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Cultura

- Publicada em 18 de Dezembro de 2018 às 01:00

De cara nova: Casa das Artes reabre as portas em Novo Hamburgo

Iniciadas em 2016, as obras de restauração e revitalização do antigo prédio estão concluídas

Iniciadas em 2016, as obras de restauração e revitalização do antigo prédio estão concluídas


OTTO HEROK NETTO/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Um presente de Natal para produtores e comunidade. A Casa das Artes (avenida 1 de Março, 59), em Novo Hamburgo, reabre as portas nesta terça-feira (18). A celebração, que começa às 19h, tem entrada franca.
Um presente de Natal para produtores e comunidade. A Casa das Artes (avenida 1 de Março, 59), em Novo Hamburgo, reabre as portas nesta terça-feira (18). A celebração, que começa às 19h, tem entrada franca.
Iniciadas em 2016, as obras de restauração e revitalização do antigo prédio estão concluídas. A estrutura abriga uma sala de exposições com 170 m² e um auditório multiuso, com capacidade para 128 pessoas. "Será um espaço com ambientes de segmentos culturais diversos, como oficinas, palestras, festivais, ensaios, cinema, economia criativa", afirma Cida Herok, uma das coordenadoras do projeto. O ambiente também contará com uma cafeteria e sala de reuniões, a qual as entidades culturais cadastradas no município poderão utilizar. "Não é comum cidades menores com espaços culturais com estrutura qualificada", comenta Cida.
Ativa na captação de recursos para a viabilização das reformas, ela participa do processo desde 2009. Naquele ano, ocorreram as primeiras conversas entre os parceiros institucionais - RGE Sul, entao AES Sul, Cida Cultural, Lahtu Sensu e Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo - para a realização de um projeto de restauração de patrimônio cultural na cidade. A Secretaria de Cultura de Novo Hamburgo escolheu a Casa das Artes como imóvel objeto do projeto. A reforma do local já era reivindicada pela população, tombado pela prefeitura há 20 anos.
Cida lembra que as condições eram precárias. O casarão já estava em ruínas e nem de longe lembrava a rica trajetória iniciada na década de 1950, quando foi integrado ao patrimônio de Novo Hamburgo. A casa foi doada ao poder público com uma condição: de que ali fossem desenvolvidas atividades culturais e educacionais. Nos anos 1970, o local foi importante ponto de encontro de artistas e associações culturais de Novo Hamburgo - contudo, o prédio ficou por duas décadas interditado devido às más condições de conservação.
A estrutura abrigou a primeira Escola de Belas Artes da cidade e, em seguida, já com status de ensino superior, o Instituto de Belas Artes, a partir do qual foi viabilizado o surgimento do que hoje constitui a Universidade Feevale. Entre os anos de 1974 a 1990, a Casa das Artes acolheu diversas formas de manifestações artísticas, desde debates culturais até políticos. A escritora Evania Reichert lembra que era uma "espécie de refúgio, em que artistas, escritores e pensadores se reuniam para criar coletivamente".
O processo foi longo, quase 10 anos de conversas, reuniões, negociações e trâmites a serem superados. O projeto sofreu com alterações no seu andamento, como o plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), que foi afetado em razão do incêndio da boate Kiss, no ano de 2013. A fachada era uma das poucas estruturas que se encontravam em condições estáveis, sendo restaurada. O ambiente interno, por sua vez, foi praticamente todo reformulado, agora permitindo acessibilidade.
Com a obra concluída, a esperança de Cida é de que a Casa das Artes contemple tanto a comunidade artística como o público, criando um vínculo de proximidade e contato direto entre ambos. "Um ambiente que propicie um bem-estar social entre as pessoas e que seja de fomento à cultura é algo com o qual o local pode se diferenciar". Ela ainda acrescenta que o espaço pode servir como um centro de formação e qualificação cultural. "Há opções de receber pequenos espetáculos, de proporções menores, como apresentações solo ou em duo", cita a coordenadora.
A geração de arte e emprego é outro aspecto ao qual a Casa das Artes busca acrescentar. A economia que gira em torno da cultura, com empreendedorismo na área, é algo que pode tornar o local um ambiente de cultura viva e pulsante, como defende Cida. "Eu quero que as pessoas usem e abusem do espaço", finaliza.
Frederico Engel
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