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Cultura

- Publicada em 19 de Dezembro de 2018 às 22:42

Paris tem incubadora de startups para criar novas formas de livros e leitura

Laboratório reúne projetos de novas histórias e formas de escrever, ler e usar a leitura e os livros

Laboratório reúne projetos de novas histórias e formas de escrever, ler e usar a leitura e os livros


ROSANGELA MELETTI/DICULGAÇÃO/JC
Na Reportagem Cultural publicada em 14 de dezembro, o Jornal do Comércio mostrou a dedicação de livrarias de pequeno e médio porte e editores para se manter no mercado, enquanto as líderes Saraiva e Cultura entram em recuperação judicial. Mas não é só o Brasil que vive o desafio de renovar público e a relação com os livros.
Na Reportagem Cultural publicada em 14 de dezembro, o Jornal do Comércio mostrou a dedicação de livrarias de pequeno e médio porte e editores para se manter no mercado, enquanto as líderes Saraiva e Cultura entram em recuperação judicial. Mas não é só o Brasil que vive o desafio de renovar público e a relação com os livros.
A convite do JC, a jornalista gaúcha Rosangela Meletti, que reside há mais de 30 anos em Paris, topou contar um pouco sobre o mercado no país e as iniciativas que buscam manter viva e renovar a história das pessoas com a leitura, os livros e a cultura. A mais recente é a criação de uma incubadora de startups voltadas aos livros. Confira o texto de Rosangela:   
"A cultura na França é um sistema tão único no mundo que é chamado de "a exceção francesa". E não é para menos, pois a cultura é um dos valores mais ligados à imagem internacional do país de Molière.
Os franceses são orgulhosos disto, e o Estado a protege, pois a cultura é considerada uma indústria como outra qualquer. Um orçamento é votado a cada ano pelo governo e atribuído ao Ministério da Cultura. Mas são as secretarias que administram as ações planejadas para a divulgação e o fomento de cada área.
O sistema econômico do livro está em primeiro lugar na indústria cultural criativa. Organizado em um ecossistema extremamente eficaz, o segmento consegue manter o hábito da leitura e o amor pelos livros, tradições de séculos, praticamente intactos.
O apoio ao sistema educacional, às programações de lazer, como festivais e feiras, à oferta de programas de rádio e podcast - que têm o livro como motor central - e à televisão e à produção audiovisual e suas adaptações literárias são fundamentais, assim como as milhares de bibliotecas que representam uma gigantesca oferta de títulos.
Não ficam de fora deste sistema que funciona os pilares da força da opinião e da visão do mundo dos 55 mil autores e da curadoria dos 4.455 editores. Eles têm voz e valor na sociedade.
Vejamos alguns números para se ter uma ideia da vitalidade do livro na sociedade francesa atual:
  • Com 67 milhões de habitantes, a França registrou a venda, em 2017, de cerca de 350 milhões de livros em papel e e-book.
  • Na distribuição, são 25 mil pontos de compras no território nacional, que é oito vezes menor do que o do Brasil. Os livros são vendidos em livrarias, em supermercados, feiras populares, postos de gasolina, estações de trens e aeroportos.
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Incubadora Labo d’Édition acolhe startups que desenvolvem novas histórias e novas formas de escrever e uso de livros
Apesar desta estrutura sólida, o comércio do livro on-line abalou o mercado. Foi preciso reagir e, para além dos livros de bolso, em tablets ou com preços tabelados e acessíveis, algumas medidas vêm sendo tomadas. A seguir, alguns exemplos:
A prefeitura impõe em alguns bairros alvarás unicamente para comercialização de livros, inclusive em espaços privados. Ou seja, é uma outra vontade política de apoiar o surgimento de verdadeiras novas livrarias.
Foram criadas também aceleradoras e incubadoras como o Labo d’Édition, que acolhe projetos de startups que buscam desenvolver novas histórias e novas formas de escrever, ler e usar a leitura e os livros.
É todo um programa para renovar essa história de paixão francesa. E se os livros são presentes mais comuns do que os famosos pares de meias é bom também não esquecer que o setor do livro significa 80 mil empregos."
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