Cerca de 105 mil pessoas circularam pelos 14 espaços culturais participantes do evento
Noite dos Museus,
no sábado. Mas nem era preciso esperar os números oficiais para saber que o público foi recorde. Quem foi a qualquer um dos pontos da Capital viu multidões nas filas para os museus e também nas praças e nas ruas de acesso. O ápice das aglomerações foi o eixo Margs/Memorial até a Casa de Cultura Mario Quintana (foto acima), no Centro Histórico. A Praça da Alfândega parecia uma quermesse, com gente de todas as idades. A circulação de carros foi praticamente obstruída tamanha a massa que se locomovia pela Rua da Praia nos dois sentidos. Restaurantes, bares, cafés e lanchonetes ficaram lotados. Havia movimento até em estabelecimentos de ruas transversais. Ambulantes também faturaram, e a disputa por banheiros e carros de aplicativos na região era grande. A fila era enorme junto ao Memorial do Rio Grande do Sul (ao lado), com as pessoas esperando pacientemente para entrar. O mesmo se repetia em praticamente todos os espaços participantes da promoção - Margs, Museu Arte Contemporânea (na Casa de Cultura), Museu de Comunicação, Centro Cultural CEEE Erico Verissimo e até no Museu da Brigada Militar, que fica um pouco mais adiante. Além das exposições, o público foi ver atrações musicais - teve maracatu, blues, MPB, jazz, choro, além de performances teatrais. A aglomeração não se restringiu ao miolo do Centro. Também foi vista na rua Duque de Caxias (Pinacoteca Rubem Berta e Museu Julio de Castilhos), no Centro Cultural da Santa Casa, no Museu da Ufrgs, no Planetário e na Fundação Iberê Camargo. O Museu Joaquim José Felizardo, na rua João Alfredo, não teve tantas filas, mas o movimento foi forte até a madrugada, fazendo jus ao boêmio bairro Cidade Baixa. Um fator importante para levar tanta gente à rua foi a temperatura agradável e a noite de tempo bom e lua cheia. No ano passado, com chuva e frio, cerca de 20 mil pessoas participaram. O fato é que o evento caiu no gosto do público e veio para ficar.