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artes cênicas

- Publicada em 25 de Outubro de 2018 às 01:00

Do cinema ao teatro: Musical Chaplin é atração em Porto Alegre

Ingressos custam entre R$ 75,00 e R$ 200,00

Ingressos custam entre R$ 75,00 e R$ 200,00


CRISTINA ALMEIDA/DIVULGAÇÃO/JC
Porto Alegre recebe, de sexta-feira a domingo, o espetáculo Chaplin, o musical, com Jarbas Homem de Mello interpretando o ícone do cinema mudo. Sessões sexta-feira, às 21h; sábado, às 16h e às 21h; e domingo, às 14h e às 19h, no Teatro do Sesi. Ingressos entre R$ 75,00 e R$ 200,00, à venda na bilheteria do teatro e pelo site www.ingressorapido.com.br.
Porto Alegre recebe, de sexta-feira a domingo, o espetáculo Chaplin, o musical, com Jarbas Homem de Mello interpretando o ícone do cinema mudo. Sessões sexta-feira, às 21h; sábado, às 16h e às 21h; e domingo, às 14h e às 19h, no Teatro do Sesi. Ingressos entre R$ 75,00 e R$ 200,00, à venda na bilheteria do teatro e pelo site www.ingressorapido.com.br.
A montagem, com ares de superprodução, percorre a vida de Charles Chaplin dos 13 aos 82 anos, quando recebeu o Oscar honorário dado pela Academia de Cinema de Hollywood. Mello vive o criador de Carlitos boa parte deste tempo. "Fazemos um paralelo da trajetória do Chaplin com sua vida pessoal e o que acontecia no mundo naqueles anos. O público também se comove, porque Chaplin teve uma infância difícil e conseguiu superar tudo por meio da arte", avisa o ator gaúcho, um dos precursores dos musicais realizados no Brasil nos últimos 20 anos.
"O desafio é conseguir fazer essa curva dramática porque é a história de um homem contada com diversos timbres de voz, com diversos gestuais, com a coluna mais ereta, com a coluna mais curvada... E conseguir fazer isso de uma maneira muito verdadeira e crível para que o público consiga embarcar nessa história comigo", explica Mello.
Ele destaca que Chaplin foi o homem mais poderoso do cinema em sua época. Inclusive se mostrou cético quando surgiu o cinema falado e se mostrou relutante à novidade. O primeiro filme dele com este recurso foi O grande ditador, de 1942. A genialidade de Chaplin garantiu, ainda, inovações importantes do processo cinematográfico. "Ele ajudou a criar coisas que hoje são comuns, como a utilização de maquetes para representar cenários em escala real, por exemplo", conta Mello.
Pessoas importantes na vida do personagem-título são levadas ao palco, como o irmão mais velho Sidney (Juan Alba), com quem tinha uma relação de cumplicidade; a mãe, Hannah (Naíma), talentosa cantora de teatro; Oona O'Neil, (Myra Ruiz), sua quarta e última esposa; Fred Karno (Julio Assad), empresário do Music Hall londrino; e Mack Sennett (Paulo Goulart Filho), fundador dos estúdios Keystonee e responsável pela estreia de Chaplin no cinema.
Os números de Chaplin refletem o cuidado na produção. São 23 atores e 34 técnicos. Os figurinos somam 120 peças - são 32 perucas, duas delas somente para Jarbas Homem de Mello interpretar o ator inglês. O musical coloca em cena ainda três bengalas importadas diretamente de Londres, do mesmo tipo que Chaplin utilizava.
A versão brasileira é assinada por Miguel Falabella e apresenta a trajetória de Charlie Chaplin desde sua infância pobre, em Londres, até o estrelato. Claudia Raia, ao lado de Sandro Chaim, são os produtores da montagem. A estreia ocorreu em 2015 e teve curta temporada de quatro meses: a piora do cenário econômico, com fuga dos patrocinadores, forçou a interrupção de Chaplin. Agora, três anos depois, foi possível retornar.
"Voltamos com 80% do elenco original. É um exercício interessante revisitar um personagem três anos depois. Você está mais maduro, suas reflexões são outras. Muda algo na interpretação, é natural", conta Mello, que nasceu e foi criado em uma família numerosa de Lomba Grande, interior de Novo Hamburgo.
Chaplin, o musical estreou originalmente no New York Musical Theatre Festival (2006) e passou pelo La Jolla Playhouse (2010) antes de chegar à Broadway, em 2012. No Brasil, o espetáculo inclui canções originais adaptadas e também cinco músicas compostas especialmente para a montagem brasileira. "O público nacional sempre gostou de musical, basta lembrar do teatro de revista, que foi importante no Brasil até os anos 1950. Isso mudou nos últimos 20 anos, com a retomada dos musicais", completa ele.

Chaplin, o musical

Local: no Teatro do Sesi.
Quando: sexta-feira, 21h; sábado, às 16h e às 21h; domingo, às 14h e às 19h.
Ingressos: de R$ 75,00 a R$ 200,00, à venda na bilheteria do teatro e pelo site www.ingressorapido.com.br.