobre a Alemanha moderna, por meio de publicações virtuais e em nossa biblioteca", diz a diretora executiva, Marina Ludemann. "O Instituto Goethe tem por volta de 150 unidades no mundo inteiro, em cerca de 90 países. Nesses países, desenvolvemos diálogo com as cenas locais, fomentando o intercâmbio cultural. Temos uma programação cultural muito diversa com exposições, palestras, concertos, cinema, teatro, debates", diz. Os eventos são promovidos com parcerias entre o instituto, cujo nome homenageia um dos mais importantes escritores alemães, e entidades públicas e privadas da cidade. "Fechamos parcerias principalmente com os artistas, queremos ser um espaço de fomento", diz Marina, que contabiliza mais de uma centena de parceiros no Estado e fora dele. "Porto Alegre tem uma cena muito viva de teatro, cinema e artes plásticas. Com esses parceiros trabalhamos e construímos projetos em conjunto." Um deles é o Concurso de Arte Impressa Goethe-Institut, que está na quarta edição, com foco em gravura contemporânea. Serão selecionadas quatro artistas para duas exposições na galeria do Goethe. Um dos quatro artistas selecionados para exposição também será contemplado com uma residência artística de quatro semanas em um atelier de gravura na Alemanha, a partir do segundo semestre.
A exemplo da Aliança Francesa, o Goethe também recebe incentivo do governo alemão - a começar pela sede, que é um prédio próprio. "Embora não sejamos um órgão do governo, o dinheiro vem do parlamento alemão para a programação cultural", explica. Outra fonte de recursos são os cursos de alemão oferecidos na entidade, carro-chefe da maior parte dos centros culturais. O bar da sede também é um atrativo à parte para quem visita o Goethe. "Quem vem fazer um programa cultural aqui pode se reunir com os amigos antes para tomar um chope", avisa Marina.

Encontro dos Facchin, Rossi e Marchettis

Fundada nos anos 1990, a Acirs é gaúcha de carteirinha - mas com sotaque do Vêneto. O objetivo é divulgar a língua e a cultura italianas e fortalecer os laços dos mais de 3 milhões de descendentes que vivem no Estado. Mantida exclusivamente com os recursos oriundos da área educacional, a associação oferece cursos de italiano, além de aulas de cultura italiana, certificados de proficiência e preparação para obtenção de cidadania do país europeu.
Até o Natal na Acirs é comemorado à moda dos italianos. Nada de Papai Noel: no dia 6 de janeiro, Dia de Reis, as crianças esperam a bruxinha Befana, que traz doces para as comportadas e um saquinho de carvão para as não tão disciplinadas. "Gratuitos e abertos à comunidade, nossos eventos são sempre de cunho da promoção cultural da Itália", comenta Nádia Tenedini, coordenadora pedagógica da Acirs.

Instituto Cultural Norte-Americano vivo e cheio de projetos

Erico Verissimo foi um dos fundadores do centro, no final da década de 1930

Erico Verissimo foi um dos fundadores do centro, no final da década de 1930


ICBNA/DIVULGAÇÃO/JC
Um dos mais famosos tradutores e professores de inglês do Estado não é exatamente conhecido por essas skills, mas seu nome está entrelaçado à história do Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, mais conhecido como Cultural. "Um dos nossos fundadores foi Erico Verissimo", diz a diretora acadêmica Neusa da Silva Matte. No final dos anos 1930, um grupo de intelectuais porto-alegrenses, entre eles Verissimo, olhava com atenção o que se desenrolava nos Estados Unidos. A partir daí, com o apoio do consulado norte-americano, foi criada uma instituição para cultivar, mesmo a distância, a língua, os costumes e a cultura daquele país. Nascia o Cultural, do qual Verissimo foi vice-presidente.
O centro existe há 80 anos na Capital e oferece cursos de idiomas para todas as idades e níveis de fluência. Os cursos são os mantenedores do Cultural, que não recebe nenhum subsídio estatal norte-americano. A entidade oferece ainda assessoria para quem deseja estudar no país, traduz documentação e acompanha processos de admissão.
Ainda na área educacional, há 10 anos oferece o Access Microscholarship Program, em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos, que atende estudantes de 14 a 18 anos. "Além da formação em inglês, que os deixa prontos para viajar, estudar ou para o mercado de trabalho, o programa ainda tem trabalhos voluntários e atividades culturais", diz Neusa. Em uma década, ela calcula que 400 alunos de baixa renda e oriundos de escolas públicas receberam a formação. Para este ano, um novo projeto está sendo formatado: aulas de reciclagem e formação para professores, a um custo menor que o normalmente cobrado no mercado. "O curso é pago, mas acessível, e teremos algumas bolsas de estudo. É focado em professores da rede pública e devemos abrir uma turma para 20 alunos, conforme a demanda", diz.
A área cultural está sendo retomada após reforma nas instalações do Cultural no Centro de Porto Alegre, avisa Neusa. Ainda em fase de projeto, o instituto prevê cursos e mostras, entre eles de jazz e blues. "Nessa nova fase, temos também o maker space, onde oferecemos atividades em inglês, como culinária e artesanato. O Cultural está vivo e cheio de projetos", afirma.

Transmissão da herança negra

Iara Deodoro conta que o Afro-Sul Odomodê foi criado por instrumentistas e bailarinos

Iara Deodoro conta que o Afro-Sul Odomodê foi criado por instrumentistas e bailarinos


MARCO QUINTANA/JC
No Instituto Sociocultural Afro-Sul Odomodê não se celebra a cultura de um país - mas a de um povo. A missão também não é a de transmitir uma língua, mas sim a cultura negra, por meio da pesquisa, da música, da dança, da gastronomia. Iara Deodoro, uma das fundadoras, nos anos 1970, conta que o grupo foi formado por instrumentistas e bailarinos: "Conforme os integrantes foram tendo filhos, as crianças começaram a enfrentar o racismo e a dificuldade de aprender mais sobre sua história nas escolas. Isso fortaleceu o grupo, que cresceu e também foi em busca de pesquisar e transmitir a própria história", relata.
No fim dos anos 1990, o Afro-Sul assumiu a direção da Escola de Samba Garotos da Orgia, fundada em 1980, com o objetivo de trazer para o Carnaval apenas temas e enredos relacionados à cultura afro-brasileira. Porém, um ano depois, o grupo percebeu que a competição não combinava com o trabalho social. Assim, a escola se transformou no Afro-Sul Odomodê (que quer dizer jovem em iorubá).
As crianças são um foco importante das atividades. "Desde aquela época criamos grupos para tratar das questões de história e autoestima, usando como veículo a música e a dança, que é o que as atrai. Hoje, elas já cresceram e trazem os próprios filhos." Entre as ações promovidas, estão os Domingos Culturais, uma festa com ingresso simbólico. "Mas queremos brancos e negros aqui. Queremos que as pessoas conheçam a cultura negra para não discriminá-la", diz. Ainda são oferecidos cursos de danças afro-brasileiras, capoeira, maracatu, percussão voltada para a religião de matriz africana, entre outros. Nesses cursos, há bolsas para crianças e adolescentes de baixa renda que vivem no entorno da sede.

Parcerias para promover a China

Quem andou pelo Parque da Redenção em fevereiro passado pode ter levado um susto: muitos balões, enfeites em papel e até o tradicional dragão estavam por lá. O objetivo: comemorar o Ano-Novo Chinês. A iniciativa reuniu o Centro Cultural Chinês e o Instituto Confúcio, uma organização estatal chinesa que tem como missão promover a cultura e a língua do país asiático pelo mundo. Em Porto Alegre, ele funciona na Ufrgs e oferece cursos de línguas e certificado de proficiência, além de eventos e palestras que promovam a cultura da China, e recomendação de candidatos locais para bolsas de estudos.
Já o Centro Cultural Chinês é uma entidade privada, que oferece cursos de artes marciais e tai chi chuan e a promoção do cantonês - a língua falada na Região Sul do país, de onde vem a linhagem do curso, explica o coordenador do Centro, Sérgio Queiroz, ele mesmo ocidental, mas estudioso da cultura chinesa. "Trabalhamos junto com o Instituto Confúcio - eles desenvolvem mais os cursos de línguas e nós, promoções culturais e de artes marciais", conta. No Ano-Novo Chinês, por exemplo, a programação durou três dias e incluiu a limpeza do Recanto Oriental do parque, palestras e oficinas.

Cervantes: cultura em 'espanhóis'

Não importa se você prefere "jamar" (pronúncia de llamar ou "chamar" no Uruguai) a "lhamar" (pronúncia do verbo na Espanha) alguém para ver um filme, ler um livro ou só jogar conversa fora - o Instituto Cervantes em Porto Alegre oferece cursos e atividades culturais que não deixam nenhum dos sotaques da língua espanhola de fora.
"O Cervantes tem como missão ser um centro de cultura em espanhol e não só da cultura da Espanha", avisa o diretor José Vicente Ballester. A sutileza da preposição dá o tom do centro, que, apesar de mantido em parte pelo governo da Espanha, não quer se ater ao país de origem. Um exemplo é a vasta biblioteca do Cervantes na Capital. "Temos entre 8 mil e 9 mil títulos físicos e 20 mil digitais, de autores espanhóis, argentinos, uruguaios, mexicanos; temos também 400 filmes, de Almodóvar, com Ricardo Darín, de quem os brasileiros são fãs; muitos CDs de música em língua espanhola dos mais diversos países e estilos", enumera Ballester. E o que é melhor - estão disponíveis e gratuitamente, ou melhor, quase: é preciso pagar a taxa de confecção da carteirinha da biblioteca. "Mas depois não paga mais nada. É só retirar e devolver", garante.
A exemplo dos demais centros, o Cervantes porto-alegrense é mantido, principalmente, pelos cursos de espanhol que são ministrados na sede, por professores nativos do Uruguai, da Argentina e da Espanha. O restante é subvencionado pelos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores espanhóis. "O instituto no mundo todo se autofinancia em cerca de 60% pelos cursos. Mas como as atividades culturais em geral são gratuitas, essa área é mantida pela Espanha."
 

Onde achar

  1. Acirs - Avenida Osvaldo Aranha, 642 - Telefone: (51) 3212-5535. Site: www.acirs.org.br
  2. Afro-Sul Odomodê - Avenida Ipiranga, 3.850 - Telefone: (51) 2103-2915. Site: afrosulodomode.wordpress.com
  3. Aliança Francesa - Rua Dr. Timóteo, 752 - Telefone: (51) 3222-6070 - Site: www.afpoa.com.br
  4. Centro Cultural Chinês - Rua Lima e Silva, 736 - Sobreloja - Telefone: (51) 3286-5448 Site: www.kung-fu.com.br
  5. Cervantes - Rua João Caetano, 285 - Telefone: (51) 3079-2400 - Site: portoalegre.cervantes.es
  6. Cultural - Rua Riachuelo, 1.257 - 6º andar - Telefone: (51) 3025-0600 Site: www.cultural.org.br
  7. Goethe - Rua 24 de Outubro, 112 - Telefone: (51) 2118-7800 Site: www.goethe.de/ins/br/pt/sta/poa.html

Clarissa Barreto é jornalista formada pela Ufrgs, repórter freelancer, redatora, assessora de imprensa, produtora de conteúdo e já foi editora-assistente de Economia do Jornal do Comércio.