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Cultura

- Publicada em 18 de Agosto de 2018 às 14:24

Vidas comuns da grande cidade são tema do primeiro filme de Gramado

Elenco do filme, coprodução entre Brasil e Argentina, tem Marieta Severo (terceira, da dir. p/esq.)

Elenco do filme, coprodução entre Brasil e Argentina, tem Marieta Severo (terceira, da dir. p/esq.)


CLEITON THIELE/PRESSPHOTO/DIVUGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Exibido na noite dessa sexta-feira (17) no 46º Festival de Cinema de Gramado, na Serra gaúcha, A voz do silêncio, de André Ristum, apresenta uma narrativa recortada em que as tramas menores se costuram (chamado filme-coral). Sobre pessoas anônimas que levam suas vidas resignadas com o próprio destino em uma grande cidade, o filme tem como primeiro comum um momento que vai unir as pequenas histórias: o eclipse lunar, a Lua de sangue, que representa o ponto alto da trama na trajetória de cada personagem.
Exibido na noite dessa sexta-feira (17) no 46º Festival de Cinema de Gramado, na Serra gaúcha, A voz do silêncio, de André Ristum, apresenta uma narrativa recortada em que as tramas menores se costuram (chamado filme-coral). Sobre pessoas anônimas que levam suas vidas resignadas com o próprio destino em uma grande cidade, o filme tem como primeiro comum um momento que vai unir as pequenas histórias: o eclipse lunar, a Lua de sangue, que representa o ponto alto da trama na trajetória de cada personagem.
A coprodução entre Brasil e Argentina traz grandes atuações: Claudio Jaborandy (Odilon), Marieta Severo (Dona Maria Cláudia), Stehanie de Jongh (Raquel), o argentino Ricardo Merkin (Nestor), Arlindo Lopes (Alex), Marat Descartes (corretor) e Nicola Siri (Carlo). Alguns dos personagens, dentro do enredo, são difíceis de deglutir por parte do espectador.
Após a sessão de abertura com O grande circo místico, de Cacá Diegues, Ristum apresentou sua produção: “Prazer enorme de lançar o filme no Brasil em Gramado. É meu terceiro filme que passa aqui, mas é a primeira vez que lanço um filme no Festival. É a primeira vez que estou na primeira noite em Gramado, são várias emoções que se somam”.
O diretor afirmou que o trabalho foi muito minucioso: “Venho acompanhado de uma galera grande, todo mundo está animado para ver o filme e compartilhar com vocês este momento. Isso reflete um pouco o carinho e o cuidado, esse filme foi feito a mil mãos. Então, espero que gostem dele”. O cineasta esteve em 2015 competindo na Serra gaúcha com O outro lado do paraíso, sobre a construção de Brasília, que levou o Troféu do Júri Popular.
Marieta Severo, que faz Maria Claudia, uma senhora esquizofrênica com dois filhos adultos no filme, conta que a preparação para a personagem foi difícil, que teve que mergulhar nas patologias psíquicas. “É um filme bonito, delicado, que fala sobre seres humanos, suas dores, seus sofrimentos.
”Utilizada na trilha sonora do longa, a canção Não existe amor em SP, de Criolo, diz na sua letra que “São Paulo é um buquê/ Buquês são flores mortas”. E A voz do silêncio traz essas perspectivas duras de uma grande metrópole, na tentativa somente da sobrevivência. Ristum relata que os personagens foram inspirados em casos reais, próximos a ele. Este filme é muito meu, escrevi, dirigi, produzi, tem elementos particulares nele”.
Segundo o realizador, a música foi pensada ainda antes de filmar, mas inicialmente deixada de lado porque colava muito com o título, tinha o mesmo conceito. Porém, na montagem, foi feito um teste e ela mantida. Criolo, por sua vez, entendeu a relação e cedeu gratuitamente os direitos autorais para o uso.Como mensagem, a obra deixa a impressão de que não é que inexista amores verdadeiros na capital paulista, mas que é muito difícil cuidar deles, mantê-los.
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