Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 14 de Abril de 2019 às 21:52

Big band apresenta versões instrumentais de composições de Caetano Veloso

Caetano Brass realiza show de estreia no Teatro Renascença

Caetano Brass realiza show de estreia no Teatro Renascença


MARIO CARVALHO/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Após terminar uma turnê com Armandinho, o trompetista Renato Batista sentiu que havia tempo para se dedicar a um projeto pessoal. Fã de Caetano Veloso de longa data, o músico pensou em interpretar a obra do ídolo com uma big band, com instrumentos de sopro acompanhados por uma banda de jazz. Para realizar tal desejo, teria que criar uma, no entanto.
Após terminar uma turnê com Armandinho, o trompetista Renato Batista sentiu que havia tempo para se dedicar a um projeto pessoal. Fã de Caetano Veloso de longa data, o músico pensou em interpretar a obra do ídolo com uma big band, com instrumentos de sopro acompanhados por uma banda de jazz. Para realizar tal desejo, teria que criar uma, no entanto.
Cerca de um ano de ensaios depois, estreia, nesta semana, em Porto Alegre, o projeto Caetano Brass, com show no Teatro Renascença (Érico Veríssimo, 307). A apresentação acontece na quarta-feira, a partir das 20h30min, com ingressos a R$ 30,00 pelo site Sympla.
O grupo reúne seis integrantes da Banda Municipal de Porto Alegre - o próprio Batista, Jorginho do Trompete (que também se dedica ao flugehorn), Carlos Mallmann (trombone), Günter Jr. (sax tenor), Tito Paraguassú (sax alto) e Alex Cabaleira (sax barítono e flauta). Completam a escalação Edu Martins - baixista que já tocou com nomes como Milton Nascimento e Marina Lima -, o pianista Luiz Mauro Filho e o baterista Marquinhos Fê.
O time preparou um repertório com 12 versões para clássicos de Caetano, incluindo Odara, Desde que o samba é samba, Força estranha, Você é linda e Luz do sol. O programa foi escolhido pelo próprio idealizador da iniciativa, segundo critérios puramente pessoais: "Caetano foi trilha sonora durante praticamente toda minha vida, em diferentes momentos - de paixão, de descobertas, de reflexão, de revolta", explica o gaúcho, citando também admiração pela trajetória do homenageado. "Ele já passou por diferentes fases, sempre foi um camaleão e sempre foi uma personalidade que se posicionou sobre questões sociais", reflete.
O primeiro passo para viabilizar o projeto foi convidar seus colegas de Banda Municipal - um dos objetivos da empreitada é dar protagonismo para os instrumentos de sopro. Em seguida, veio uma questão fundamental: quem escreveria os arranjos para um conjunto deste porte? O escolhido foi Edu Martins, que já havia produzido um EP do grupo de reggae Produto Nacional, com o qual Batista também toca, e elaborado arranjos para a Banda Municipal em algumas oportunidades. A fim de desenvolver nuances em cima do trabalho original do compositor baiano, o músico saiu do óbvio: o grupo apresenta releituras, destaca Batista, ora com pitadas da canção original, ora explorando outros horizontes.
Cada versão, segundo ele, ficou com cerca de sete minutos, o que explica um setlist que parece pequeno, mas que não tem curta duração. Ao longo das intervenções melódicas e rítmicas, a coletividade também é destacada. Não há um instrumentista fixo na reprodução das linhas de voz, por exemplo. Determinada melodia pode iniciar com o trompete, continuar através do sax alto e dialogar com o trombone, ou passar para o piano e dar abertura a outras possibilidades. Versões audiovisuais para algumas das canções escolhidas, como Tigresa, podem ser conferidas na página Caetano Brass no Facebook - os registros foram realizados no Estúdio Soma, como um aperitivo para o espetáculo.
Os músicos também fizeram um show de pré-lançamento no fim de março, no Vila Flores, mas a abertura oficial da temporada é mesmo nesta quarta-feira. A opção pelo Teatro Renascença vai ao encontro do objetivo de valorizar a musicalidade. "Nossa ideia é priorizar ambientes em que as pessoas possam escutar e apreciar, e não locais onde estejam acontecendo outras coisas ao mesmo tempo", destaca Batista.
Os planos para 2019 incluem novas apresentações pontuais - como em festivais de jazz -, devido às complexidades logísticas que envolvem uma banda com nove membros. Como todos têm outras atividades profissionais, em alguns dos ensaios, os instrumentistas até se dividem em dois grupos.
O próximo show está marcado para 8 de maio, na Fundarte, em Montenegro.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO