Cresce a cada momento a possibilidade de um pré-candidato da terceira via ao Palácio do Planalto. Nomes com chances começam a surgir. Analistas políticos veem a quantidade de postulantes como um empecilho. A alternativa para evitar a polarização entre Bolsonaro e Lula esbarra na falta de um nome bem posicionado na corrida presidencial e que não tenha muita rejeição.
Polarização mantida
Na verdade, se chegarmos em março do ano que vem, e isso tudo vá na direção de, no máximo, dois nomes, a polarização entre Bolsonaro e Lula será mantida, vai chegar no segundo turno com esse quadro que nós temos hoje, e que as pesquisas mostram.
Centro democrático
Existe a possibilidade da terceira via, sim. Existe a possibilidade de um candidato do chamado centro democrático. O emedebista Germano Rigotto, ex-ministro e ex-governador, afirma que tem nomes com chances. Por exemplo, Eduardo Leite ou João Doria, pelo PSDB. Neste momento, segundo analistas políticos, Leite pode estar à frente de Doria para vencer as prévias. Para os tucanos, Eduardo Leite tem condições de "unir o País". Ciro Gomes (PDT) é pré-candidato anunciado e efetivo. Ninguém tira o cearense de ser candidato. Pelo seu estilo, não haverá acordos que o façam desistir de tentar subir a rampa do Palácio do Planalto.
União Brasil
Há outros nomes fortes. Com o surgimento do "grande partido" União Brasil, um dos que pode entrar na corrida e ser a alternativa para a fusão DEM/PSL chama-se Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Candidato de Kassab
Pacheco vem assumindo o papel de "apaziguador" diante dos recentes embates entre o Executivo e o Judiciário, o que agrada à classe política que defende uma candidatura alternativa ao Planalto. Ele é a aposta do presidente do PSD. Gilberto Kassab (foto), com um poder de fogo que cresce a cada dia, vem articulando uma grande bancada no Congresso para a próxima legislatura. No Distrito Federal, o ex-senador, ex-governador e presidente do PSD em Brasília, o empresário Paulo Octávio, está em campo buscando nomes para eleger uma bancada qualificada e comprometida com Brasília.
Outros nomes
O senador Alessandro Vieira (Cidadania) se credencia para as eleições por conta da atuação na CPI da Covid. Ainda não está definitivamente afastada a candidatura de Sergio Moro, que, após uma circulada estratégica pelo Brasil, voltou ao seu trabalho em Washington, onde decidirá se renova o contrato com a consultoria ou se volta para começar a pavimentar o caminho para o Palácio do Planalto. Portanto, uma candidatura que não está afastada.
Mandetta e Simone Tebet
Apesar da União Brasil, também não está afastada a candidatura do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta (DEM-MS). Já o MDB começa a trabalhar um nome que vem surgindo com força em 2021, o da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que tem se destacado na condução da bancada feminina no Senado e pela atuação na CPI da Covid.