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Repórter Brasília

- Publicada em 20 de Julho de 2021 às 21:58

Dinheiro demais para campanha

Deputado Bibo Nunes defende o veto do presidente Jair Bolsonaro ao Fundo Eleitoral

Deputado Bibo Nunes defende o veto do presidente Jair Bolsonaro ao Fundo Eleitoral


MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Deputados e senadores vão visitar suas bases durante o recesso parlamentar, até agosto, tentando explicar aos eleitores, em meio à pandemia, porque o Congresso Nacional triplicou o valor do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. "Uma soma difícil de gastar numa eleição", afirmou o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PSL). O parlamentar acha que a melhor solução "é tirar esses valores; quando votar o fundo, faz um estágio supressivo", argumenta. Mas defende o veto do presidente Jair Bolsonaro.
Deputados e senadores vão visitar suas bases durante o recesso parlamentar, até agosto, tentando explicar aos eleitores, em meio à pandemia, porque o Congresso Nacional triplicou o valor do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. "Uma soma difícil de gastar numa eleição", afirmou o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PSL). O parlamentar acha que a melhor solução "é tirar esses valores; quando votar o fundo, faz um estágio supressivo", argumenta. Mas defende o veto do presidente Jair Bolsonaro.
Craque em desviar dinheiro
Na opinião de Bibo Nunes (foto), "a situação chegou a esse ponto porque foi de supetão, ninguém sabia. Foi de uma hora para outra". Segundo o parlamentar bolsonarista, "o valor de R$ 2 bilhões é dinheiro de sobra. Botar R$ 5,7 bilhões no Fundo Eleitoral é uma loucura. Não vejo como gastar R$ 2,5 milhões, que é o máximo que o candidato pode gastar em 40 dias, eu não tenho como. É impossível, tem que ser um craque em desviar dinheiro para gastar esse valor".
Clima político
Para o deputado federal gaúcho Marcel van Hattem (Novo), "o presidente tem que vetar o Fundo Eleitoral, não tem saída". Questionado sobre se existe clima político para isso, Van Hattem foi taxativo: "Desde quando o presidente Jair Bolsonaro se preocupa com clima político? Ele só trata de clima político quando é de interesse dele".
Bolsonaro sem saída
Para Van Hattem, "Bolsonaro não tem saída. Ele tem que ser coerente com o que defendeu na campanha, sempre foi contra os fundos partidário e eleitoral". Segundo o congressista, "foi falha da base dele, que não se manifestou de forma adequada antes da votação; essa é a verdade". No entendimento de Van Hattem, "independentemente de sim ou não, durante a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), não se mobilizaram para barrar; acharam que ia passar despercebido. Agora o presidente não tem saída; tem que vetar".
Cai todo o fundo
Nesse caso específico, segundo Van Hattem, "quando o presidente vetar, cai todo o fundo. Se os políticos quiserem dinheiro para a campanha, ou derrubam o veto, mantendo seis bilhões ou vão ter que exigir do presidente o envio do PLN (Projeto de Lei do Congresso) com outro valor, e aí o presidente vai estar numa saia justa, de novo, porque ele é contra o dinheiro público. De qualquer maneira, vai ter que mandar uma proposta. Funciona assim", conclui o deputado.
Nada justifica o valor tão alto
O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB) disse que é favorável ao Fundo Eleitoral, mas o valor estabelecido está totalmente fora de qualquer critério razoável. Na opinião do parlamentar, "nada justifica um valor tão alto".
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