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Visão de Mercado

- Publicada em 07 de Abril de 2021 às 21:36

O poder da plataforma

João Satt
Imagine uma empresa que viabiliza interações que criam valor entre produtores e consumidores, reduzindo custos para todas as partes. Simples, isso em síntese explica o que é uma plataforma de negócios. Na sua manifestação mais básica, é uma feira: onde quem produz vende para quem consome. A evolução da feira se revela a partir de três aspectos:
Imagine uma empresa que viabiliza interações que criam valor entre produtores e consumidores, reduzindo custos para todas as partes. Simples, isso em síntese explica o que é uma plataforma de negócios. Na sua manifestação mais básica, é uma feira: onde quem produz vende para quem consome. A evolução da feira se revela a partir de três aspectos:
1. TECNOLÓGICO: via aumento do poder computacional (Lei de Moore).
2. INFORMAÇÃO: o salto gigantesco da democratização da informação através da internet.
3. REDE: mudança do sistema tradicional das empresas de cadeia de valor estruturada para um sistema aberto de rede.
Na plataforma tudo se mistura, o produtor pode ser tanto o vendedor, como o próprio comprador. Como a maior parte do valor de cada plataforma é formado por sua comunidade dos seus usuários, gera uma reorientação de foco, ocorrendo uma inversão de atividades de dentro para fora. Funções de marketing, tecnologia da informação, operações e até estratégia são realizadas cada vez mais por pessoas que estão fora da empresa. O sucesso não está apenas em tecnologia, canal de informação, forma de atuação, e sim na relevância e singularidade do benefício que a plataforma entrega aos seus participantes.
Existem "n" possibilidades de se propor e fazer o impensado até então, essa é a base da criação de uma grande ideia. As plataformas que deram certo foram construídas por times híbridos: especialistas mais pessoas comuns. A soma de quem conhece com quem consome traz contribuições valiosas. Um novo olhar, isento, sem vícios e preconceitos, traduz o inesperado. Quanto maior a crise, maiores oportunidades. Plataformas, na última linha, são potentes canais de comercialização, comunicação e contribuição.
A economia compartilhada reside na ideia de que muitos itens - como automóveis, barcos, casas de veraneio, furadeiras e até batedeiras - ficam ociosos durante a maior parte do tempo. Por que não monetizar sobre a ociosidade? Já em serviços, o impacto é muito maior, a eliminação da interação presencial retira vantagens competitivas históricas. Veja bem, as plataformas desestruturam e desintegram as cadeias de valor atendendo o mercado com mais agilidade, pontualidade, a um custo menor ou no limite igual. Os seus concorrentes de ontem não são os mesmos de hoje. As plataformas têm crescimento exponencial e capacidade de resolver aspectos com um racional distinto do até então praticado pelo setor.
Pontos que podem ajudar sua reflexão neste momento de transformação:
  1. Seu negócio não é o que a sua empresa faz, mas sim aquilo que ela se propõe a resolver.
  2. Utilize dois motores: o primeiro para manter seu atual negócio vivo e sustentável; o segundo para construir a sua plataforma (foco no futuro).
  3. "O motor de crescimento sempre se orientará à criação de um negócio mais apto a catalisar as novas demandas dos clientes, 'a nova arena competitiva'" (Magaldi/Salini Neto - Gestão do Amanhã).
O desafio das marcas e negócios é se fazer reconhecer em meio a um mundo de iguais. A diferenciação estará sempre dois passos à frente: a plataforma de negócio representa um novo momento, que traduz e traz um significado impactante na forma de pensar, empreender e viver.
 
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