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Cultura

- Publicada em 24 de Janeiro de 2019 às 15:24

Morre artista do Tholl que se acidentou em ensaio em Pelotas

Acrobata Fernando Domingues, de 26 anos, sofreu uma queda na segunda-feira

Acrobata Fernando Domingues, de 26 anos, sofreu uma queda na segunda-feira


FACEBOOK FERNANDO DOMINGUES/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Atualizada às 17h20min.
Atualizada às 17h20min.
Fernando Domingues, 26 anos, artista do Grupo Tholl, morreu na quarta-feira (23) no hospital em que estava internado, em Pelotas, na Zona Sul do Rio Grande do Sul. Natural de Uberlândia (MG), o integrante do grupo circense sofreu uma queda de um aparelho durante um treino na segunda-feira (21).
Em contato com o diretor do Grupo Tholl, João Bachilli, ele confirmou o fato e manifestou estar impactado com o ocorrido. No momento, não quis dar mais detalhes sobre o caso, pois estava acompanhando a equipe de perícia solicitada pela Polícia Civil no local do acidente.
Em nota, a assessoria do grupo informou que o jovem teve morto encefálica após cair de uma altura de cerca de três metros e não resistiu aos ferimentos causados por traumatismo craniano. Segundo o Tholl, o artista dominava perfeitamente as acrobacias que treinava.
Veja na íntegra nota divulgada pela assessoria do Tholl:
Um acidente em equipamento aéreo tirou a vida de um dos mais carismáticos integrantes do Grupo Tholl. Fernando Henrique Domingues, 26 anos, natural de Uberlândia/MG, sofreu queda de uma altura entre 2,5 metros e 3,0 metros durante treino no Centro de Treinamento Tholl e não resistiu aos ferimentos causados por traumatismo craniano.
A fatalidade aconteceu segunda-feira, dia 21, por volta das 16h30min, quando Fernando caiu do equipamento que dominava com maestria, o quadrante coreano. A morte encefálica foi informada pelos médicos na manhã de quarta-feira (23). A família permitiu a retirada dos órgãos para doação. Foram captados rins, fígado, córneas, pulmões e coração, devendo beneficiar oito pessoas. Nesta quinta pela manhã, após necropsia, o corpo foi liberado aos familiares para encaminhamento a Uberlândia, onde acontecerão os atos fúnebres, já na sexta-feira.
Na noite de quarta-feira, colegas, amigos e alunos de Fernando Domingues, reuniram-se no Centro de Treinamento Tholl, para homenagear o talentoso artista. Tudo foi feito no palco, onde ele adorava estar. A mãe e o irmão, que se encontram em Pelotas desde o dia 10 para passar férias, também se fizeram presentes. Muita emoção e tristeza marcaram o ato.
Querido por todos, pela sua alegria cativante, Fernando era brincalhão. Amava sua arte. Veio para Pelotas após formar-se na Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, onde conheceu um integrante do Tholl. Em seguida, passou a fazer parte de espetáculos."Fernandinho", como era carinhosamente chamado pelos colegas, integrava o elenco dos espetáculos Tholl, Imagem e Sonho, Par ou Ímpar, Cirquin e No Natal Daquele Ano. Também era instrutor de oficinas circenses para crianças.
O Grupo Tholl está consternado com a perda de Fernandinho, um ser humano incrível, palavra que ele mesmo usava bastante. Sempre preocupado com os colegas e em levar alegria a todos, costumava aconselhar: "não podemos desistir dos nossos sonhos". Fernando está sendo alvo de centenas de manifestações nas redes sociais, não só do pessoal do Tholl, mas também de outros artistas, amigos, colegas de infância, familiares e público.
A partir de agora, por onde o Tholl estiver, Fernando Domingues será sempre lembrado com muito carinho, é uma promessa de toda trupe de Pelotas. Apesar de estarem ainda bastante tristes, os integrantes do Tholl querem renovar suas forças e começam agradecendo a Deus pela oportunidade que tiveram de conviver com Fernandinho, uma pessoa especial e verdadeira, que marcou com muito amor a vida daqueles que conviveram com ele.
Homenagem de Bachilli
"Ele chegou e me abraçou no primeiro dia que pisou o CT. Um abraço gostoso, daqueles que você dá em pessoas de quem gosta muito e não vê há tempos" comenta o idealizador do Tholl, João Bachilli. Ele diz: "Fernandinho foi uma linda estrela que só trouxe carinho, amizade e paixão. Paixão pelo seu trabalho, pela arte do circo. Um anjo que em espetáculo vesti de anjo; que a todos se dirigia: 'Oi Anjo'. Um anjo lindo e resplandecente que partiu para a luz mais vibrante. Fica com Deus, meu filho, pois assim te chamava sempre. Qualquer palavra é pequena! Te amarei para sempre, te homenagearei, sempre! Beijo, filho!".
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