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Cultura

- Publicada em 22 de Outubro de 2018 às 01:00

Santander Cultural recebe mostra e seminário sobre Fernando Pessoa

Exposição reúne cerca de 400 itens que ajudam a elucidar ao menos parte do universo do poeta

Exposição reúne cerca de 400 itens que ajudam a elucidar ao menos parte do universo do poeta


FRED JORDÃO/DIVULGAÇÃO/JC
"Fernando Pessoa é, em grande parte, mistério", escreve Ceres Storchi no texto curatorial da mostra Fernando Pessoa - a minha arte é ser eu. A exposição reúne cerca de 400 itens que ajudam a elucidar ao menos parte do universo do escritor, um dos mais importantes autores da língua portuguesa, e integra as celebrações aos 130 anos do nascimento do poeta.
"Fernando Pessoa é, em grande parte, mistério", escreve Ceres Storchi no texto curatorial da mostra Fernando Pessoa - a minha arte é ser eu. A exposição reúne cerca de 400 itens que ajudam a elucidar ao menos parte do universo do escritor, um dos mais importantes autores da língua portuguesa, e integra as celebrações aos 130 anos do nascimento do poeta.
O recorte poderá ser visto em Porto Alegre a partir desta quarta-feira (24), no Santander Cultural (Sete de Setembro, 1.028), e fica em cartaz até o dia 30 de dezembro, sempre com entrada franca. Como complemento, acontece também, no mesmo dia, o primeiro encontro do seminário Fernando Pessoa Múltiplo, com curadoria de Lawrence Flores Pereira. A atividade tem sequência nos dias 8 e 9 de novembro e conta com mesas formadas por nove ministrantes dedicados à vida e obra do homenageado. Os painéis acontecem das 18h30min às 21h30min e tem inscrições gratuitas pelo e-mail [email protected].
A exposição é formada por peças do acervo pertencente à Coleção Lecticia e José Paulo Cavalcanti. Através delas, a iniciativa propõe que o visitante projete suas relações afetivas conectadas ao mundo do poeta e que passeie pela Lisboa do autor, em uma ambiência cartográfica que investiga sua produção e suas relações no contexto cultural da época. De acordo com Ceres, a relação entre a arte e a vida do ícone se dá na luta constante contra o banal e o real, e a escrita era encarada por ele como algo capaz de reorganizar a sociedade portuguesa e europeia.
A mostra conta com edições de revistas que Pessoa dirigiu, originais datilografados pelo escritor, objetos como óculos, máquinas de escrever, escrivaninha, além de fotografias e quadros e esculturas que têm o homenageado em destaque. A coleção de José Paulo Cavalcanti é vista como uma das mais importantes fora da Biblioteca Nacional de Portugal - incluindo publicações manuscritas que permitem ao público se aproximar do universo do poeta.
Conhecido pela multiplicidade, o autor também entra em pauta pelos seus heterônimos. No total, são 136 nomes - como Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis - com os quais se sabe que ele escreveu. "O processo da heteronímia como proposta poética pode ser visto como o exercício de uma certa instabilidade da sua visão de mundo. Seu jeito metamórfico de estar no mundo ganha expressão nessas diferentes narrativas. Ao mesmo tempo, é também um exercício de criação, de argumentação e articulação, uma ação no contexto dos fazeres artístico e literário", registra a curadora.
Já os encontros do seminário contam com duas mesas por dia. Na abertura, nesta quarta-feira, Ceres Storchi, Lawrence Flores Pereira e Kathrin Rosenfield falam sobre Pessoa em muitas vozes, enquanto Cavalcanti, vencedor do Prêmio Jabuti por Fernando Pessoa - uma quase autobiografia, se encarrega das muitas vidas de Fernando Pessoa.
Nos dias 8 e 9, a lista de convidados ainda inclui Andrea Roccio Souto, professora da Universidade Federal de Santa Maria que estudou o processo de escritura em Fernando Pessoa; Leyla Perrone-Moisés, autora de Fernando Pessoa - aquém do eu, além do outro; e os psicanalistas Lúcia Serrano Pereira e Robson Pereira, entre outros.
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