Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 31 de Outubro de 2018 às 08:45

Roger Waters encerra turnê polêmica em Porto Alegre

Ex-vocalista da banda Pink Floyd manteve discurso político, mas não mencionou Jair Bolsonaro

Ex-vocalista da banda Pink Floyd manteve discurso político, mas não mencionou Jair Bolsonaro


CAROLINA HICKMANN/ESPECIAL/JC
Carolina Hickmann
O ex-vocalista da banda Pink Floyd Roger Waters fechou nessa terça-feira (30) à noite, em Porto Alegre a passagem da turnê Us + them pelo Brasil. O músico encantou o público que foi ao estádio Beira-Rio com clássicos do rock cantados a plenos pulmões pela plateia.
O ex-vocalista da banda Pink Floyd Roger Waters fechou nessa terça-feira (30) à noite, em Porto Alegre a passagem da turnê Us + them pelo Brasil. O músico encantou o público que foi ao estádio Beira-Rio com clássicos do rock cantados a plenos pulmões pela plateia.
Como de costume, as apresentações de Roger Waters carregam cunho crítico ao autoritarismo pelo mundo. Pontualmente às 21h, a banda ocupou suas posições no palco, levando o público a êxtase dando início a performance com Breathe. Poucas músicas depois, Welcome to the machine, que critica a industrialização do cenário musical, arrancou da plateia gritos de "Ele Não", conforme posicionamento do artista em outras apresentações pelo País.
Foi Wish you were here a primeira canção a levantar verdadeiramente o público, que a cantou do início ao fim, transformando o estádio em um mar de lanternas de celulares ligados imitando antigos isqueiros nas grandes apresentações do rock clássico. O entusiasmo aumento com Another brick in the wall pt. 2, quando o público cantou e dançou animadamente.
O número teve direito a uma intervenção política, que era aguardada: doze crianças encapuzadas subiram ao palco com o macacão característico do clipe original. Ao tirarem o capuz preto, cantaram o refrão do clássico. Depois desvestiram a peça de roupa principal e exibiram camisetas pretas com a mensagem RESIST. A massa vibrou. Parte do público vaiou a iniciativa. A partir daí o tema resistência tomou conta do show.
Sem citar diretamente o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ou fazer referências como anteriormente em show do país, o intervalo do show contou com projeções no telão pedindo resistência a diversas questões opostas pelo ex-Pink Floyd, como o anti-semitismo e ao neo-facismo, elencando nominalmente políticos israelenses, franceses, americanos, entre outros. A partir daí, a tônica da resistência política tomou força.
Durante a música Pigs, imagens satíricas do presidente dos Estados Unidos Donald Trump apareceram no telão. O tradicional porco inflável, liberado em meio a plateia, trazia os dizeres "Seja Humano". Com o término da canção, a frase "Trump é um porco" tomou conta do palco.
Apesar de seguir o setlist até então, o artista anunciou a plateia que precisaria encerrar o show mais cedo, pulando a canção Mother, e encerrando sua participação em terras brasileiras com Comfortably Numb, após agradecer na língua local, falada pouco confortavelmente, a presença de todos até ali.
Apesar dos seus 75 anos, Waters mostrou energia durante a performance por mais de duas horas de show, intercalando sucessos como Speak to me e Time. O músico segue agora a outros países da América Latina, com apresentações marcadas para Montevidéu (03/11), Buenos Aires (6 e 9/11) e Santiago (14/11).
A abertura do show ficou por conta de Renato Borghetti. O gaiteiro também emocionou o público, que se tornou um coral quando o show foi encerrado tocando o hino-riograndense.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO