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Coluna Repórter Brasília

- Publicada em 27 de Fevereiro de 2022 às 19:17

Mundo não será mais o mesmo

Coletiva com o professor e embaixador Rubens Ricupero. 
Foto: Ana Paula Aprato 19-10-2006

Coletiva com o professor e embaixador Rubens Ricupero. Foto: Ana Paula Aprato 19-10-2006


/ANA PAULA APRATO/ARQUIVO/JC
"O mundo não será mais o mesmo, qualquer que seja o final da invasão da Rússia à Ucrânia." A afirmação é do diplomata, jurista e historiador Rubens Ricupero. Ele disse que as ações das tropas russas na Ucrânia indicam que a principal intenção de Moscou é derrubar o governo do presidente Volodymyr Zelensky. No entendimento do experiente diplomata, "a guerra vai acelerar a militarização da Europa, e afetar o comércio global."
"O mundo não será mais o mesmo, qualquer que seja o final da invasão da Rússia à Ucrânia." A afirmação é do diplomata, jurista e historiador Rubens Ricupero. Ele disse que as ações das tropas russas na Ucrânia indicam que a principal intenção de Moscou é derrubar o governo do presidente Volodymyr Zelensky. No entendimento do experiente diplomata, "a guerra vai acelerar a militarização da Europa, e afetar o comércio global."
Resposta forte
Rubens Ricupero acentuou ainda dizendo "que é preciso dar uma resposta forte ao presidente russo, Vladimir Putin, para que a China não se sinta estimulada a fazer o mesmo com Taiwan". Ele ainda afirmou que, "mesmo que o conflito se encerre rapidamente, o mundo nunca mais será o mesmo, pois a história muda, independente do resultado."
28º Estado brasileiro
Pelo lado do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro não condenou a Rússia de nenhuma forma. E ainda desautorizou o vice-presidente, Hamilton Mourão, a falar em nome do governo. O ministro Ciro Nogueira garantiu que "a posição do Brasil não é de neutralidade, mas uma posição de equilíbrio". Para o poderoso dono da caneta do Centrão no Planalto, "os oposicionistas estão querendo transformar a Ucrânia no 28º estado brasileiro, e jogar a crise no colo do presidente Bolsonaro."
Posição do Parlamento
No Congresso Nacional, deputados de vários partidos condenaram a invasão. O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), divulgou nota oficial de apoio à Ucrânia e, representando o Parlamento brasileiro, conversou diretamente com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, para pedir clareza do governo federal quanto à condenação à invasão russa.
Soberania e integridade
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, como membro temporário do Conselho de Segurança das Nações Unidas, defenderá soluções baseadas "nos princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias".
Paz dos valores democráticos
A vice-líder do PT na Câmara, deputada gaúcha Maria do Rosário (PT), reforçou as "diretrizes constitucionais do Brasil para a solução diplomática de conflitos, por meio da promoção da paz e dos valores democráticos". A deputada diz esperar que, "no governo brasileiro não exista a aventura de posicionamento favorável a qualquer agressão militar". Ela reforça: 'O Brasil tem, na sua Constituição, os princípios da não agressão e da autodeterminação dos povos."
Líderes fracos
A deputada bolsonarista Bia Kicis (União-DF) atribuiu a guerra ao que chamou de "líderes fracos do Ocidente, como Estados Unidos e Grã-Bretanha, que teriam fracassado em várias ações prévias na região, inclusive em relação à política de desarmamento entre russos e ucranianos". O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que "conflitos econômicos, étnicos ou de qualquer natureza, não podem ter a morte como solução."
 
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