Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 24 de Outubro de 2018 às 01:00

Halloween retorna às telas 40 anos depois da estreia

Elenco do longa tem a veterana Jamie Lee Curtis

Elenco do longa tem a veterana Jamie Lee Curtis


NBC UNIVERSAL/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Para muitos fãs de filmes terror, é a melhor trilha do gênero. Independentemente disso, a franquia Halloween, que começou em 1978 com a primeira aparição de Michael Myers, retorna agora, aos 40 anos, para alegria dos fãs de terror.
Para muitos fãs de filmes terror, é a melhor trilha do gênero. Independentemente disso, a franquia Halloween, que começou em 1978 com a primeira aparição de Michael Myers, retorna agora, aos 40 anos, para alegria dos fãs de terror.
Sequência direta de Halloween - A noite do terror, o novo longa ignora por completo acontecimentos de outros filmes. Após ter escapado da morte na noite de Dia das Bruxas em 1978, Laurie Strode (novamente vivida por Jamie Lee Curtis) agora é uma mulher próxima da casa dos 60 anos atormentada pelo passado. 
Personagem mais ativa durante o início e o final do filme, Laurie não é, necessariamente, a principal protagonista por um bom pedaço do longa - este papel é de Alysson (Andi Matichak), sua neta, igualmente ingênua e que enfrenta situações semelhantes às vividas pela avó. A semelhança de Laurie e Alysson se estende também para Curtis e Matichak, com ambas fazendo a estreia no cinema em filmes da saga Halloween.
Jaime tem um bom desempenho - apenas ao observar seu olhar podemos perceber toda a angústia e sofrimento que acumulou na vida. Traumatizada, Laurie sofre de agorafobia, tendo criado sua filha, interpretada por Judy Greer, como uma espécie de combatente para encarar o mundo. Ela acabou perdendo a guarda quando Karen (Greer) tinha 12 anos. Vivendo isolada, é perceptível, assim que o longa inicia, o ambiente de absoluta segurança e prevenção ao qual Laurie se submete: há cercas, câmeras ao redor de todo terreno da casa, iluminação, travas nas portas, armamento extenso e variado.
A direção é de David Gordon Green, que também coescreve o roteiro. À frente de seu primeiro filme de terror, ele se sai bem, sendo hábil para criar o clima de tensão, bem como a condução, com uma ótima cena de plano sequência do retorno de Myers a Haddonfield.
Este é, certamente, o principal trunfo da produção. O sentimento de insegurança é sentido logo no início, com a trilha na apresentação do serial killer no Sanatório Smith's Grove em uma escalada que denota bem a linha de suspense que segue. A diferença para o original é o fato de que o clássico tema, constante no longa de 1978, aqui é usado com menos frequência, com a tensão sendo amplificada pelo som ambiente ou por trilhas sombrias.
O diretor certamente recebeu o auxílio de John Carpenter, produtor executivo desta versão e diretor do primeiro longa, responsável por criar um clima de tensão em apenas uma rua de Haddonfield, ao qual aguardamos por cerca de uma hora até que Myers inicie seus ataques. A Blumhouse Productions, que também integrou projetos como Corra!, Fragmentado e Atividade paranormal é a produtora, sendo reconhecível a influência que desempenha nas produções.
Michael Myers continua implacável. Por 40 anos, ele permaneceu inexpressivo durante todo o encarceramento. Quem o examina agora é o Dr. Sartain (Haluk Bilginer), aluno do Dr. Loomis. Como o médico define, Myers é a representação do puro mal, não tem propósito e é isso que o torna perigoso. Ou melhor, o seu único propósito é matar. Essa representação pode ser identificada em uma cena do posto de gasolina - por sinal, a melhor do filme - em que o espectador vê Myers libertar e recuperar toda sua impiedade e monstruosidade.
Para os fãs do longa original, as homenagens estão presentes. São diversas as cenas - umas mais evidentes, outras para os olhos mais atentos - que fazem referência ao clássico de 1978. A tensão constante também é um elemento que compõe a refilmagem: como já ressaltado, o clima é bem construído - por mais que não seja o mesmo de A noite do terror, este Halloween consegue oferecer alguns sustos. E a experiência de acompanhar o confronto de Laurie e Myers na telona é algo que vale a pena.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO