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Festival de Gramado

- Publicada em 26 de Agosto de 2018 às 11:39

Vencedores do Festival de Cinema de Gramado reforçam diversidade mostrada na tela

Vencedores celebram conquista do Kikito em Gramado

Vencedores celebram conquista do Kikito em Gramado


EDISON VARA/PRESSPHOTO/JC
Com seis troféus, o filme Las Herederas, do paraguaio Marcelo Martinessi saiu consagrado do 46º Festival de Cinema de Gramado. O título foi destacado em Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Atriz, predileto do Júri Popular e do Júri da Crítica. Já o prêmio Especial do Júri entre os estrangeiros foi para Averno, de Marcos Loayza, "pela sua ousadia em contar uma história que se inspira na mitologia própria da Bolívia, mas distanciada dos modelos cinematográficos tradicionais". A promoção ocorreu na noite de sábado (25) no Palácio dos Festivais, no município da Serra gaúcha.
Com seis troféus, o filme Las Herederas, do paraguaio Marcelo Martinessi saiu consagrado do 46º Festival de Cinema de Gramado. O título foi destacado em Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Atriz, predileto do Júri Popular e do Júri da Crítica. Já o prêmio Especial do Júri entre os estrangeiros foi para Averno, de Marcos Loayza, "pela sua ousadia em contar uma história que se inspira na mitologia própria da Bolívia, mas distanciada dos modelos cinematográficos tradicionais". A promoção ocorreu na noite de sábado (25) no Palácio dos Festivais, no município da Serra gaúcha.
Ferrugem, do baiano radicado em Curitiba Aly Muritiba, foi eleito pelos jurados do 46º Festival de Cinema de Gramado o Melhor Filme de longa-metragem brasileiro. A produção paranaense levou ainda os Kikitos de Melhor Roteiro (Jessica Candal e Aly Muritiba) e Melhor Desenho de Som (Alexandre Rogoski). O diretor dedicou o prêmio aos filhos, que fazem parte da geração sobre a qual o filme fala.
Já o representante gaúcho entre os longas, A cidade dos piratas, de Otto Guerra, recebeu menção honrosa "por colocar questões atuais no formato de humor não domesticado".
Nos curtas da mostra nacional, houve vitória da animação Guaxuma, de Nara Normande. O júri ainda concedeu um prêmio especial para Estamos todos aqui, "pela coragem e pertinência de retratar cinematograficamente temas de grande relevância social, num ato criativo de imersão e de digna resistência". O Prêmio Canal Brasil ficou com Nova Iorque, de Leo Tabosa.
O curta gaúcho Catadora de gente, de Mirela Kruel, recebeu o troféu de Melhor Atriz para Maria Tugira Cardoso. Os jurados justificaram a escolha, já que ela é a personagem de um documentário: "pela força de seu carisma singular, história de vida e por entender que o protagonismo no documentário está como para a atuação na ficção".
A cerimônia ficou marcada por uma campanha dos curta-metragistas, que exibiram a camiseta com os dizeres “Ancine, eu existo!” e utilizaram o microfone para criticar os critérios da Agência Nacional do Cinema para o ranqueamento de diretores que possam receber verba do Fundo Setorial do Audiovisual para realizarem seus longas. A nota não contempla a realização de curtas, que na opinião deles é o espaço de experimentação.
O júri da crítica também elegeu os três melhores filmes na opinião de seus integrantes. Entre os longas, Benzinho, de Gustavo Pizzi se destacou em razão do "domínio do ritmo, dos pequenos detalhes do cotidiano e do retrato terno dos laços familiares aliados à simplicidade de sua narrativa e à força do elenco". Pizzi celebrou que sua obra tenha conjugado o troféu da crítica e o de júri popular, pedindo que as pessoas não deixem de ir ao cinema, porque ele pode acabar. Benzinho ainda levou os prêmios de atuação feminina: Atriz para Karine Teles e Coadjuvante para Adriana Esteves. Os masculinos ficaram com o elenco de 10 segundos para vencer, com Osmar Prado ovacionado pela plateia (apesar de suas manifestações políticas contrárias à prisão do ex-presidente Lula, o que dividiu os presentes em aplausos e vaias).
Premiado em Berlim, Las Herederas também foi escolha da crítica em Gramado: "pela delicadeza ao destacar personagens de uma faixa de idade pouco retratada através da sexualidade, assim como seus espaços em nossa sociedade como também seu impressionante conjunto de atuações".
O melhor filme em curta-metragem brasileiro na opinião da crítica foi Torre, de Nadia Mangolini. A justificativa foi o "uso inventivo da técnica animação" e também "pelo respeito aos personagens e suas memórias, e pela reflexão de um período traumático da nossa história". A produção levou também o troféu do júri Popular, além de Melhor Direção de Arte. Rodado em Codisburgo (MG), A retirada para um coração bruto, de Marco Antônio Pereira, recebeu três prêmios: Trilha, Roteiro e Ator (para o poeta real Manoel do Norte).

Vencedores do 46º Festival de Cinema de Gramado

Curta-metragem brasileiro
Melhor Desenho de Som: Fábio Carneiro Leão, por Aquarela
Melhor Trilha Musical: Manoel do Norte, por A retirada para um coração bruto
Melhor Direção de Arte: Pedro Franz e Rafael Coutinho, por Torre
Melhor Montagem: Thiago Kistenmacker, por Aquarela
Melhor Fotografia: Beto Martins, por Nova Iorque
Melhor Roteiro: Marco Antônio Pereira, por A retirada para um coração bruto
Melhor Ator: Manoel do Norte, por A retirada para um coração bruto
Melhor Atriz: Maria Tugira Cardoso, por Catadora de gente
Prêmio Especial do Júri: Estamos todos aqui, de Chico Santos e Rafael Mellim
Prêmio Canal Brasil de Curtas: Nova Iorque, de Leo Tabosa
Melhor Filme do Júri Popular: Torre, de Nádia Mangolini
Melhor Direção: Fabio Rodrigo, por Kairo
Melhor Filme: Guaxuma, de Nara Normande
Longas estrangeiros
Melhor Fotografia: Nelson Waisntein, por Averno
Melhor Roteiro: Marcelo Martinessi, por Las Herederas
Melhor Ator: Nestor Guzzini, por Mi Mundial
Melhor Atriz: Ana Brum, Margarita Irun e Ana Ivanova, por Las Herederas
Prêmio Especial do Júri: Averno, de Marcos Loayza
Melhor Filme do Júri Popular: Las Herederas, de Marcelo Martinessi
Melhor Direção: Marcelo Martinessi, por Las Herederas
Melhor Filme: Las Herederas, de Marcelo Martinessi
Longas brasileiros
Melhor Desenho de Som: Alexandre Rogoski, por Ferrugem
Melhor Trilha Musical: Max De Castro e Wilson Simoninha, por Simonal
Melhor Direção de Arte: Yurika Yamazaki, por Simonal
Melhor Montagem: Gustavo Giani, por A voz do silêncio
Melhor Ator Coadjuvante: Ricardo Gelli, por 10 segundos para vencer
Melhor Atriz Coadjuvante: Adriana Esteves, por Benzinho
Melhor Fotografia: Pablo Baião, por Simonal
Melhor Roteiro: Jessica Candal e Aly Muritiba, por Ferrugem
Melhor Ator: Osmar Prado, por 10 segundos para vencer
Melhor Atriz: Karine Teles, por Benzinho
Menção Honrosa: A cidade dos piratas, de Otto Guerra
Melhor filme do Júri Popular: Benzinho, de Gustavo Pizzi
Melhor Direção: André Ristum, por A voz do silêncio
Melhor Filme: Ferrugem, de Aly Muritiba
Prêmios da Crítica
Melhor filme em curta-metragem brasileiro: Torre
Melhor filme em longa-metragem estrangeiro: Las Herederas
Melhor filme em longa-metragem brasileiro: Benzinho