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Cultura

- Publicada em 04 de Abril de 2019 às 03:00

Adaptação do balé 'Nó' tem apresentações em Porto Alegre neste final de semana

Espetáculo chega ao Estado para apresentações em Porto Alegre, Santa Maria e Novo Hamburgo

Espetáculo chega ao Estado para apresentações em Porto Alegre, Santa Maria e Novo Hamburgo


COMPANHIA DEBORAH COLKER/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Mesmo após 14 anos da estreia, Nó segue atual. Esta é a percepção da diretora Deborah Colker sobre a coreografia, agora adaptada pela Cia. Deborah Colker após a remontagem de 2012 e que chega ao Estado nesta semana. As apresentações na Capital serão no sábado, às 21h, e no domingo, às 20h, no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80); com ingressos entre R$ 75,00 e R$ 130,00. Em Santa Maria, o espetáculo ocorre no dia 10, no Centro de Convenções da UFSM (Roraima, 1.000), às 20h, com entradas por R$ 75,00 e R$ 120,00; e, em Novo Hamburgo, dia 13, no Teatro Feevale (ERS-239, 2.755), às 21h, de R$ 75,00 a R$ 100,00.
Mesmo após 14 anos da estreia, segue atual. Esta é a percepção da diretora Deborah Colker sobre a coreografia, agora adaptada pela Cia. Deborah Colker após a remontagem de 2012 e que chega ao Estado nesta semana. As apresentações na Capital serão no sábado, às 21h, e no domingo, às 20h, no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80); com ingressos entre R$ 75,00 e R$ 130,00. Em Santa Maria, o espetáculo ocorre no dia 10, no Centro de Convenções da UFSM (Roraima, 1.000), às 20h, com entradas por R$ 75,00 e R$ 120,00; e, em Novo Hamburgo, dia 13, no Teatro Feevale (ERS-239, 2.755), às 21h, de R$ 75,00 a R$ 100,00.
Inicialmente lançada na Alemanha, a montagem trata sobre o desejo. Para Deborah, esta é uma característica da natureza humana. Assim, realiza seu estudo sobre essa condição a partir do corpo e do movimento. "Usamos 120 cordas que representam os laços afetivos, bem como do nosso corpo: os músculos", afirma.
A relação das cordas também é estabelecida como sendo uma representação do controle da dor e do prazer com a técnica de bondage, em que os bailarinos as soltam aos poucos até que se assemelham a uma floresta. Este é um dos elementos do primeiro ato do espetáculo, que ainda trata sobre a sobreposição da mulher pelo homem, mas sendo realizada com consentimento mútuo com a dominação e a submissão presentes na consciência de ambos. A dramaturga aponta que a dominação e a submissão estão presentes na consciência plena de ambos, não sendo possível haver liberdade sem dor ou prazer sem consciência.
O primeiro ato, portanto, é mais instintivo, orgânico. Na segunda parte, por sua vez, os bailarinos da companhia dançam dentro e em torno de uma caixa transparente.
Se as cordas apontam para a natureza, a caixa evoca o mundo urbano. "Lembra alguns elementos da Red Light District, rua em Amsterdã em que prostitutas ficam visíveis, transparentes ao desejo daqueles que as observam.
Este trecho da peça acaba tendo uma analogia: o que está exposto em uma vitrine pode ser visto, mas não necessariamente será seu", contextualiza. A imaginação e o pensamento são, agora, as principais características de Nó.
A diretora acredita que a coreografia trata de temas filosóficos da sociedade, e este é um dos elementos que a tornam atual. Para ela, o mundo vive um momento em que os direitos humanos estão retrocedendo.
Algo inverso ao que é defendido pelo espetáculo, que conclama a liberdade dos indivíduos de realizarem suas escolhas. "As pessoas têm de ser livres, capazes de ser o que desejam: mais feminina, mais masculina, ser dominada ou ser dominante", destaca Deborah, acrescentando que o conteúdo político e filosófico está presente, mas que não há necessidade de ser panfletário.
A escolha de readaptar Nó se justifica pela atualidade do tema e pela trajetória da peça dentro da companhia, por ter demarcado uma virada nos temas comumente abordados antes, sendo definido por Deborah Colker como uma fase mais "pop" grupo.
Nesta versão, por se tratar de uma adaptação, a coreógrafa mudou elementos como figurinos, luzes, cenários e, principalmente, músicas. Carne e osso, canção da banda Picassos Falsos, foi acrescentada, com voz de Toni Platão, além das presenças de Pedro Sá e João Barone. "Me considero mais madura hoje, o que creio que auxilia para tratar os temas com outra visão, mais dramática", conta Deborah.
Para 2019, a companhia segue em atividade graças à ajuda da Petrobras e do Banco Votorantim. O que será do futuro ainda é incerto. "Ambos são fundamentais para nossa continuidade. Vivemos um período de indefinição, então ainda é cedo para saber algo. Projeto nós temos, e seguiremos fazendo com empenho", completa ela.
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