Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 20 de Junho de 2018 às 01:00

As faces de Tim Bernardes: músico faz show em Porto Alegre nesta quarta e quinta-feira

Multi-instrumentista apresenta repertório baseado no álbum Recomeçar pela primeira vez na capital

Multi-instrumentista apresenta repertório baseado no álbum Recomeçar pela primeira vez na capital


FELIPE GIUBILEI/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Pode-se dizer que Recomeçar (2017), de Tim Bernardes, é um disco pessoal. Não apenas por ser o primeiro trabalho do músico em carreira solo, lançado em paralelo com sua carreira com a banda O Terno, como porque conta com canções e arranjos orquestrais assinadas por ele - que também gravou os violões, vozes, guitarras, baixo, bateria, piano.
Pode-se dizer que Recomeçar (2017), de Tim Bernardes, é um disco pessoal. Não apenas por ser o primeiro trabalho do músico em carreira solo, lançado em paralelo com sua carreira com a banda O Terno, como porque conta com canções e arranjos orquestrais assinadas por ele - que também gravou os violões, vozes, guitarras, baixo, bateria, piano.
O multi-instrumentista apresenta o show baseado no álbum pela primeira vez em Porto Alegre nesta quarta-feira (20). Na quinta (21), o grupo que o projetou em cenário nacional, ainda em 2012, também é atração na capital gaúcha. Os dois espetáculos acontecem no Theatro São Pedro, às 21h. Com valores entre R$ 40,00 e R$ 100,00, dependendo do dia e do setor, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria ou pelo site do teatro.
Se o trabalho solo está em fase inicial, o de O Terno se encaminha para um fim de um ciclo: o trio volta a Porto Alegre acompanhado por um naipe de sopros, já nos últimos meses da turnê baseada no disco Melhor do que parece (2016).
Foi justamente quando revirava seu baú de composições em busca de material para o disco do conjunto que Tim Bernardes convenceu-se de que tinha material para um trabalho extra, de característica diferente do que apresenta no coletivo. "Acho que é um outro lado meu", expõe o músico, que vinha guardando algumas canções que considerava íntimas demais para a carreira com os colegas.
Se a banda paulistana aposta em um rock com toques de experimentalismo e psicodelia, no registro autoral o artista troca a energia pela delicadeza - a instrumentação, por exemplo, conta com harpa, órgão, mellotron e metalofone. "Eu olhei esse conjunto de composições como uma unidade. Ele segue a ideia de fazer um disco todo 'amarrado', com arranjos entrando e saindo, diferentemente d'O Terno, em que cada música tem um jeito, para ter contraste", compara.
O projeto começou a ganhar cara no começo de 2017, período em que as atividades com a banda permitiram algum tempo para dedicação a outras iniciativas. Os companheiros de trio não só aceitaram tranquilamente a incursão solo como deram opiniões: os colegas também possuem atividades paralelas, mas mantêm uma combinação de que o trabalho coletivo é a prioridade.
No início, Bernardes cogitou até gravar no quarto, em casa, de forma despretensiosa. "Era um disco que eu queria fazer para mim", resume o paulista, que canta sobre amores e desilusões em faixas como Ela não vai mais voltar e Pouco a pouco. No fim, percebeu que o material merecia um tratamento em estúdio e voltou a se encontrar com Gui Jesus Toledo, que produziu o Melhor do que parece, para dar andamento ao projeto. Acostumado a gravar as ideias das canções para mostrar aos colegas de banda, ele tocou todos os instrumentos que podia: "Isso já estava subentendido na minha cabeça - a não ser que tivesse alguma linha de arranjo que eu não conseguisse executar por falta de técnica", resume ele, a respeito de um o conceito de pessoalidade que se estende para o espetáculo. Tanto o quarto quanto o estúdio são reproduzidos na cenografia, enquanto o músico se apresenta com piano e guitarra.
A recepção surpreendeu as expectativas do compositor. Antes de desembarcar em Porto Alegre, ele cumpriu uma agenda de shows em Portugal - com direito a uma data extra devido à lotação.
Já a apresentação de O Terno deve ser a última vinda dos jovens a Porto Alegre com foco no álbum de 2016. Assim como em espetáculo apresentado na capital gaúcha no ano passado, o grupo se apresenta com o reforço de um trio de sopros. De acordo com o vocalista e guitarrista, a adição renova o repertório. "Parece que estamos tocando pela primeira vez as músicas. Muitas nem tinham arranjos de sopros e nós fizemos. E , quando tem mais gente no palco, você não precisa tocar tanto, fica mais livre para interpretar e tentar coisas novas."
A ideia da banda é seguir com uma agenda de shows até quase o fim do ano, quando Tim Bernardes, Guilherme D'Almeida (baixo) e Gabriel Basile (bateria) pretendem se recolher para "tomar um impulso" (nas palavras do compositor) para lançar alguma coisa nova.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO