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Cultura

- Publicada em 10 de Janeiro de 2019 às 01:00

Mário Manga e Ana Deriggi apresentam show 'O bom e velho' em Porto Alegre

Ana Deriggi e Mário Manga apresentam o espetáculo O bom e velho no Ling

Ana Deriggi e Mário Manga apresentam o espetáculo O bom e velho no Ling


GAL OPPIDO/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
"Todo mundo tira sarro da minha cara, que o 'bom' é a Ana, e o 'velho' sou eu'. Não sei porque...", brinca o músico Mário Manga, sobre o espetáculo que apresenta ao lado de Ana Deriggi nesta quinta-feira (9) à noite em Porto Alegre. O bom e velho, na verdade, é uma alusão ao rock'n'roll, cujos anos dourados são lembrados pela dupla ao vivo, em formato de duo.
"Todo mundo tira sarro da minha cara, que o 'bom' é a Ana, e o 'velho' sou eu'. Não sei porque...", brinca o músico Mário Manga, sobre o espetáculo que apresenta ao lado de Ana Deriggi nesta quinta-feira (9) à noite em Porto Alegre. O bom e velho, na verdade, é uma alusão ao rock'n'roll, cujos anos dourados são lembrados pela dupla ao vivo, em formato de duo.
Com ele no violoncelo, pandeiro, guitarra e voz, e ela no violão, ukulele e voz, o show é atração no Instituto Ling (João Caetano, 440) a partir das 20h de hoje. Ingressos a R$ 50,00 na bilheteria local ou pelo site www.institutoling.org.br.
Manga, que vem cursando uma trajetória musical que inclui a banda Premê, expoente da vanguarda paulistana da virada para os anos 1980, conheceu Ana através de um amigo em comum, há cerca de três anos. Após algumas contribuições em conjunto, a parceria evoluiu para algumas apresentações esporádicas em dupla e, em seguida, para um canal no YouTube que segue a mesma ideia da interação ao vivo. Também batizado O bom e velho, o projeto audiovisual contém episódios em que ambos apresentam versões para faixas eternizadas por Beatles, Rolling Stones e Elton John, entre outros artistas. Após as interpretações, a dupla conversa sobre a música em questão e a respeito do contexto em que foi lançada ou composta.
O repertório do espetáculo envolve canções produzidas mais ou menos entre 1965 e 1975 - não é uma regra, algumas exceções aumentam um pouco este intervalo, mas não fogem das duas décadas relembradas. "Eu considero a melhor época da música pop e do rock", ressalta o instrumentista, que também tem na carreira o projeto Música Ligeira. "Havia uma preocupação muito grande com a qualidade do som que os grupos estavam fazendo. Virou a tônica. Cada banda queria mostrar cada vez mais as características próprias. Isso meio que sumiu agora", compara ele, citando o álbum branco dos Beatles como um momento de ruptura em que estúdios passaram a ser utilizados como laboratórios sonoros.
A maior parte da geração que começou a tocar durante aquele período foi impulsionada, em alguma medida, pelo que vinha dos Estados Unidos e Inglaterra, lembra Manga, que frequentemente traz exemplos do catálogo de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr para defender suas ideias. "Se você pegar a Tropicália, com os arranjos do Rogério Duprat, vai escutar muitas coisas inspiradas no que o George Martin fazia com os Beatles", cita músico.
O violoncelo em I am the walrus, aliás, é um exemplo mencionado pelo paulista como dos melhores usos deste instrumento na música popular. A faixa está na lista das interpretadas pelo duo, que se desdobra para soar o mais completo possível apesar da limitação numérica. O objetivo é não descaracterizar demais a seleção escolhida para o programa, mesmo que adaptações sejam necessárias em boa parte dos casos. "Pegamos muito material, de bandas grandes, com metais, orquestra, mas somos só dois. Somos caras de pau", brinca o músico, também reconhecido pelo bom humor, a respeito do desafio.
No ar desde o fim de 2017, o canal O bom e velho já tem mais de 40 episódios - e vai continuar neste ano. Os vídeos divulgados até então dão uma noção do que o público pode esperar ao vivo: Manga e Ana, munida de uma voz que, por muitas vezes, parece ter uma espécie de overdrive natural, já gravaram versões para Sunshine of your love, do Cream; The weight, da The Band; Sunny afternoon, dos Kinks; e Lay, lady lay, de Bob Dylan, além de exemplares da dobradinha essencial Beatles & Rolling Stones. Em âmbito nacional, trabalhos de Gilberto Gil e Os Mutantes também foram escolhidos para homenagens. Para o show, estão previstas, ainda, lembranças a Eric Clapton e Secos e Molhados.
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