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Cultura

- Publicada em 22 de Janeiro de 2019 às 01:00

Filme com Sandra Bullock, 'Bird Box' já teve 80 milhões de acessos

Thriller foi lançado em dezembro pela plataforma de streaming Netflix

Thriller foi lançado em dezembro pela plataforma de streaming Netflix


SAEED ADYANI/DIVULGAÇÃO/JC
A imagem de Sandra Bullock em Bird box, remando de olhos vendados num bote com duas crianças ou tentando salvar uma delas em meio às corredeiras, tornou-se uma das marcas desta temporada - a ponto de alguns fãs reproduzirem na vida real o desafio de enfrentar às cegas situações do cotidiano para postar os resultados em vídeo em suas redes sociais.
A imagem de Sandra Bullock em Bird box, remando de olhos vendados num bote com duas crianças ou tentando salvar uma delas em meio às corredeiras, tornou-se uma das marcas desta temporada - a ponto de alguns fãs reproduzirem na vida real o desafio de enfrentar às cegas situações do cotidiano para postar os resultados em vídeo em suas redes sociais.
Para a atriz, a venda que protegia as personagens do monstro nunca revelado no filme funcionou como uma proteção contra as inseguranças que volta e meia se abatem sobre os atores. "Com aquela faixa no rosto, eu simplesmente ia lá e fazia o que Susanne (Bier, diretora do filme) me pedia. Sem medo de julgamentos", contou a atriz de 54 anos.
Visto por mais de 80 milhões de assinantes apenas em seu primeiro mês na Netflix, o terror pós-apocalítico traz Sandra Bullock no papel de Malorie. Ela é uma mãe solteira que enfrenta as consequências do surgimento de uma força misteriosa na Terra. Presente em todos os lugares, a não ser em locais com portas e janelas fechadas, a entidade leva ao suicídio qualquer um que olhe para ela. Daí a venda.
O filme monopolizou as conversas, mas dividiu público e crítica. Muitos consideraram superficiais demais as relações entre os personagens. Mas o público adorou e pelo menos um mestre do terror aprovou o filme: "Fiquei absolutamente viciado em Bird box. Não acredite nas resenhas mornas, que podem, em parte, ter sido causadas pelo antagonismo dos críticos às plataformas de streaming, em oposição aos lançamentos no cinema", escreveu Stephen King em sua ativa conta no Twitter. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista com Sandra, que esteve no Brasil no fim do ano passado durante a Comic Con Experience.
No fim do filme, sua personagem chega à fronteira entre a Califórnia e Oregon, por onde corre o rio Smith. Esse cenário inóspito ajudou vocês ou foi realmente uma aventura?
Sandra Bullock - Ajudou. Você se sente muito pequeno quando vai para uma região como aquela, com florestas que têm árvores de 2 mil anos. Não há sinal de celular, a internet não funciona, tudo é muito distante. Isso explica por que somos muito mal preparados para enfrentar o mundo se um desastre de grandes proporções - como este do filme - acontecer.
Malorie enfrenta o drama de não poder ver a entidade que assombra o planeta. Hollywood está fazendo um bom trabalho ao criar mulheres fortes como protagonistas?
Sandra - Atualmente, estamos mais atentos aos papéis femininos do que aos masculinos. Espero que, com os gigantes de streaming, haja um desejo renovado por todos os gêneros de protagonistas. É uma conversa diferente. Há cinco anos, se eu não estivesse em um filme da Marvel, provavelmente ficaria fora do mercado. O horizonte está mudando, e a imagem de quem somos também. Antes, éramos a namorada, a esposa bonita e a mãe que faz o jantar... Mas não somos só isso.
Você acha, então, que os filmes estão mais próximos do mundo real?
Sandra - Sim, estamos mostrando o mundo como ele é. O que eu mais gosto nesse filme é que ele mostra a minha família. Não sabia como a minha família (na vida real) ia ser. Eu sonhei com ela, eu a queria e ansiava por tê-la. Depois, achei que não era para mim. Então, quando eu menos esperava, tinha a família mais bonita do mundo (Sandra tem um menino e uma menina, Louie e Laila, ambos adotados). E é melhor do que eu podia imaginar. Por isso, acho importante que o filme tenha essa pegada: você ficaria surpreso com quem é sua família de verdade, e por família eu entendo alguém que vai aparecer, proteger, guiar e morrer por você.
De que forma acha que Bird box se relaciona com o mundo em que vivemos?
Sandra - Isso tudo está aí desde o início da humanidade: guerra, religião, política, racismo, sexismo. Agora, tudo parece exacerbado, porque não dá mais para esconder. A internet expõe todos nós, que nos sentíamos protegidos pelo anonimato. E você sente que o mundo está desmoronando. Sempre foi assim. A feiura não tem mais onde se esconder. E acho muito bom, inclusive, porque quero saber onde ela está.
Sem venda nos olhos, certo? Por falar nisso, como foi usar aquilo nas filmagens?
Sandra - A venda me ajudou, na verdade. Com aquilo no rosto, eu simplesmente ia em frente e fazia. Sem me preocupar com o julgamento dos outros, se estavam me achando ridícula ou idiota. Até ouvir Susanne dizer com aquela voz suave: "Obrigada". Você consegue tirar toda a crítica e julgamento que podem estar no seu caminho e mergulhar inteira naquele momento de atuar, do horror, do lugar sombrio. E isso (a venda) ajudou muito.
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